New York Times e revista New Yorker declaram apoio a Kamala nas eleições americanas

Em editoriais, publicações afirmam que a democrata é a única alternativa viável à ameaça que Trump representa para a democracia O jornal The New York Times e a revista The New Yorker declararam apoio à candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, em editoriais publicados no domingo e nesta segunda-feira. Duas das publicações mais importantes dos Estados Unidos, ambas têm um histórico de apoiar candidaturas democratas. Embora não tenham poupado críticas à vice-presidente, tanto o jornal quanto a revista destacaram a ameaça que seu rival, o republicano Donald Trump, representa à democracia americana. Relógios, primeiro encontro e 'Tom Walz': Campanha presidencial americana tem momentos insólitos Pesquisa NYT/Siena: Trump cresce e aperta disputa com Kamala em Michigan e Wisconsin De acordo com o editorial do Times, intitulado "A única escolha patriótica para presidente", "difícil imaginar um candidato que menos merece ser presidente dos Estados Unidos do que Donald Trump". "Ele provou ser moralmente inapto para um cargo que pede a seu ocupante que coloque o bem da nação acima do interesse próprio. Ele provou ser temperamentalmente inapto para um papel que requer as mesmas qualidades — sabedoria, honestidade, empatia, coragem, contenção, humildade, disciplina — que ele mais carece", diz o texto. Initial plugin text O diário ainda cita os quatro processos criminais dos quais Trump é alvo, incluindo a condenação histórica que o tornou o primeiro ex-ocupante da Casa Branca condenado criminalmente, além da idade avançada, a falta de interesse político e seus aliados: "Essas características desqualificantes são agravadas por tudo o mais que limita sua capacidade de cumprir os deveres do presidente: suas muitas acusações criminais, sua idade avançada, sua falta de interesse fundamental em políticas e seu elenco cada vez mais bizarro de associados." Sem poupar críticas à democrata, o Times afirma que, embora Kamala possa "não ser a candidata perfeita para todos os eleitores", ela demonstrou "cuidado, competência e um compromisso inabalável com a Constituição" durante sua trajetória como servidora pública. Por outro lado, destaca que ela deve explicar melhor seu plano de governo em vez de focar apenas em se apresentar como a única alternativa possível a Trump e tudo o que ele representa. Leia também: Trump diz que explodirá Irã 'em pedacinhos' se país ameaçar a vida de algum candidato ou ex-presidente dos EUA Já a New Yorker afirmou, no domingo, que Kamala demonstrou "os valores básicos e a habilidade política que a possibilitam encerrar de uma vez por todas a era venenosa" de Trump, comparando a situação atual dos EUA com a década de 1940, quando o nazifascismo ganhou tração ao redor do mundo. Segundo a revista, os EUA enfrentam uma nova crise nacional como aquela, com a "ameaça" residindo na "costa da Flórida", em referência a Trump. "Como presidente, ele amplificou algumas das correntes mais feias em nossa cultura política: nativismo, racismo, misoginia, indiferença aos desfavorecidos, isolacionismo amoral. Seu narcisismo e crueldade casual, seu desprezo pela verdade, contaminaram a vida pública", diz o texto. Entenda: Trump mostra sinais de força e lidera nos três estados-pêndulos do Cinturão do Sol, aponta pesquisa A New Yorker relembrou que a ascensão de Kamala surgiu após o fracasso do presidente Joe Biden no debate contra Trump, em junho, cujo desemprego provocou uma enorme pressão pela sua desistência, inclusive entre importantes lideranças nas fileiras democratas. De acordo com a publicação, a vice é capaz de desenvolver políticas públicas que funcionaram na atual gestão, ao mesmo tempo em que coloca sob a mesa "muito mais sanidade e humanidade" do que Trump. "Harris merece enorme crédito por assumir destemidamente o papel que o destino lhe reservou. Diante de um oponente maligno, ela se comportou com equilíbrio, convicção e inteligência", escreveu o editorial.

