Passagem de furacão Milton deixa mortos na Flórida: 'Ainda é cedo para dizer quantos', diz governador

Quatro pessoas foram declaradas mortas no condado de St. Lucie devido a tornados provocados pelo fenômeno Pelo menos quatro pessoas morreram em decorrência de dois tornados causados pelo furacão Milton na costa leste da Flórida, informaram as autoridades locais nesta quinta-feira. Segundo o governador Ron DeSantis, ainda "é muito cedo" para dizer quantas pessoas morreram como consequência da tempestade. Entenda: Como o furacão Milton passou da categoria 5 para a 1 em 12 horas 'Assustador': Brasileiros na Flórida passam pelo furacão Milton — Tivemos muitos resgates bem-sucedidos do estado. Sei que nossos parceiros locais estão fazendo o mesmo. Teremos uma noção melhor disso conforme o dia avança — afirmou DeSantis em entrevista à CNBC nesta quinta-feira. Algumas das mortes confirmadas ocorreram em um parque de casas móveis que as autoridades do condado atenderam na quarta-feira, durante uma janela de tempo entre os tornados e a chegada dos ventos do furacão Milton, explicou o porta-voz Erick Gill à "CNN News Central", mas sem detalhar quantos morreram lá. Mais cedo, o xerife do no condado de St. Lucie, Keith Pearson, disse à rede americana ABC News que "múltiplas fatalidades" foram registradas no Spanish Lakes Country Club Village, atingido por um tornado provocado pelo Milton antes deste tocar o solo, mas sem detalhar o número de óbitos. Mortes também foram confirmadas em uma comunidade de aposentados na cidade de Fort Pierce. Furacão Milton deve 'morrer' até segunda-feira: Entenda destino do fenômeno após varrer a Flórida Pearson publicou um vídeo na página do Facebook do condado alertando os moradores para que procurassem abrigo. Ele mostrava uma garagem para carros de polícia que havia sido destruída. — A dificuldade com os tornados é que não sabemos onde eles vão aterrissar — disse o comissário do condado de St. Lucie, Chris Dzadovsky, aos repórteres. Vento assustador Milton tocou o solo da Flórida na noite de quarta-feira, classificado como um furacão de categoria 3 — com ventos de 193 km/h —mas já provocava fortes chuvas e uma onda de tornados antes de chegar ao continente. O furacão foi rebaixado para a categoria 1, com ventos de 138 km/h, no começo da manhã desta quinta. Os ventos sustentados com força de furacão atingiram o interior das comunidades que ainda estavam se recuperando do furacão Helene, há duas semanas, antes de se deslocarem da costa leste da Flórida para o Atlântico. — O vento foi a coisa mais assustadora, porque o prédio balança e as janelas fazem barulho, mesmo sendo janelas à prova de tempestade — disse Carrie Elizabeth, moradora de Sarasota, ao sair para inspecionar as consequências nesta quinta-feira. O vento arrancou árvores de grande porte e destruiu o telhado do estádio de beisebol Tropicana Field, do Tampa Bay Rays, em São Petersburgo, e fez com que um guindaste de construção caísse sobre um prédio no centro da cidade. Nenhum ferido foi identificado. O boletim do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) emitido na manhã desta quinta-feira prevê que Milton seguirá sendo classificado como furacão pelo menos até sexta-feira cedo. Ao longo do dia, pode se tornar um ciclone extratropical e que irá gradualmente se dissipando. Milton, já como tempestade simples, deve morrer no mar até a segunda-feira. Avaliação dos danos À medida que o furacão Milton se move para o leste, aproximando-se de Cabo Canaveral, alguns condados no oeste da Flórida começam a avaliar os danos causados pela tempestade e a limpar os destroços provenientes de sua passagem. Autoridades nos condados de Hillsborough e Pasco, na Costa do Golfo (oeste da Flórida), disseram que começaram os esforços de recuperação na quinta-feira. Initial plugin text O furacão também provocou danos estruturais. Mais de 3 milhões de residências estavam sem energia na Flórida às 4h (3h em Brasília) de acordo com o site de rastreamento PowerOutage.us. Apenas em Tampa, a empresa de fornecimento de energia local afirmou que 70% de seus clientes ficaram desabastecidos. Em uma coletiva de imprensa na noite de quarta-feira, o governador DeSantis afirmou que o estado teve 116 alertas de tornado. Raios e queda de energia causada pelo furacão Milton na Flórida Jasper Curry/NYT Pessoas ficaram presas sob escombros de construções e em veículos capotados nas áreas de Wellington, Acreage e Loxahatchee, no condado de Palm Beach, informaram os serviços de emergência. Cinco pessoas foram transportadas para hospitais e muitas outras foram tratadas por ferimentos leves, segundo o The New York Times. Autoridades do condado de Martin afirmam que várias pessoas ficaram feridas e dezenas de casas foram danificadas pela passagem do furacão. Mesmo em localidades que não sofreram com a passagem do furacão sofreram impactos indiretos. A rede americana CNN noticiou que em Daytona Beach, na costa leste da Flórida, registrou ventos de mais de 133 km/h, sofrendo também com as enchentes provocadas pelas intensas chuvas de tempestade. A Flórida, o terc

Oct 10, 2024 - 17:49
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Passagem de furacão Milton deixa mortos na Flórida: 'Ainda é cedo para dizer quantos', diz governador

