Número de mortos nos EUA após passagem do Furacão Helene sobe para 53; veja vídeos
Estados declararam emergência, e milhões de americanos continuam sem eletricidade Milhões de americanos continuam sem eletricidade neste sábado e muitos enfrentam graves inundações após a passagem do furacão Helene, que atingiu estados do Leste e Meio-Oeste dos Estados Unidos e deixou pelo menos 53 mortos. As equipes de resgate trabalham para restabelecer o fornecimento de energia e lidar com as consequências das enchentes massivas, que destruíram casas, estradas e negócios nos vários estados. Furacão Helene: Veja vídeos dos estragos causados na Flórida por fenômeno categoria 4 Ventos de mais de 220km/h: Furacão Helene atinge o Norte da Flórida como categoria 4 Pelo menos 22 pessoas morreram na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 11 na Flórida, duas na Carolina do Norte e uma na Virgínia, de acordo com um balanço elaborado pela AFP a partir de declarações das autoridades locais. Na Carolina do Norte, cerca de 400 estradas e rodovias foram bloqueadas por deslizamentos de terra e inundações — o fornecimento de energia elétrica, gás e os serviços de comunicação estão suspensos, sem previsão para retorno. — Estamos em meio ao mais sério desastre natural em nossa comunidade — disse, em depoimento ao New York Times, Avril Pinder, administradora no condado de Buncombe. Segundo ela, o fornecimento de água também foi prejudicado, e infraestruturas em áreas de montanha foram “devastadas”. Furacão Helene: veja vídeos dos estragos causados pelo fenômeno na Flórida Algumas regiões do estado registraram mais de 600 mm de chuva entre quarta-feira e sexta-feira — em Busick, o volume em 48 horas foi de 751 mm, e em Asheville, cidade igualmente afetada pelas fortes chuvas, um toque de recolher foi declarado até a manhã deste sábado. Um alerta para o risco de “rompimento iminente” de uma barragem próxima chegou a ser emitido, mas suspenso pouco depois. Em comunicado, o governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, disse que mais de 200 pessoas foram resgatadas desde quarta-feira, e que as operações contam com profissionais vindos de outros 19 estados do país, além de equipes do governo federal. Segundo ele, Helene é “uma das piores tempestades da História moderna para algumas partes da Carolina do Norte”. Rota do furacão Helene Editoria de Arte / O Globo Originado no Caribe, o furacão Helene atingiu primeiro a Flórida, na noite de quinta-feira, já na categoria 4 (em uma escala de 5), e o primeiro impacto ocorreu em uma área que ainda se recuperava de de duas tempestades no ano passado, incluindo o furacão Idalia, de categoria 3 e que provocou ampla destruição. Em Perry, cidade que fica na região, os ventos chegaram a 225 km/h, e em Cedar Key, uma ilha com apenas algumas centenas de habitantes na costa Oeste do estado, os telhados das casas foram arrancados e as paredes abertas. — Parte o coração ver isso — contou Gabe Doty, um funcionário municipal, à AFP. — Muitas casas desapareceram, o mercado desapareceu. O correio desapareceu. É uma verdadeira tragédia, e vai ser difícil reconstruir — continuou. Em entrevista coletiva neste sábado, o governador da Flórida, Ron DeSantis, confirmou que 11 pessoas morreram, dizendo ainda que Helene foi um furacão muito além do que a Flórida viu nos últimos anos, e que algumas comunidades viram suas casas serem “completamente obliteradas”. De acordo com o Centro Nacional de Furacões, Helene perdeu força e agora é classificado como uma tempestade pós-tropical, o que não elimina os riscos de novos estragos em áreas já afetadas pelas tormentas e em outros estados americanos. No Tennessee, foram emitidos alertas para inundações, e operadores de represas apontam para o excesso de água em alguns locais, mas afastando o risco de rompimento iminente. Na sexta-feira, um grupo de 50 pessoas no estado teve que ser resgatado do alto de uma casa, onde estavam abrigados por causa de uma inundação relâmpago. Há alertas de chuva também para a Carolina do Norte, Carolina do Sul, Virgínia — onde morreu uma pessoa na sexta-feira —, e Ohio. Até a tarde de sábado, havia cerca de três milhões de pessoas sem energia. Em comunicado, emitido neste sábado, o presidente, Joe Biden, disse estar “profundamente triste com a perda de vidas e a devastação causada pelo furacão Helene”, e que “está em contato constante com autoridades estaduais e locais para garantir que as comunidades tenham o apoio e os recursos de que precisam”. “À medida que nos voltamos para os esforços de recuperação, garantiremos que nenhum recurso seja poupado para garantir que famílias, empresas, escolas, hospitais e comunidades inteiras possam começar rapidamente seu caminho para a reconstrução”, disse Biden. O Helene se deslocou sobre águas especialmente quentes após se formar no Golfo do México. — É provável que essas águas tão quentes tenham influenciado na rápida intensificação de Helene — explica a climatologista Andra Garner à AFP. Segundo cientistas, ao aquecer as massas de água do oceano, a mudança climática aumenta a probabilidade de que