Oct 1, 2024 - 01:18
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New York Times e revista New Yorker declaram apoio a Kamala nas eleições americanas

Em editoriais, publicações afirmam que a democrata é a única alternativa viável à ameaça que Trump representa para a democracia O jornal The New York Times e a revista The New Yorker declararam apoio à candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, em editoriais publicados no domingo e nesta segunda-feira. Duas das publicações mais importantes dos Estados Unidos, ambas têm um histórico de apoiar candidaturas democratas. Embora não tenham poupado críticas à vice-presidente, tanto o jornal quanto a revista destacaram a ameaça que seu rival, o republicano Donald Trump, representa à democracia americana. Relógios, primeiro encontro e 'Tom Walz': Campanha presidencial americana tem momentos insólitos Pesquisa NYT/Siena: Trump cresce e aperta disputa com Kamala em Michigan e Wisconsin De acordo com o editorial do Times, intitulado "A única escolha patriótica para presidente", "difícil imaginar um candidato que menos merece ser presidente dos Estados Unidos do que Donald Trump". "Ele provou ser moralmente inapto para um cargo que pede a seu ocupante que coloque o bem da nação acima do interesse próprio. Ele provou ser temperamentalmente inapto para um papel que requer as mesmas qualidades — sabedoria, honestidade, empatia, coragem, contenção, humildade, disciplina — que ele mais carece", diz o texto. Initial plugin text O diário ainda cita os quatro processos criminais dos quais Trump é alvo, incluindo a condenação histórica que o tornou o primeiro ex-ocupante da Casa Branca condenado criminalmente, além da idade avançada, a falta de interesse político e seus aliados: "Essas características desqualificantes são agravadas por tudo o mais que limita sua capacidade de cumprir os deveres do presidente: suas muitas acusações criminais, sua idade avançada, sua falta de interesse fundamental em políticas e seu elenco cada vez mais bizarro de associados." Sem poupar críticas à democrata, o Times afirma que, embora Kamala possa "não ser a candidata perfeita para todos os eleitores", ela demonstrou "cuidado, competência e um compromisso inabalável com a Constituição" durante sua trajetória como servidora pública. Por outro lado, destaca que ela deve explicar melhor seu plano de governo em vez de focar apenas em se apresentar como a única alternativa possível a Trump e tudo o que ele representa. Leia também: Trump diz que explodirá Irã 'em pedacinhos' se país ameaçar a vida de algum candidato ou ex-presidente dos EUA Já a New Yorker afirmou, no domingo, que Kamala demonstrou "os valores básicos e a habilidade política que a possibilitam encerrar de uma vez por todas a era venenosa" de Trump, comparando a situação atual dos EUA com a década de 1940, quando o nazifascismo ganhou tração ao redor do mundo. Segundo a revista, os EUA enfrentam uma nova crise nacional como aquela, com a "ameaça" residindo na "costa da Flórida", em referência a Trump. "Como presidente, ele amplificou algumas das correntes mais feias em nossa cultura política: nativismo, racismo, misoginia, indiferença aos desfavorecidos, isolacionismo amoral. Seu narcisismo e crueldade casual, seu desprezo pela verdade, contaminaram a vida pública", diz o texto. Entenda: Trump mostra sinais de força e lidera nos três estados-pêndulos do Cinturão do Sol, aponta pesquisa A New Yorker relembrou que a ascensão de Kamala surgiu após o fracasso do presidente Joe Biden no debate contra Trump, em junho, cujo desemprego provocou uma enorme pressão pela sua desistência, inclusive entre importantes lideranças nas fileiras democratas. De acordo com a publicação, a vice é capaz de desenvolver políticas públicas que funcionaram na atual gestão, ao mesmo tempo em que coloca sob a mesa "muito mais sanidade e humanidade" do que Trump. "Harris merece enorme crédito por assumir destemidamente o papel que o destino lhe reservou. Diante de um oponente maligno, ela se comportou com equilíbrio, convicção e inteligência", escreveu o editorial.

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