Quatro pessoas foram declaradas mortas no condado de St. Lucie devido a tornados provocados pelo fenômeno Pelo menos quatro pessoas morreram em decorrência de dois tornados causados pelo furacão Milton na costa leste da Flórida, informaram as autoridades locais nesta quinta-feira. Segundo o governador Ron DeSantis, ainda "é muito cedo" para dizer quantas pessoas morreram como consequência da tempestade. Entenda: Como o furacão Milton passou da categoria 5 para a 1 em 12 horas 'Assustador': Brasileiros na Flórida passam pelo furacão Milton — Tivemos muitos resgates bem-sucedidos do estado. Sei que nossos parceiros locais estão fazendo o mesmo. Teremos uma noção melhor disso conforme o dia avança — afirmou DeSantis em entrevista à CNBC nesta quinta-feira. Algumas das mortes confirmadas ocorreram em um parque de casas móveis que as autoridades do condado atenderam na quarta-feira, durante uma janela de tempo entre os tornados e a chegada dos ventos do furacão Milton, explicou o porta-voz Erick Gill à "CNN News Central", mas sem detalhar quantos morreram lá. Mais cedo, o xerife do no condado de St. Lucie, Keith Pearson, disse à rede americana ABC News que "múltiplas fatalidades" foram registradas no Spanish Lakes Country Club Village, atingido por um tornado provocado pelo Milton antes deste tocar o solo, mas sem detalhar o número de óbitos. Mortes também foram confirmadas em uma comunidade de aposentados na cidade de Fort Pierce. Furacão Milton deve 'morrer' até segunda-feira: Entenda destino do fenômeno após varrer a Flórida Pearson publicou um vídeo na página do Facebook do condado alertando os moradores para que procurassem abrigo. Ele mostrava uma garagem para carros de polícia que havia sido destruída. — A dificuldade com os tornados é que não sabemos onde eles vão aterrissar — disse o comissário do condado de St. Lucie, Chris Dzadovsky, aos repórteres. Vento assustador Milton tocou o solo da Flórida na noite de quarta-feira, classificado como um furacão de categoria 3 — com ventos de 193 km/h —mas já provocava fortes chuvas e uma onda de tornados antes de chegar ao continente. O furacão foi rebaixado para a categoria 1, com ventos de 138 km/h, no começo da manhã desta quinta. Os ventos sustentados com força de furacão atingiram o interior das comunidades que ainda estavam se recuperando do furacão Helene, há duas semanas, antes de se deslocarem da costa leste da Flórida para o Atlântico. — O vento foi a coisa mais assustadora, porque o prédio balança e as janelas fazem barulho, mesmo sendo janelas à prova de tempestade — disse Carrie Elizabeth, moradora de Sarasota, ao sair para inspecionar as consequências nesta quinta-feira. O vento arrancou árvores de grande porte e destruiu o telhado do estádio de beisebol Tropicana Field, do Tampa Bay Rays, em São Petersburgo, e fez com que um guindaste de construção caísse sobre um prédio no centro da cidade. Nenhum ferido foi identificado. O boletim do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) emitido na manhã desta quinta-feira prevê que Milton seguirá sendo classificado como furacão pelo menos até sexta-feira cedo. Ao longo do dia, pode se tornar um ciclone extratropical e que irá gradualmente se dissipando. Milton, já como tempestade simples, deve morrer no mar até a segunda-feira. Avaliação dos danos À medida que o furacão Milton se move para o leste, aproximando-se de Cabo Canaveral, alguns condados no oeste da Flórida começam a avaliar os danos causados pela tempestade e a limpar os destroços provenientes de sua passagem. Autoridades nos condados de Hillsborough e Pasco, na Costa do Golfo (oeste da Flórida), disseram que começaram os esforços de recuperação na quinta-feira. Initial plugin text O furacão também provocou danos estruturais. Mais de 3 milhões de residências estavam sem energia na Flórida às 4h (3h em Brasília) de acordo com o site de rastreamento PowerOutage.us. Apenas em Tampa, a empresa de fornecimento de energia local afirmou que 70% de seus clientes ficaram desabastecidos. Em uma coletiva de imprensa na noite de quarta-feira, o governador DeSantis afirmou que o estado teve 116 alertas de tornado. Raios e queda de energia causada pelo furacão Milton na Flórida Jasper Curry/NYT Pessoas ficaram presas sob escombros de construções e em veículos capotados nas áreas de Wellington, Acreage e Loxahatchee, no condado de Palm Beach, informaram os serviços de emergência. Cinco pessoas foram transportadas para hospitais e muitas outras foram tratadas por ferimentos leves, segundo o The New York Times. Autoridades do condado de Martin afirmam que várias pessoas ficaram feridas e dezenas de casas foram danificadas pela passagem do furacão. Mesmo em localidades que não sofreram com a passagem do furacão sofreram impactos indiretos. A rede americana CNN noticiou que em Daytona Beach, na costa leste da Flórida, registrou ventos de mais de 133 km/h, sofrendo também com as enchentes provocadas pelas intensas chuvas de tempestade. A Flórida, o terceiro estado mais populoso dos EUA e destino turístico frequente, está acostumada com furacões. Segundo os cientistas, as alterações climáticas desempenham um papel na rápida intensificação dos furacões, porque as superfícies oceânicas mais quentes libertam mais vapor de água, o que dá mais energia às tempestades e intensifica os seus ventos. (Com NYT e AFP)

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