Pesquisadores encontram filhote mumificado de tigre-dente-de-sabre de 37 mil anos na Sibéria
Animal de Homotherium foi preservado no permafrost siberiano com sua pele e carne intactas Em 2020, garimpeiros em busca de presas de mamute no leste da Sibéria encontraram um tufo de pelos emergindo da margem congelada do rio Badyarikha. Eles sabiam que haviam encontrado algo raro: a múmia de um filhote de felino da Era do Gelo. Saiba mais: Após cachorro escalar pirâmide, vira-latas viram atração turística no Egito Entenda: Mar Mediterrâneo perdeu 70% de sua água há 5,5 milhões de anos, diz estudo Cientistas já estudaram animais mumificados que vagaram pelas estepes do Pleistoceno, há 30 mil anos. Isso inclui titãs como mamutes e rinocerontes-lanosos, além de pequenos mamíferos, como filhotes de carcajus e leões-das-cavernas. Mas quando os garimpeiros levaram a descoberta à Academia Russa de Ciências, em Moscou, os pesquisadores ficaram maravilhados: tratava-se da primeira múmia de um tigre-dente-de-sabre já encontrada. A descoberta, publicada na revista Scientific Reports, marca a primeira vez em 28 mil anos que um tigre-dente-de-sabre é visto por humanos, desde sua extinção no final da Era do Gelo. Uma foto, à esquerda, e uma tomografia computadorizada do esqueleto da múmia congelada de Homotherium latidens, um tigre dente-de-sabre do tamanho de um leão de 37.000 anos encontrado no leste da Sibéria A.V. Lopatin et al., Scientific Reports 2024 “Muitos paleontólogos que estudam felinos, incluindo eu, esperam há décadas encontrar um felino dente-de-sabre congelado no permafrost”, disse Manuel J. Salesa, especialista em tigres-dente-de-sabre do Museo Nacional de Ciencias Naturales em Madri, que não participou do estudo. “Essa incrível descoberta é um dos momentos mais empolgantes da minha carreira.” Essa também é a primeira múmia do Pleistoceno descoberta pertencente a uma família de animais sem espécies sobreviventes, afirmou Alexey Lopatin, paleontólogo da Academia Russa de Ciências e coautor do estudo. Pesquisadores examinaram detalhes das patas de animal encontrado mumificado na Sibéria Reprodução/Scientific Reports Com tomografias para examinar os ossos do filhote, Lopatin e sua equipe confirmaram que a múmia, de 37 mil anos, era de um Homotherium, um felino ágil, do tamanho de um leão, com longos membros anteriores e ombros robustos. A espécie foi a última dos tigres-dente-de-sabre, ocupando um ramo da árvore evolutiva distinto dos felinos modernos. Embora ossos de filhotes de Homotherium já tenham sido encontrados, incluindo uma descoberta importante em uma caverna perto de San Antonio, o exemplar russo possui carne e pele preservadas. A equipe estima que o filhote tinha apenas três semanas de vida. Algumas características, como o pescoço forte do filhote, confirmam conclusões anteriores sobre a anatomia do Homotherium. Outras foram completamente surpreendentes. O filhote tinha tufos de pelos claros saindo dos cantos da boca, sugerindo costeletas ou barbas nos adultos. Suas patas eram arredondadas como as de um lince, mas com almofadas quadradas, diferentes das de felinos modernos. Surpreendentemente, o filhote não tinha almofadas carpais nos pulsos, comuns em gatos e cães, o que pode ter ajudado na locomoção sobre a neve, explicou Lopatin. Além disso, sua pele era de um marrom-escuro e macia. “Talvez a característica mais surpreendente”, disse Lopatin. Felinos modernos com pelagens de cor sólida na fase adulta — como leões e pumas — geralmente têm manchas quando filhotes, afirmou Ashley Reynolds, paleontóloga do Museu Canadense da Natureza, que não participou do estudo. A ausência de manchas pode ser resultado da preservação da pele, ela sugeriu. “Gostaria de ver detalhes sobre a degradação, se houver, na pelagem.” No entanto, ela destacou que filhotes de hienas-malhadas podem ter pelos escuros, e são parentes dos felinos. O filhote também contribui para o debate sobre os dentes dos tigres-dente-de-sabre — se suas presas alongadas ficavam expostas ou eram cobertas por um lábio superior estendido. Embora o filhote fosse jovem demais para já ter desenvolvido as presas, Lopatin observou que a altura do lábio superior é mais de duas vezes maior que a de um filhote de leão moderno. Isso pode indicar que as presas dos adultos eram cobertas. Uma comparação entre cabeças de Homotherium top de três semanas de idade e um leão atual A.V. Lopatin et al., Scientific Reports 2024 Lopatin afirmou que este é apenas o começo. A equipe planeja estudar o DNA da múmia e examinar mais de perto o esqueleto, os músculos e os pelos. Ele acredita que outras múmias de *Homotherium* podem ser encontradas. “Tomara que nossos colegas russos tenham sorte em encontrar adultos”, disse Salesa. “Isso seria absolutamente impressionante.”
