O passo a passo do homem-bomba de Brasília: Polícia Civil do DF narra últimos momentos antes de explosão

Ações de Francisco Wanderley Luiz foram acompanhadas por segurança do STF A Polícia Civil do Distrito Federal refez os últimos passos do até agora único suspeito das duas explosões que ocorreram nas imediações da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no início da noite desta quarta-feira. Francisco Wanderley Luiz, candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina, foi identificado após ser morto por um artefato que ele mesmo acionou, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Saiba mais detalhes: Explosões na Praça dos Três Poderes deixam um morto e um carro incendiado Veja a foto: Homem morto na Praça dos Três Poderes usava paletó com naipes de baralho O carro dele também explodiu no estacionamento do anexo IV da Câmara dos Deputados, a cerca de 500 metros de onde ele aparentemente cometeu suicídio. A equipe do esquadrão antibomba explodiu por volta da 00h30 dois artefatos ao lado do corpo do homem em frente à estátua "Justiça", que fica a poucos metros da sede da mais alta Corte do Poder Judiciário. Em boletim de ocorrência, a polícia registrou o depoimento de um segurança do STF, que acompanhou toda a movimentação. Segundo esse relato, Francisco Luiz "se aproximou (do STF) e ficou parado em frente à estátua (Justiça). Ele trazia consigo "uma mochila e estava em atitude suspeita". Então colocou a mochila no chão, "tirou um extintor e uma blusa de dentro da mochila". A polícia prossegue com o relato colhido. Francisco teria então, após a aproximação do segurança, aberto a camisa e feito a advertência para que não se aproximasse. "(O segurança) visualizou um objeto semelhante a um relógio digital", e acreditou tratar-se de uma bomba. O suspeito então saiu com artefatos pra lateral e lançou dois ou três objetos, "que estouraram". Francisco Luiz, então, "deitou no chão" e "acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão". A Polícia Civil do Distrito Federal identificou ainda que Francisco alugou uma casa em Ceilândia há duas semanas. A equipe fez buscas no local e encontrou sua carteira de habilitação. Depois, investigadores passaram também a procurar uma espécie de um trailer, ou "carretinha", que era rebocado pelo carro do autor das explosões. Nesta quarta-feira, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do DF vão tentar avançar na investigação. Ambas as corporações abriram inquéritos e ainda avaliam as circunstâncias dos ataques. Identificado como Tiü França nas redes sociais, Luiz foi candidato a vereador em sua cidade natal, Rio do Sul, Santa Catarina, nas eleições municipais de 2020. Ele teve 98 votos e não foi eleito. Na ocasião, Luiz declarou ter um patrimônio de R$ 263 mil, incluindo a posse de três veículos, uma moto e um prédio residencial de dois pavimentos na região urbana de Rio do Sul.

Nov 14, 2024 - 08:00
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O passo a passo do homem-bomba de Brasília: Polícia Civil do DF narra últimos momentos antes de explosão

Ações de Francisco Wanderley Luiz foram acompanhadas por segurança do STF A Polícia Civil do Distrito Federal refez os últimos passos do até agora único suspeito das duas explosões que ocorreram nas imediações da Praça dos Três Poderes, em Brasília, no início da noite desta quarta-feira. Francisco Wanderley Luiz, candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina, foi identificado após ser morto por um artefato que ele mesmo acionou, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Saiba mais detalhes: Explosões na Praça dos Três Poderes deixam um morto e um carro incendiado Veja a foto: Homem morto na Praça dos Três Poderes usava paletó com naipes de baralho O carro dele também explodiu no estacionamento do anexo IV da Câmara dos Deputados, a cerca de 500 metros de onde ele aparentemente cometeu suicídio. A equipe do esquadrão antibomba explodiu por volta da 00h30 dois artefatos ao lado do corpo do homem em frente à estátua "Justiça", que fica a poucos metros da sede da mais alta Corte do Poder Judiciário. Em boletim de ocorrência, a polícia registrou o depoimento de um segurança do STF, que acompanhou toda a movimentação. Segundo esse relato, Francisco Luiz "se aproximou (do STF) e ficou parado em frente à estátua (Justiça). Ele trazia consigo "uma mochila e estava em atitude suspeita". Então colocou a mochila no chão, "tirou um extintor e uma blusa de dentro da mochila". A polícia prossegue com o relato colhido. Francisco teria então, após a aproximação do segurança, aberto a camisa e feito a advertência para que não se aproximasse. "(O segurança) visualizou um objeto semelhante a um relógio digital", e acreditou tratar-se de uma bomba. O suspeito então saiu com artefatos pra lateral e lançou dois ou três objetos, "que estouraram". Francisco Luiz, então, "deitou no chão" e "acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão". A Polícia Civil do Distrito Federal identificou ainda que Francisco alugou uma casa em Ceilândia há duas semanas. A equipe fez buscas no local e encontrou sua carteira de habilitação. Depois, investigadores passaram também a procurar uma espécie de um trailer, ou "carretinha", que era rebocado pelo carro do autor das explosões. Nesta quarta-feira, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do DF vão tentar avançar na investigação. Ambas as corporações abriram inquéritos e ainda avaliam as circunstâncias dos ataques. Identificado como Tiü França nas redes sociais, Luiz foi candidato a vereador em sua cidade natal, Rio do Sul, Santa Catarina, nas eleições municipais de 2020. Ele teve 98 votos e não foi eleito. Na ocasião, Luiz declarou ter um patrimônio de R$ 263 mil, incluindo a posse de três veículos, uma moto e um prédio residencial de dois pavimentos na região urbana de Rio do Sul.

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