Patrões determinam fechamento do porto de Montreal em meio à falta de acordo com trabalhadores; entenda

Atividades marítimas no Canadá tem interrupção ampliada O porto de Montreal foi fechado nesta segunda-feira, por decisão de seus administradores, ampliando a interrupção das atividades marítimas no Canadá, a qual já havia sido intensificada por determinações do patronato nos terminais de Vancouver e em outros da costa do Pacífico. Cerca de 1.200 trabalhadores não puderam acessar seus postos de trabalho, após o sindicato rejeitar a última proposta de aumento dos empregadores. Escola pública é eleita como melhor edifício do mundo em premiação de arquitetura: veja fotos Conferência do clima avança nas regras para criar mercado de carbono global Enquanto isso, os trabalhadores do porto de Vancouver e de terminais de outras cidades da costa do Pacífico canadense completaram nesta segunda-feira uma semana de greves após serem demitidos em meio a movimentos de reivindicação salarial. "Quando vemos o que está acontecendo, o fechamento patronal em Vancouver (e) o fechamento patronal em Montreal, consideramos que é um ataque coordenado e planejado para pressionar o governo a intervir", disse Michel Murray, porta-voz do Sindicato de Estivadores Local 375 do Sindicato Canadense de Empregados Públicos, em uma entrevista coletiva em Montreal. "Se a Associação de Empregadores Marítimos tivesse respeitado os processos de negociação coletiva, soluções teriam sido encontradas e o conflito no porto de Montreal teria sido evitado", ressaltou. Os estivadores de Montreal organizaram três greves parciais em outubro, enquanto as negociações contratuais entre o sindicato local de trabalhadores portuários e a Associação de Empregadores Marítimos continuavam estagnadas após a ampla rejeição da última proposta patronal. Em resposta, os empregadores reagiram da mesma forma que administradores de outros terminais, fechando o porto e impedindo que os trabalhadores retomassem suas atividades. A Associação de Empregadores Marítimos pediu ao Ministério do Trabalho canadense que intervenha "para resolver o impasse o mais rápido possível". Julie Gascon, diretora da Autoridade Portuária de Montreal, alertou que o conflito "coloca em risco os empregos e a receita das empresas". Ela também afirmou que terá "graves consequências" para os trabalhadores do transporte de cargas rodoviárias e ferroviárias, agentes marítimos, pilotos, assim como para as empresas do setor. Isso "inevitavelmente desencadeará um efeito dominó em toda a economia" canadense. Os portos de Montreal e Vancouver movimentam diariamente centenas de milhões de dólares em mercadorias.

Nov 11, 2024 - 20:59
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Patrões determinam fechamento do porto de Montreal em meio à falta de acordo com trabalhadores; entenda

Atividades marítimas no Canadá tem interrupção ampliada O porto de Montreal foi fechado nesta segunda-feira, por decisão de seus administradores, ampliando a interrupção das atividades marítimas no Canadá, a qual já havia sido intensificada por determinações do patronato nos terminais de Vancouver e em outros da costa do Pacífico. Cerca de 1.200 trabalhadores não puderam acessar seus postos de trabalho, após o sindicato rejeitar a última proposta de aumento dos empregadores. Escola pública é eleita como melhor edifício do mundo em premiação de arquitetura: veja fotos Conferência do clima avança nas regras para criar mercado de carbono global Enquanto isso, os trabalhadores do porto de Vancouver e de terminais de outras cidades da costa do Pacífico canadense completaram nesta segunda-feira uma semana de greves após serem demitidos em meio a movimentos de reivindicação salarial. "Quando vemos o que está acontecendo, o fechamento patronal em Vancouver (e) o fechamento patronal em Montreal, consideramos que é um ataque coordenado e planejado para pressionar o governo a intervir", disse Michel Murray, porta-voz do Sindicato de Estivadores Local 375 do Sindicato Canadense de Empregados Públicos, em uma entrevista coletiva em Montreal. "Se a Associação de Empregadores Marítimos tivesse respeitado os processos de negociação coletiva, soluções teriam sido encontradas e o conflito no porto de Montreal teria sido evitado", ressaltou. Os estivadores de Montreal organizaram três greves parciais em outubro, enquanto as negociações contratuais entre o sindicato local de trabalhadores portuários e a Associação de Empregadores Marítimos continuavam estagnadas após a ampla rejeição da última proposta patronal. Em resposta, os empregadores reagiram da mesma forma que administradores de outros terminais, fechando o porto e impedindo que os trabalhadores retomassem suas atividades. A Associação de Empregadores Marítimos pediu ao Ministério do Trabalho canadense que intervenha "para resolver o impasse o mais rápido possível". Julie Gascon, diretora da Autoridade Portuária de Montreal, alertou que o conflito "coloca em risco os empregos e a receita das empresas". Ela também afirmou que terá "graves consequências" para os trabalhadores do transporte de cargas rodoviárias e ferroviárias, agentes marítimos, pilotos, assim como para as empresas do setor. Isso "inevitavelmente desencadeará um efeito dominó em toda a economia" canadense. Os portos de Montreal e Vancouver movimentam diariamente centenas de milhões de dólares em mercadorias.

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