Pátio da Casa Horto oferece sabor na brasa, vinhos sustentáveis, drinques clássicos e ambiente onde história e natureza dão as mãos

Espaço fica ao lado Jardim Botânico e tem em seu cenário a beleza de uma palmeira imperial Um casarão datado de 1839 e repaginado pelo arquiteto João Uchôa é o cenário da Casa Horto, coladinha no Jardim Botânico. No primeiro andar, funciona o Pátio, com varanda e jardim e uma bela palmeira imperial para deixar tudo mais bonito. Quem reina na cozinha é o chef portenho Adair Herrera (ex-Tragga), que usa seu talento para preparar delícias na brasa: carnes, frutos do mar, legumes e até empanada. — O conceito do Pátio é 100% de grelhados na brasa. Tudo que é proteína, seja bovina, peixe, camarão. Também usamos legumes. E aqui temos a opção de colocar a brasa com lenha, não só o carvão. Fica um defumado diferente para cada produto. O chef portenho Adair Herrera Divulgação / Foto de Tomas Rangel De entradas, o pão de alho (R$ 28, três unidades), a linguiça de cordeiro (R$ 29, três unidades) e as empanadas fazem sucesso. São nas opções fraldinha (R$ 58, duas unidades), cordeiro (R$ 50, duas unidades) e queijo (R$ 48, duas unidades): — A empanada de cordeiro faço na parrilha também, não é no forno. Ela é especial, próximo ao defumado. Faço diretamente na lenha. É muito elogiada — conta Herrera. Lagosta e acompanhamentos no Pátio, da Casa Horto, harmonizados com vinho branco Divulgação / Foto de Tomas Rangel De principais, as opções incluem peixes (R$ 99), frutos do mar, como lagosta (R$ 139), polvo (R$ 180), além de legumes, frutas e hortaliças (fresquinhas de pequeno produtor). Já as carnes podem ser picanha (R$ 169), shoulder (R$ 130), T-bone (R$ 190), prime rib (R$ 129), assado de tira (R$ 169), fraldinha (R$ 150), entre outros. — O carro-chefe de proteína é o T-Bone. E a fraldinha e a tira de picanha também. A carne é de muita qualidade, uma opção muito boa. As carnes são fornecidas pela VPJ. O T-bone do Pátio: carne na brasa com a assinatura de Adair Herrera Divulgação Os acompanhamentos podem ser farofas (a partir de R$ 32), saladas (a partir de R$ 36) e molhos (chimichurri, manteiga de ervas ou vinagrete do Pátio), o palmito na brasa (meio — R$ 42; inteiro — R$ 78), os legumes na brasa (R$ 54 — berinjela rajada, abobrinha, cenoura, cebola roxa, batata-doce, tomate perita, e aspargos, finalizados no azeite de alecrim e flor de sal), o creme de milho (R$ 38) e as fritas (R$ 36). — No caso do palmito, a gente faz uma cocção do palmito no forno por duas horas e pouco e, depois, uma finalização na grelha. É servido com manteiga de ervas e flor de sal. Já os vegetais são oferecidos com opções variadas de legumes, para duas pessoas ou mais. Também saem muito o creme de milho e as fritas da casa, que são artesanais e vêm com maionese feita por nós. Empanada de cordeiro do Pátio, na Casa Horto Divulgação Aldair Herrera indica ainda o tartar de salmão (R$ 56), servido com creme de abacate, picles de pepino, tomate cereja e quejo meia cura cremoso e torradas de ciabatta. A receita já conquistou admiradores: — O abacate é grelhado antes, passa por um defumado. Depois faço um creme. Harmonização é tudo A carta de vinhos tem a assinatura da sommelière Elaine de Oliveira, com um olhar atento para a sustentabilidade. Ela privilegiou produtores comprometidos com práticas orgânicas, biodinâmicas e naturais: — A seleção é democrática, com opções para todos os estilos e paladares, que vão de rótulos mais tradicionais até escolhas menos convencionais. A carta traz uma diversidade de pequenos produtores, tanto nacionais quanto internacionais, mas também tem produtores maiores e muitos deles super premiados, todos sempre refletindo um compromisso em oferecer vinhos que surpreendam e