Estados declararam emergência, e milhões de americanos continuam sem eletricidade Milhões de americanos continuam sem eletricidade neste sábado e muitos enfrentam graves inundações após a passagem do furacão Helene, que atingiu estados do Leste e Meio-Oeste dos Estados Unidos e deixou pelo menos 53 mortos. As equipes de resgate trabalham para restabelecer o fornecimento de energia e lidar com as consequências das enchentes massivas, que destruíram casas, estradas e negócios nos vários estados. Furacão Helene: Veja vídeos dos estragos causados na Flórida por fenômeno categoria 4 Ventos de mais de 220km/h: Furacão Helene atinge o Norte da Flórida como categoria 4 Pelo menos 22 pessoas morreram na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 11 na Flórida, duas na Carolina do Norte e uma na Virgínia, de acordo com um balanço elaborado pela AFP a partir de declarações das autoridades locais. Na Carolina do Norte, cerca de 400 estradas e rodovias foram bloqueadas por deslizamentos de terra e inundações — o fornecimento de energia elétrica, gás e os serviços de comunicação estão suspensos, sem previsão para retorno. — Estamos em meio ao mais sério desastre natural em nossa comunidade — disse, em depoimento ao New York Times, Avril Pinder, administradora no condado de Buncombe. Segundo ela, o fornecimento de água também foi prejudicado, e infraestruturas em áreas de montanha foram “devastadas”. Furacão Helene: veja vídeos dos estragos causados pelo fenômeno na Flórida Algumas regiões do estado registraram mais de 600 mm de chuva entre quarta-feira e sexta-feira — em Busick, o volume em 48 horas foi de 751 mm, e em Asheville, cidade igualmente afetada pelas fortes chuvas, um toque de recolher foi declarado até a manhã deste sábado. Um alerta para o risco de “rompimento iminente” de uma barragem próxima chegou a ser emitido, mas suspenso pouco depois. Em comunicado, o governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, disse que mais de 200 pessoas foram resgatadas desde quarta-feira, e que as operações contam com profissionais vindos de outros 19 estados do país, além de equipes do governo federal. Segundo ele, Helene é “uma das piores tempestades da História moderna para algumas partes da Carolina do Norte”. Rota do furacão Helene Editoria de Arte / O Globo Originado no Caribe, o furacão Helene atingiu primeiro a Flórida, na noite de quinta-feira, já na categoria 4 (em uma escala de 5), e o primeiro impacto ocorreu em uma área que ainda se recuperava de de duas tempestades no ano passado, incluindo o furacão Idalia, de categoria 3 e que provocou ampla destruição. Em Perry, cidade que fica na região, os ventos chegaram a 225 km/h, e em Cedar Key, uma ilha com apenas algumas centenas de habitantes na costa Oeste do estado, os telhados das casas foram arrancados e as paredes abertas. — Parte o coração ver isso — contou Gabe Doty, um funcionário municipal, à AFP. — Muitas casas desapareceram, o mercado desapareceu. O correio desapareceu. É uma verdadeira tragédia, e vai ser difícil reconstruir — continuou. Em entrevista coletiva neste sábado, o governador da Flórida, Ron DeSantis, confirmou que 11 pessoas morreram, dizendo ainda que Helene foi um furacão muito além do que a Flórida viu nos últimos anos, e que algumas comunidades viram suas casas serem “completamente obliteradas”. De acordo com o Centro Nacional de Furacões, Helene perdeu força e agora é classificado como uma tempestade pós-tropical, o que não elimina os riscos de novos estragos em áreas já afetadas pelas tormentas e em outros estados americanos. No Tennessee, foram emitidos alertas para inundações, e operadores de represas apontam para o excesso de água em alguns locais, mas afastando o risco de rompimento iminente. Na sexta-feira, um grupo de 50 pessoas no estado teve que ser resgatado do alto de uma casa, onde estavam abrigados por causa de uma inundação relâmpago. Há alertas de chuva também para a Carolina do Norte, Carolina do Sul, Virgínia — onde morreu uma pessoa na sexta-feira —, e Ohio. Até a tarde de sábado, havia cerca de três milhões de pessoas sem energia. Em comunicado, emitido neste sábado, o presidente, Joe Biden, disse estar “profundamente triste com a perda de vidas e a devastação causada pelo furacão Helene”, e que “está em contato constante com autoridades estaduais e locais para garantir que as comunidades tenham o apoio e os recursos de que precisam”. “À medida que nos voltamos para os esforços de recuperação, garantiremos que nenhum recurso seja poupado para garantir que famílias, empresas, escolas, hospitais e comunidades inteiras possam começar rapidamente seu caminho para a reconstrução”, disse Biden. O Helene se deslocou sobre águas especialmente quentes após se formar no Golfo do México. — É provável que essas águas tão quentes tenham influenciado na rápida intensificação de Helene — explica a climatologista Andra Garner à AFP. Segundo cientistas, ao aquecer as massas de água do oceano, a mudança climática aumenta a probabilidade de que as tempestades se intensifiquem rapidamente e o risco de furacões mais potentes. No México, o número de mortes causados por um outro furacão, John, subiu para 8 no estado de Guerrero, no sul do país. A tormenta atingiu o país na segunda-feira como um poderoso furacão de categoria 3 na escala Saffir-Simpson, perdeu intensidade logo depois mas, na quinta-feira, voltou a causar estragos em terra. Em Acapulco, conhecida cidade de veraneio, ruas estão inundadas e muitos moradores aguardam as equipes de resgate para seguirem em direção a áreas mais seguras. (Com AFP e The New York Times)
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