Neuropsicóloga ensina como se proteger dos primeiros sinais de estresse
Um dos principais inimigos da vida longeva pode ser amenizado por meio de mudanças de hábitos simples. Veja dicas da especialista Reação natural do corpo humano frente a desafios ou ameaças, o estresse não é o vilão que parece. Muito pelo contrário. Mecanismo evolutivo fundamental para a sobrevivência, é ele quem nos avisa da necessidade de responder com agilidade perante uma situação de risco. Quando se torna crônico, porém, seus efeitos podem ser devastadores. Tanto para a saúde física quanto para a mental. — Quando uma pessoa enfrenta uma situação estressante, o corpo entra em um estado de alerta, liberando hormônios, como o cortisol e a adrenalina, que preparam o organismo para reagir de forma rápida. Seja lutando contra o problema ou fugindo dele. No entanto, quando esse estado se prolonga ou se repete de forma constante, o organismo começa a sofrer as consequências — explica a neuropsicóloga Priscila Gasparini Fernandes. Em tempos modernos, a pressão para equilibrar múltiplas responsabilidades e alcançar padrões elevados de desempenho tem gerado um aumento significativo nos casos de estresse. — O estilo de vida acelerado, a sobrecarga de tarefas, a constante busca por resultados, tudo isso pode criar um cenário propenso ao esgotamento, com sérios prejuízos ao bem-estar e à qualidade de vida — diz a especialista. Fisicamente, o estresse crônico pode comprometer vários sistemas do corpo. O coração, por exemplo, é diretamente afetado, pois o aumento constante de cortisol e de adrenalina leva a uma elevação na pressão arterial e no ritmo cardíaco. Com o tempo, isso pode resultar em doenças cardiovasculares, como hipertensão, infarto ou até acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, debilita o sistema imunológico, tornando o corpo mais vulnerável a infecções e dificultando sua recuperação. A capacidade do organismo de combater vírus e bactérias também é reduzida, o que pode gerar resfriados constantes, gripe e até doenças mais graves. Outro efeito comum é a alteração nos padrões de sono. A insônia, a dificuldade para adormecer ou o sono fragmentado são sintomas frequentemente observados em pessoas que enfrentam altos níveis de tensão. — Quando o sono é interrompido, o corpo não tem a chance de se recuperar adequadamente, o que pode gerar um cansaço crônico, prejudicando a concentração, o desempenho no trabalho e até mesmo a disposição para atividades diárias. Mas seu impacto não se limita à esfera física. Quando prolongado, o estresse contribui para o desenvolvimento de transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão, causa dificuldade de concentração e danos à memória, já que o excesso de cortisol pode interferir nas funções cognitivas do cérebro. Priscila Gasparini Fernandes, neuropsicóloga Divulgação Quando uma pessoa enfrenta uma situação estressante, o corpo entra em um estado de alerta, liberando hormônios, como o cortisol e a adrenalina, que preparam o organismo para reagir de forma rápida. Seja lutando contra o problema ou fugindo dele” Grito de alerta Reconhecer os sinais de estresse é fundamental para evitar que ele se transforme em algo mais sério. — A irritabilidade, a tristeza, a falta de motivação e a sensação de estar sobrecarregado são sinais claros de que a pessoa precisa adotar estratégias para reduzir a tensão. A procrastinação e as dificuldades de concentração também devem ser notadas — avalia Priscila. Para enfrentar esse mal da vida moderna, a primeira grande dica é aprender a estabelecer limites e a priorizar o que realmente importa. — Organizar a rotina, aprender a dizer "não", delegar tarefas e aceitar que nem tudo precisa ser feito de forma perfeita pode aliviar a carga emocional — diz a neuropsicóloga. Atividades que promovem o relaxamento, como ioga, alongamento e meditação, podem ajudar a liberar a tensão acumulada Getty Images O autocuidado também é parte essencial no processo de recuperação. — Atividades que promovem o relaxamento, como a prática de exercícios físicos, ioga ou meditação, ajudam a liberar a tensão acumulada e restabelecer o equilíbrio emocional. O simples ato de parar e respirar profundamente pode ativar o sistema nervoso parassimpático, responsável pela recuperação do corpo — ensina. Manter uma alimentação saudável, dormir adequadamente e ter outros cuidados que promovam uma rotina equilibrada também têm grande impacto na forma como o corpo e a mente lidam com o estresse. — Reconhecer o estresse, cuidar de si mesmo e buscar ajuda quando necessário são passos essenciais para preservar o bem-estar e viver de forma mais saudável — garante Priscila.
