O GLOBO acompanha um dia de gravação de ‘Ângela diniz: o crime da praia dos ossos’
Estrelada por Marjorie Estiano, série é baseada em podcast de sucesso que reconta o brutal assassinato da socialite mineira por Doca Street, sob o manto da ‘legítima defesa da honra’ A história de Ângela Diniz, socialite mineira vítima de um dos mais notórios casos de feminicídio no Brasil, em 1976, já foi tema de podcast (“Praia dos Ossos”, em 2020) e filme (“Angela”, com Isis Valverde, de 2023). Agora, chegou a vez do streaming. Em “Ângela Diniz: o crime da Praia dos Ossos”, produção da Conspiração, Marjorie Estiano dá vida a Ângela Diniz, enquanto Emílio Dantas e Antonio Fagundes assumem os papéis de Doca Street, que a matou, e de seu advogado, Evandro Lins e Silva, respectivamente. Morre Arturo García Tenorio, de 'Chapolin Colorado', aos 70 anos: Veja atores da série que continuam vivos Tom Karabachian: Filho de Paulinho Moska lança primeiro álbum e toma cuidado com a fama O GLOBO acompanhou um dia de gravação da série, cujos trabalhos se encerraram no início de outubro. Andrucha Waddington, diretor da produção e que já trabalhou com Marjorie em “Sob pressão”, destaca um aspecto da legislação presente na trama, que será exibida pelo canal HBO e pelo Max: — Só em 2023 o STF aboliu a infame tese da legítima defesa da honra, tantas vezes utilizada em crimes de feminicídio, como o que aconteceu com Ângela. Ao longo de seis episódios, a série acompanha a jornada de Ângela Diniz e passa por momentos importantes, como a separação do primeiro marido, a briga pela guarda da filha, o relacionamento com Doca e sua morte, na Praia dos Ossos, em Búzios. A trama também destaca o espetaculoso julgamento do assassino e a tática da defesa para destruir a reputação da socialite mineira. A cena acompanhada pelo GLOBO, rodada numa mansão na Gávea, Zona Sul do Rio, usada para reproduzir a casa de Ângela em Belo Horizonte, mostra a socialite se divertindo com a filha (vivida por Maria Volpe, de 11 anos) após apresentar Doca à sua mãe. A gravação de um momento delicado, sem um aparente conflito, deixou a equipe e o elenco com os olhos marejados. Adriano Imperador: Famosas que namoraram craque são citadas em biografia, que traz detalhes de vida amorosa Vilão da história, o Doca de Emílio foi construído a partir do factual e do “retrato masculino e social da época”, diz o ator. Ele vê o personagem como o cara que veste uma máscara para conseguir o que quer. — Mais do que a tragédia em si, me interessei por essa história pelo fato de a vida da Ângela ser um excelente exemplo para mostrarmos como a simples liberdade e a existência feminina podem ser um atravanco, a ponto de um crime e uma barbárie como aconteceu. E como esses valores foram e são cerceados até ontem, judicialmente, e hoje, socialmente — diz o ator Escrita pela fã de true crime Elena Soárez, da série “O mecanismo”, a produção segue a linha narrativa do podcast, mas com ferramentas ficcionais: — Acho interessante o uso que a ficção pode fazer dos eventos reais. Há, necessariamente, uma boa distância entre o que de fato aconteceu e o que funciona dramaturgicamente. Como roteirista, tenho que torcer a realidade em favor da narrativa. Renata Gaspar, Thiago Lacerda, Thelmo Fernandes, Emílio de Mello, Stepan Nercessian e Camila Márdila completam o elenco.
Estrelada por Marjorie Estiano, série é baseada em podcast de sucesso que reconta o brutal assassinato da socialite mineira por Doca Street, sob o manto da ‘legítima defesa da honra’ A história de Ângela Diniz, socialite mineira vítima de um dos mais notórios casos de feminicídio no Brasil, em 1976, já foi tema de podcast (“Praia dos Ossos”, em 2020) e filme (“Angela”, com Isis Valverde, de 2023). Agora, chegou a vez do streaming. Em “Ângela Diniz: o crime da Praia dos Ossos”, produção da Conspiração, Marjorie Estiano dá vida a Ângela Diniz, enquanto Emílio Dantas e Antonio Fagundes assumem os papéis de Doca Street, que a matou, e de seu advogado, Evandro Lins e Silva, respectivamente. Morre Arturo García Tenorio, de 'Chapolin Colorado', aos 70 anos: Veja atores da série que continuam vivos Tom Karabachian: Filho de Paulinho Moska lança primeiro álbum e toma cuidado com a fama O GLOBO acompanhou um dia de gravação da série, cujos trabalhos se encerraram no início de outubro. Andrucha Waddington, diretor da produção e que já trabalhou com Marjorie em “Sob pressão”, destaca um aspecto da legislação presente na trama, que será exibida pelo canal HBO e pelo Max: — Só em 2023 o STF aboliu a infame tese da legítima defesa da honra, tantas vezes utilizada em crimes de feminicídio, como o que aconteceu com Ângela. Ao longo de seis episódios, a série acompanha a jornada de Ângela Diniz e passa por momentos importantes, como a separação do primeiro marido, a briga pela guarda da filha, o relacionamento com Doca e sua morte, na Praia dos Ossos, em Búzios. A trama também destaca o espetaculoso julgamento do assassino e a tática da defesa para destruir a reputação da socialite mineira. A cena acompanhada pelo GLOBO, rodada numa mansão na Gávea, Zona Sul do Rio, usada para reproduzir a casa de Ângela em Belo Horizonte, mostra a socialite se divertindo com a filha (vivida por Maria Volpe, de 11 anos) após apresentar Doca à sua mãe. A gravação de um momento delicado, sem um aparente conflito, deixou a equipe e o elenco com os olhos marejados. Adriano Imperador: Famosas que namoraram craque são citadas em biografia, que traz detalhes de vida amorosa Vilão da história, o Doca de Emílio foi construído a partir do factual e do “retrato masculino e social da época”, diz o ator. Ele vê o personagem como o cara que veste uma máscara para conseguir o que quer. — Mais do que a tragédia em si, me interessei por essa história pelo fato de a vida da Ângela ser um excelente exemplo para mostrarmos como a simples liberdade e a existência feminina podem ser um atravanco, a ponto de um crime e uma barbárie como aconteceu. E como esses valores foram e são cerceados até ontem, judicialmente, e hoje, socialmente — diz o ator Escrita pela fã de true crime Elena Soárez, da série “O mecanismo”, a produção segue a linha narrativa do podcast, mas com ferramentas ficcionais: — Acho interessante o uso que a ficção pode fazer dos eventos reais. Há, necessariamente, uma boa distância entre o que de fato aconteceu e o que funciona dramaturgicamente. Como roteirista, tenho que torcer a realidade em favor da narrativa. Renata Gaspar, Thiago Lacerda, Thelmo Fernandes, Emílio de Mello, Stepan Nercessian e Camila Márdila completam o elenco.
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