Oposição cobra Nísia por desperdício de vacinas
Parlamentares questionam sobre compra de vacinas, repasse de verbas e transplantes de órgãos com HIV A ministra da Saúde, Nísia Trindade, é questionada por parlamentares da oposição do governo sobre o desperdício de doses de vacinas, devido à perda de validade, durante audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira. Ela foi chamada para prestar esclarecimentos sobre diferentes ações da pasta. Conforme reportagem do GLOBO mostrou, o governo federal deixou vencer 58,7 milhões de imunizantes desde a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente em 2023. A perda dos lotes representa um gasto de R$ 1,75 bilhão aos cofres públicos, um recorde desde os quatro anos do segundo mandato de Lula, quando o prejuízo acumulado foi de R$ 1,96 bilhão. Parlamentares como deputado Frederico (PRD) e deputado Kim Kataguiri (União) questionaram sobre a perda de doses. Em resposta, Trindade afirmou que a pasta herdou doses de vacinas da Covid-19 que "não haviam sido distribuídas pelo governo anterior e estavam em estoque". — Antes de assumir o Ministério da Saúde, integrei o grupo de trabalho de transição e fiquei perplexa de saber que era sigilosa a situação do estoque de vacinas. Não tínhamos nenhum controle de qualidade e veracidade das informações. (...) Haviam 158 milhões de itens de saúde a vencer até junho do ano passado, R$ 1,2 bilhão era nossa avaliação de perda diante deste estoque. Desse, R$ 1 milhao de reais relativos às vacinas de Covid — declarou a ministra. Ainda segundo ela, a pasta investiu em estratégias para utilizar doses adquiridas pela gestão de Jair Bolsonaro (PL) que evitaram o desperdício de R$ 252 milhões, equivalente a 12,3 milhões de vacinas. — Além disso, assumimos o trabalho conjunto com secretários estaduais e municipais de modo a evitar perdas — completou. — As vacinas são vítimas da fake news e da desinformação. São pessoas vítimas da desinformações que deveriam estar protegidas contra essas doenças. Em sua apresentação, a ministra negou que haja um desabastecimento de vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS) e destacou que o governo mantém a oferta das 20 vacinas de rotina. Ao longo da fala, ela citou desafios que ocorreram ao longo do ano, "como o atraso na entrega de alguns imunizantes por laboratórios públicos e privados". Todos superados, segundo ela. — Fizemos a aquisição de novas vacinas dentro dos marcos legais, tendo como prioridade o acesso. Essa regularização de toda a distribuição foi feita. (...) Fomos absolutamente bem-sucedidos — declarou Trindade. Em outubro, o Ministério da Saúde comunicou que houve um "desabastecimento momentâneo" nos estoques de vacina contra Covid-19 no SUS, mas negou o cenário de ausência generalizada de imunizantes. O estoque de vacinas de Covid encontrava-se desabastecido aconteceu entre os dias 16 e 22 de outubro, diz o ministério. Segundo o ministério, a ausência aconteceu devido ao vencimento dos lotes. Nos requerimentos de convocação, os parlamentares citam, por exemplo, a compra de vacinas, repasses de recursos aos estados e municípios e o caso dos transplantes de órgãos com HIV no Rio de Janeiro. Esta é a sétima vez que Trindade é chamada e comparece em audiência na Câmara desde o início da gestão, em 2023. Foram cinco vezes no ano passado e uma neste ano.
Parlamentares questionam sobre compra de vacinas, repasse de verbas e transplantes de órgãos com HIV A ministra da Saúde, Nísia Trindade, é questionada por parlamentares da oposição do governo sobre o desperdício de doses de vacinas, devido à perda de validade, durante audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira. Ela foi chamada para prestar esclarecimentos sobre diferentes ações da pasta. Conforme reportagem do GLOBO mostrou, o governo federal deixou vencer 58,7 milhões de imunizantes desde a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente em 2023. A perda dos lotes representa um gasto de R$ 1,75 bilhão aos cofres públicos, um recorde desde os quatro anos do segundo mandato de Lula, quando o prejuízo acumulado foi de R$ 1,96 bilhão. Parlamentares como deputado Frederico (PRD) e deputado Kim Kataguiri (União) questionaram sobre a perda de doses. Em resposta, Trindade afirmou que a pasta herdou doses de vacinas da Covid-19 que "não haviam sido distribuídas pelo governo anterior e estavam em estoque". — Antes de assumir o Ministério da Saúde, integrei o grupo de trabalho de transição e fiquei perplexa de saber que era sigilosa a situação do estoque de vacinas. Não tínhamos nenhum controle de qualidade e veracidade das informações. (...) Haviam 158 milhões de itens de saúde a vencer até junho do ano passado, R$ 1,2 bilhão era nossa avaliação de perda diante deste estoque. Desse, R$ 1 milhao de reais relativos às vacinas de Covid — declarou a ministra. Ainda segundo ela, a pasta investiu em estratégias para utilizar doses adquiridas pela gestão de Jair Bolsonaro (PL) que evitaram o desperdício de R$ 252 milhões, equivalente a 12,3 milhões de vacinas. — Além disso, assumimos o trabalho conjunto com secretários estaduais e municipais de modo a evitar perdas — completou. — As vacinas são vítimas da fake news e da desinformação. São pessoas vítimas da desinformações que deveriam estar protegidas contra essas doenças. Em sua apresentação, a ministra negou que haja um desabastecimento de vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS) e destacou que o governo mantém a oferta das 20 vacinas de rotina. Ao longo da fala, ela citou desafios que ocorreram ao longo do ano, "como o atraso na entrega de alguns imunizantes por laboratórios públicos e privados". Todos superados, segundo ela. — Fizemos a aquisição de novas vacinas dentro dos marcos legais, tendo como prioridade o acesso. Essa regularização de toda a distribuição foi feita. (...) Fomos absolutamente bem-sucedidos — declarou Trindade. Em outubro, o Ministério da Saúde comunicou que houve um "desabastecimento momentâneo" nos estoques de vacina contra Covid-19 no SUS, mas negou o cenário de ausência generalizada de imunizantes. O estoque de vacinas de Covid encontrava-se desabastecido aconteceu entre os dias 16 e 22 de outubro, diz o ministério. Segundo o ministério, a ausência aconteceu devido ao vencimento dos lotes. Nos requerimentos de convocação, os parlamentares citam, por exemplo, a compra de vacinas, repasses de recursos aos estados e municípios e o caso dos transplantes de órgãos com HIV no Rio de Janeiro. Esta é a sétima vez que Trindade é chamada e comparece em audiência na Câmara desde o início da gestão, em 2023. Foram cinco vezes no ano passado e uma neste ano.
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