Netanyahu afirma que ataque de outubro contra o Irã danificou parte do seu programa nuclear

Primeiro-ministro de Israel observa porém que programa iraniano não foi desbaratado; bombardeio foi resposta à salva de mísseis iraniano no dia 1º de outubro O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira que um bombardeio israelense lançado em outubro contra o Irã danificou parte do programa nuclear da República Islâmica. O ataque foi uma resposta ao lançamento de cerca de 200 mísseis iranianos contra o território israelense no dia 1º de outubro e foi altamente calibrado para evitar uma guerra total. O premier também disse que um eventual acordo de cessar-fogo alcançado no Líbano não significaria o fim da operação militar contra o movimento xiita libanês Hezbollah. ONU: Ao menos 100 caminhões de ajuda em comboio para Gaza foram saqueados no fim de semana G20 no Brasil: 'Não haverá paz nas cidades se não houver paz no mundo', diz Lula ao mencionar destruição de Faixa de Gaza por Israel — Não é um segredo, foi reportado que um componente do programa nuclear foi danificado em um ataque, mas o próprio programa e sua capacidade de operar não foi desbaratado — declarou Netanyahu perante o Parlamento de Israel. O premier mencionou também um possível cessar-fogo no Líbano, onde está em conflito com o Hezbollah. O premier destacou que, mesmo que o acordo venha a ser alcançado, Israel continuará operando militarmente contra o grupo. Na sexta-feira, fontes afirmaram à CNN que o Hezbollah estava considerando uma proposta de trégua desenhada pelos EUA e Israel. Não estão claros os detalhes sobre o rascunho entregue pelo embaixador dos EUA ao presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, que foi apoiado pelo Hezbollah para fazer a negociação. De acordo com a BBC, citando a mídia libanesa, o texto foi recebido "positivamente". 'Nakba': HRW acusa Israel de crime contra a Humanidade por deslocamento forçado de mais de 90% da população de Gaza — O mais importante não é (o acordo que) será colocado no papel... Seremos forçados a garantir nossa segurança no norte (de Israel) e a realizar sistematicamente operações contra os ataques do Hezbollah... mesmo após um cessar-fogo [para impedir que o grupo reconstrua suas forças] — afirmou. Nesta segunda, os bombeiros israelenses disseram que um ataque com foguete a um prédio na cidade de Shfaram, no norte de Israel, matou uma mulher e feriu outras dez pessoas. A vítima foi identificada como Saffa Awad, de 41 anos. Israel afirma que seu objetivo é permitir o retorno de 60 mil habitantes do norte do país, deslocados pela troca de agressões diárias na fronteira entre os seus militares e os combatentes há mais de um ano. O Estado judeu intensificou em setembro sua ofensiva aérea e, mais tarde, enviou tropas terrestres. Israel vs. Irã A ideia de mirar nas instalações nucleares como resposta ao ataque iraniano foi ventilada, mas rapidamente rejeitada pelas autoridades israelenses como uma forma de tranquilizar a Casa Branca e o mercado. Israel teria inclusive dado garantias aos EUA que não atacaria as instalações nucleares, segundo fontes do governo americano. O mesmo ocorreu com um possível ataque às refinarias petrolíferas do Irã. Poucos dias após a agressão, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que estava "discutindo" com as autoridades israelenses a possibilidade. A declaração causou um alvoroço e provocou um aumento do preço do petróleo, levando o presidente a recuar e pedir uma resposta proporcional. 