Um dos principais inimigos da vida longeva pode ser amenizado por meio de mudanças de hábitos simples. Veja dicas da especialista Reação natural do corpo humano frente a desafios ou ameaças, o estresse não é o vilão que parece. Muito pelo contrário. Mecanismo evolutivo fundamental para a sobrevivência, é ele quem nos avisa da necessidade de responder com agilidade perante uma situação de risco. Quando se torna crônico, porém, seus efeitos podem ser devastadores. Tanto para a saúde física quanto para a mental. — Quando uma pessoa enfrenta uma situação estressante, o corpo entra em um estado de alerta, liberando hormônios, como o cortisol e a adrenalina, que preparam o organismo para reagir de forma rápida. Seja lutando contra o problema ou fugindo dele. No entanto, quando esse estado se prolonga ou se repete de forma constante, o organismo começa a sofrer as consequências — explica a neuropsicóloga Priscila Gasparini Fernandes. Em tempos modernos, a pressão para equilibrar múltiplas responsabilidades e alcançar padrões elevados de desempenho tem gerado um aumento significativo nos casos de estresse. — O estilo de vida acelerado, a sobrecarga de tarefas, a constante busca por resultados, tudo isso pode criar um cenário propenso ao esgotamento, com sérios prejuízos ao bem-estar e à qualidade de vida — diz a especialista. Fisicamente, o estresse crônico pode comprometer vários sistemas do corpo. O coração, por exemplo, é diretamente afetado, pois o aumento constante de cortisol e de adrenalina leva a uma elevação na pressão arterial e no ritmo cardíaco. Com o tempo, isso pode resultar em doenças cardiovasculares, como hipertensão, infarto ou até acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, debilita o sistema imunológico, tornando o corpo mais vulnerável a infecções e dificultando sua recuperação. A capacidade do organismo de combater vírus e bactérias também é reduzida, o que pode gerar resfriados constantes, gripe e até doenças mais graves. Outro efeito comum é a alteração nos padrões de sono. A insônia, a dificuldade para adormecer ou o sono fragmentado são sintomas frequentemente observados em pessoas que enfrentam altos níveis de tensão. — Quando o sono é interrompido, o corpo não tem a chance de se recuperar adequadamente, o que pode gerar um cansaço crônico, prejudicando a concentração, o desempenho no trabalho e até mesmo a disposição para atividades diárias. Mas seu impacto não se limita à esfera física. Quando prolongado, o estresse contribui para o desenvolvimento de transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão, causa dificuldade de concentração e danos à memória, já que o excesso de cortisol pode interferir nas funções cognitivas do cérebro. Priscila Gasparini Fernandes, neuropsicóloga Divulgação Quando uma pessoa enfrenta uma situação estressante, o corpo entra em um estado de alerta, liberando hormônios, como o cortisol e a adrenalina, que preparam o organismo para reagir de forma rápida. Seja lutando contra o problema ou fugindo dele” Grito de alerta Reconhecer os sinais de estresse é fundamental para evitar que ele se transforme em algo mais sério. — A irritabilidade, a tristeza, a falta de motivação e a sensação de estar sobrecarregado são sinais claros de que a pessoa precisa adotar estratégias para reduzir a tensão. A procrastinação e as dificuldades de concentração também devem ser notadas — avalia Priscila. Para enfrentar esse mal da vida moderna, a primeira grande dica é aprender a estabelecer limites e a priorizar o que realmente importa. — Organizar a rotina, aprender a dizer "não", delegar tarefas e aceitar que nem tudo precisa ser feito de forma perfeita pode aliviar a carga emocional — diz a neuropsicóloga. Atividades que promovem o relaxamento, como ioga, alongamento e meditação, podem ajudar a liberar a tensão acumulada Getty Images O autocuidado também é parte essencial no processo de recuperação. — Atividades que promovem o relaxamento, como a prática de exercícios físicos, ioga ou meditação, ajudam a liberar a tensão acumulada e restabelecer o equilíbrio emocional. O simples ato de parar e respirar profundamente pode ativar o sistema nervoso parassimpático, responsável pela recuperação do corpo — ensina. Manter uma alimentação saudável, dormir adequadamente e ter outros cuidados que promovam uma rotina equilibrada também têm grande impacto na forma como o corpo e a mente lidam com o estresse. — Reconhecer o estresse, cuidar de si mesmo e buscar ajuda quando necessário são passos essenciais para preservar o bem-estar e viver de forma mais saudável — garante Priscila.
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