inspirem, com responsabilidade e respeito ao meio ambiente — revela Elaine. Casa Horto: drinques leves Divulgação Já a carta de drinques reúne clássicos, refrescantes e frutados com a assinatura de Jéssica Sanchez: — Como a gente tem parrilha, as carnes, os grelhados, a gente optou pela cozinha ser a protagonista da experiência. E o drinque ele vem muito como acompanhamento. Então a gente tem drinks para acompanhar os pratos, basicamente é isso. Não tem nada que você vá beber do nosso cardápio de drinques, de assinatura, que não dê para você acompanhar com uma refeição. A ideia é você conseguir comer e beber junto — revela Jéssica. Legumes na brasa do Pátio: sabor temperado pelo fogo Divulgação / Foto de Tomas Rangel Ela diz que a proposta é de drinques mais frescos e leves: — São coquetéis mais frutados, coisas um pouquinho mais amargas, mais cítricas, mas sempre na ideia da densidade mais leve e do frescor. Essa é a ideia. Obviamente, a gente tem a nossa seleção de clássicos, que acho que faz todo sentido aqui para casa. A gente tem nosso Bloody Mary do Pátio, que ele é feito com tomate assado na parrilha, é muito legal. Tem drinque com redução de abacaxi assado na parrilha, a gente faz essa brincadeirinha. O Garden chama atenção pela coloração linda, é bem fresco, bem leve, cítrico, floral. É com gim, cordial natural de pitaia, limão siciliano e flor de sabugueiro. Outra dica de Jéssica é o coquetel Pátio CK (R$ 44), com tequila: — Ele é bem fresquinho, tem hortelã. E tem a angostura que é um bitter, que dá uma temperadinha, uma complexidade, mas continua sendo bem fresco. A tequila dele está bem leve. O drinque super harmoniza com a carne, no geral. Então é isso, é um menu mais compromissado. Jéssica diz ainda que a casa tem uma linha de sodas naturais (R$ 18): — São os refrigerantes naturais que a gente faz aqui. A gente traz bastante fruta brasileira, como caju, acerola. É maravilhoso, saudável. A pessoa escolhe o sabor. Nossas bases de frutas são naturais, são feitas aqui. De sobremesas, destaque para a panqueca de doce de leite (R$ 39), com caramelo salgado, praliné de nuts e sorvete de baunilha. Menu executivo O Pátio também oferece menu executivo (a partir de R$ 62), com entrada, a salada do Pátio, seguida por uma seleção de grelhados (entre peixe, carne, frango ou opções vegetarianas e veganas). Acompanham guarnições como arroz, farofa, penne ao sugo e legumes na brasa. O final é com a panquequinha de doce de leite ou uma fruta da estação. Casarão tombado Fachada da Casa Horto: imóvel do século XIX foi recuperado Divulgação / Foto de Tomas Rangel Próximo ao Jardim Botânico, criado em 1808 por dom João, o imóvel tem parte tombada pelo patrimônio cultural. Outra parte da construção foi outra preservada e recuperada pelos sócios. O projeto de Uchôa teve o interior desenhado por Vanessa Borges (Sol Arquitetura): — É garantir que a casa esteja inserida no contexto do local, que são as casas, o patrimônio histórico, o Jardim Botânico, o Cristo Redentor, o céu do Rio de Janeiro — detalha o arquiteto. Os móveis são claros e de pinho de Riga, e há dois mesões de tronco de árvore onde sentam ao menos sete pessoas. O banheiro é unissex e temático, com flores e inspirado nas cores da cidade. O projeto é do artista visual Luciano Cian, com dois murais pintados à mão. O jardim da Casa Horto: projeto de paisagismo em casarão histórico Divulgação / Foto de Tomas Rangel Em breve, será aberto um empório no térreo. Já o segundo andar da casa abriga o P'Alma, com chef e menus diferentes. O endereço é Rua Pacheco Leão 696, Jardim Botânico. O Pátio funciona de terça a domingo, das 12h às 23h50. Já o menu executivo é servido de segunda a sexta, das 12h às 16h, exceto feriados. Reservas: 21 93618-6310.