29 ONGs: Exército de Israel facilita saques à ajuda humanitária aos palestinos de Gaza No dia do ataque, os militares afirmaram apenas que aeronaves israelenses alvejaram instalações de fabricação de mísseis, conjuntos de mísseis terra-ar e outros locais militares. A agência Fars disse que "bases militares no oeste e sudoeste de Teerã foram" atingidas, sem detalhar a escala da destruição. Os EUA, principal aliado de Israel, negaram participação no ataque. Em outubro, o Irã lançou uma salva de mísseis em resposta às mortes do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no Líbano, e do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh. A tréplica israelense marcou a primeira vez desde a Guerra Irã-Iraque, entre 1980 e 1988, que uma força aérea estrangeira bombardeou o território iraniano. Mas não foi a primeira agressão direta entre os países. Apagão em Gaza: Palestinos vivem no escuro há mais de um ano após Israel cortar rede elétrica Em abril, as forças israelenses atacaram um complexo diplomático iraniano na Síria, matando líderes militares iranianos. A resposta de Teerã veio dias depois, quando uma série de mísseis, foguetes e drones foram disparados a partir do território iraniano contra Israel, no primeiro ataque direito entre os países. À época, o regime dos aiatolás disse que o ataque "encerrava o assunto" com o Estado judeu. Porém, meses depois, Teerã foi alvo de um ataque — que atribui a Israel — que matou o líder político do Hamas. Ataque em Beirute Em meio às declarações de Netanyahu, os ataques israelenses contra o Líbano continuaram. O Ministério

Nov 18, 2024 - 19:21
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Netanyahu afirma que ataque de outubro contra o Irã danificou parte do seu programa nuclear

Primeiro-ministro de Israel observa porém que programa iraniano não foi desbaratado; bombardeio foi resposta à salva de mísseis iraniano no dia 1º de outubro O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira que um bombardeio israelense lançado em outubro contra o Irã danificou parte do programa nuclear da República Islâmica. O ataque foi uma resposta ao lançamento de cerca de 200 mísseis iranianos contra o território israelense no dia 1º de outubro e foi altamente calibrado para evitar uma guerra total. O premier também disse que um eventual acordo de cessar-fogo alcançado no Líbano não significaria o fim da operação militar contra o movimento xiita libanês Hezbollah. ONU: Ao menos 100 caminhões de ajuda em comboio para Gaza foram saqueados no fim de semana G20 no Brasil: 'Não haverá paz nas cidades se não houver paz no mundo', diz Lula ao mencionar destruição de Faixa de Gaza por Israel — Não é um segredo, foi reportado que um componente do programa nuclear foi danificado em um ataque, mas o próprio programa e sua capacidade de operar não foi desbaratado — declarou Netanyahu perante o Parlamento de Israel. O premier mencionou também um possível cessar-fogo no Líbano, onde está em conflito com o Hezbollah. O premier destacou que, mesmo que o acordo venha a ser alcançado, Israel continuará operando militarmente contra o grupo. Na sexta-feira, fontes afirmaram à CNN que o Hezbollah estava considerando uma proposta de trégua desenhada pelos EUA e Israel. Não estão claros os detalhes sobre o rascunho entregue pelo embaixador dos EUA ao presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, que foi apoiado pelo Hezbollah para fazer a negociação. De acordo com a BBC, citando a mídia libanesa, o texto foi recebido "positivamente". 'Nakba': HRW acusa Israel de crime contra a Humanidade por deslocamento forçado de mais de 90% da população de Gaza — O mais importante não é (o acordo que) será colocado no papel... Seremos forçados a garantir nossa segurança no norte (de Israel) e a realizar sistematicamente operações contra os ataques do Hezbollah... mesmo após um cessar-fogo [para impedir que o grupo reconstrua suas forças] — afirmou. Nesta segunda, os bombeiros israelenses disseram que um ataque com foguete a um prédio na cidade de Shfaram, no norte de Israel, matou uma mulher e feriu outras dez pessoas. A vítima foi identificada como Saffa Awad, de 41 anos. Israel afirma que seu objetivo é permitir o retorno de 60 mil habitantes do norte do país, deslocados pela troca de agressões diárias na fronteira entre os seus militares e os combatentes há mais de um ano. O Estado judeu intensificou em setembro sua ofensiva aérea e, mais tarde, enviou tropas terrestres. Israel vs. Irã A ideia de mirar nas instalações nucleares como resposta ao ataque