Animal de Homotherium foi preservado no permafrost siberiano com sua pele e carne intactas Em 2020, garimpeiros em busca de presas de mamute no leste da Sibéria encontraram um tufo de pelos emergindo da margem congelada do rio Badyarikha. Eles sabiam que haviam encontrado algo raro: a múmia de um filhote de felino da Era do Gelo. Saiba mais: Após cachorro escalar pirâmide, vira-latas viram atração turística no Egito Entenda: Mar Mediterrâneo perdeu 70% de sua água há 5,5 milhões de anos, diz estudo Cientistas já estudaram animais mumificados que vagaram pelas estepes do Pleistoceno, há 30 mil anos. Isso inclui titãs como mamutes e rinocerontes-lanosos, além de pequenos mamíferos, como filhotes de carcajus e leões-das-cavernas. Mas quando os garimpeiros levaram a descoberta à Academia Russa de Ciências, em Moscou, os pesquisadores ficaram maravilhados: tratava-se da primeira múmia de um tigre-dente-de-sabre já encontrada. A descoberta, publicada na revista Scientific Reports, marca a primeira vez em 28 mil anos que um tigre-dente-de-sabre é visto por humanos, desde sua extinção no final da Era do Gelo. Uma foto, à esquerda, e uma tomografia computadorizada do esqueleto da múmia congelada de Homotherium latidens, um tigre dente-de-sabre do tamanho de um leão de 37.000 anos encontrado no leste da Sibéria A.V. Lopatin et al., Scientific Reports 2024 “Muitos paleontólogos que estudam felinos, incluindo eu, esperam há décadas encontrar um felino dente-de-sabre congelado no permafrost”, disse Manuel J. Salesa, especialista em tigres-dente-de-sabre do Museo Nacional de Ciencias Naturales em Madri, que não participou do estudo. “Essa incrível descoberta é um dos momentos mais empolgantes da minha carreira.” Essa também é a primeira múmia do Pleistoceno descoberta pertencente a uma família de animais sem espécies sobreviventes, afirmou Alexey Lopatin, paleontólogo da Academia Russa de Ciências e coautor do estudo. Pesquisadores examinaram detalhes das patas de animal encontrado mumificado na Sibéria Reprodução/Scientific Reports Com tomografias para examinar os ossos do filhote, Lopatin e sua equipe confirmaram que a múmia, de 37 mil anos, era de um Homotherium, um felino ágil, do tamanho de um leão, com longos membros anteriores e ombros robustos. A espécie foi a última dos tigres-dente-de-sabre, ocupando um ramo da árvore evolutiva distinto dos felinos modernos. Embora ossos de filhotes de Homotherium já tenham sido encontrados, incluindo uma descoberta importante em uma caverna perto de San Antonio, o exemplar russo possui carne e pele preservadas. A equipe estima que o filhote tinha apenas três semanas de vida. Algumas características, como o pescoço forte do filhote, confirmam conclusões anteriores sobre a anatomia do Homotherium. Outras foram completamente surpreendentes. O filhote tinha tufos de pelos claros saindo dos cantos da boca, sugerindo costeletas ou barbas nos adultos. Suas patas eram arredondadas como as de um lince, mas com almofadas quadradas, diferentes das de felinos modernos. Surpreendentemente, o filhote não tinha almofadas carpais nos pulsos, comuns em gatos e cães, o que pode ter ajudado na locomoção sobre a neve, explicou Lopatin. Além disso, sua pele era de um marrom-escuro e macia. “Talvez a característica mais surpreendente”, disse Lopatin. Felinos modernos com pelagens de cor sólida na fase adulta — como leões e pumas — geralmente têm manchas quando filhotes, afirmou Ashley Reynolds, paleontóloga do Museu Canadense da Natureza, que não participou do estudo. A ausência de manchas pode ser resultado da preservação da pele, ela sugeriu. “Gostaria de ver detalhes sobre a degradação, se houver, na pelagem.” No entanto, ela destacou que filhotes de hienas-malhadas podem ter pelos escuros, e são parentes dos felinos. O filhote também contribui para o debate sobre os dentes dos tigres-dente-de-sabre — se suas presas alongadas ficavam expostas ou eram cobertas por um lábio superior estendido. Embora o filhote fosse jovem demais para já ter desenvolvido as presas, Lopatin observou que a altura do lábio superior é mais de duas vezes maior que a de um filhote de leão moderno. Isso pode indicar que as presas dos adultos eram cobertas. Uma comparação entre cabeças de Homotherium top de três semanas de idade e um leão atual A.V. Lopatin et al., Scientific Reports 2024 Lopatin afirmou que este é apenas o começo. A equipe planeja estudar o DNA da múmia e examinar mais de perto o esqueleto, os músculos e os pelos. Ele acredita que outras múmias de *Homotherium* podem ser encontradas. “Tomara que nossos colegas russos tenham sorte em encontrar adultos”, disse Salesa. “Isso seria absolutamente impressionante.”
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