iraniano foi ventilada, mas rapidamente rejeitada pelas autoridades israelenses como uma forma de tranquilizar a Casa Branca e o mercado. Israel teria inclusive dado garantias aos EUA que não atacaria as instalações nucleares, segundo fontes do governo americano. O mesmo ocorreu com um possível ataque às refinarias petrolíferas do Irã. Poucos dias após a agressão, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que estava "discutindo" com as autoridades israelenses a possibilidade. A declaração causou um alvoroço e provocou um aumento do preço do petróleo, levando o presidente a recuar e pedir uma resposta proporcional. 29 ONGs: Exército de Israel facilita saques à ajuda humanitária aos palestinos de Gaza No dia do ataque, os militares afirmaram apenas que aeronaves israelenses alvejaram instalações de fabricação de mísseis, conjuntos de mísseis terra-ar e outros locais militares. A agência Fars disse que "bases militares no oeste e sudoeste de Teerã foram" atingidas, sem detalhar a escala da destruição. Os EUA, principal aliado de Israel, negaram participação no ataque. Em outubro, o Irã lançou uma salva de mísseis em resposta às mortes do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no Líbano, e do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh. A tréplica israelense marcou a primeira vez desde a Guerra Irã-Iraque, entre 1980 e 1988, que uma força aérea estrangeira bombardeou o território iraniano. Mas não foi a primeira agressão direta entre os países. Apagão em Gaza: Palestinos vivem no escuro há mais de um ano após Israel cortar rede elétrica Em abril, as forças israelenses atacaram um complexo diplomático iraniano na Síria, matando líderes militares iranianos. A resposta de Teerã veio dias depois, quando uma série de mísseis, foguetes e drones foram disparados a partir do território iraniano contra Israel, no primeiro ataque direito entre os países. À época, o regime dos aiatolás disse que o ataque "encerrava o assunto" com o Estado judeu. Porém, meses depois, Teerã foi alvo de um ataque — que atribui a Israel — que matou o líder político do Hamas. Ataque em Beirute Em meio às declarações de Netanyahu, os ataques israelenses contra o Líbano continuaram. O Ministério da Saúde libanês afirmou nesta segunda-feira que um bairro densamente povoado de Beirute foi alvo de bombardeios israelenses, que deixaram cinco mortos e 24 feridos. Foi o terceiro em dois dias nos distritos centrais da cidade. A Agência Nacional de Notícias (NNA) oficial disse que um apartamento próximo a um local de culto muçulmano xiita havia sido alvo. O ataque aéreo não foi precedido por um aviso dos militares israelenses para evacuação. Um correspondente da AFP na área ouviu duas explosões e disse que o ataque danificou seriamente o andar térreo de um prédio. Disse ainda que ocorreu próximo a um prédio que abriga muitos libaneses desabrigados. Repórteres em outras partes da cidade ouviram sirenes de ambulância. Chefe da diplomacia da UE: Situação no norte de Gaza é cada vez mais descrita como 'limpeza étnica' O local foi isolado pelas forças de segurança enquanto os moradores corriam para ajudar nos esforços de resgate, acrescentou o correspondente da AFP. A várias centenas de metros de distância estava o local de um ataque semelhante no domingo, no bairro de Mar Elias, que, segundo o Ministério da Saúde, matou três pessoas, incluindo uma mulher. Israel não comentou sobre os ataques no centro de Beirute, mas confirmou que um ataque aéreo na área matou o porta-voz do Hezbollah, Mohammed Afif. Esse ataque, também no domingo, atingiu o escritório libanês do partido sírio Baath, matando Afif e quatro outros membros de sua equipe de mídia, disse o Hezbollah. O Ministério da Saúde disse que sete pessoas foram mortas no ataque. As autoridades libanesas dizem que mais de 3.510 pessoas foram mortas desde que os confrontos entre Hezbollah e Israel começaram em outubro do ano passado, com a maioria das baixas registradas desde setembro.

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