Mulher é baleada no Méier; família afirma que disparos partiram de lugar onde estava equipe da Polícia Militar
Carro onde estava a vítima ficou com as marcas dos tiros na lataria; Sara Regina Coelho estava com o marido a caminho do hospital para visitar a filha de 5 anos Uma mulher foi baleada no final da tarde dessa quinta-feira na Rua Silva Rabelo, no Méier, na Zona Norte do Rio. Segundo a família, Sara Regina Cardoso Coelho, de 28 anos, retornava do Hospital Pediátrico da Lagoa, na Zona Sul, onde a filha de 5 anos está internada, quando o carro em que estava com o marido foi alvejado. A suspeita, segundo parentes, é de que tiros tenham sido disparados de lugar onde estava uma equipe da Polícia Militar. Caso Marielle: Élcio de Queiroz pede à Justiça para cumprir pena pelo duplo homicídio em presídio no Rio Sofrimento da população: filas para internação em unidades de saúde do Rio viram embate público entre prefeitura e governo do estado Sara Regina Coelho Reprodução / TV Globo A mãe de Sara, Renata Cardoso, afirmou que foi surpreendida com a ligação do genro na quinta. Uedson Mendonça Carvalho estava chorando ao explicar que a esposa havia sido baleada. No fundo da chamada, Renata conseguia ouvir a conversa do rapaz com os PMs: — Eu ouvia o Uedson perguntar "Por que vocês atiraram na minha esposa?". Eu fui correndo para o local, já cheguei em cima dos policiais e questionei por que eles tinham atirado na Sara. Os agentes me acalmaram, falaram que tinha sido uma fatalidade e que eles também quase tinham sido baleados, porque criminosos estavam atirando. Meu genro falou que não viu bandidos, não temos como afirmar quem atirou, mas eu acredito que tenha sido um erro dos policiais. Sara foi socorrida e levada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, onde se encontra estável. Ela passou por cirurgia e chegou a perder parte do intestino, perfurado por estilhaços. A família aguarda a transferência dela para uma rede particular. Ao Bom Dia Rio, da TV Globo, Uedson reafirmou que não viu criminosos na rua no momento dos disparos e que espera que câmeras de segurança revelem o que aconteceu: — Em momento nenhum eu vi bandidos ali. Os tiros no carro estão centralizados em um lado só. Eu sinceramente não sei até agora o que aconteceu, os tiros vieram justamente da direção onde estavam os policiais. Não posso afirmar que foram eles que atiraram, mas sim que os disparos saíram da direção deles. Nota da PM Em nota, a PM afirmou que policiais militares do 3º BPM (Méier) realizaram uma abordagem a um veículo Sedan branco na Rua Silva Rabelo, os ocupantes reagiram, e houve confronto. "No local, a passageira de um veículo próximo foi atingida e socorrida ao Hospital Salgado Filho. O fuzil utilizado pelo policial foi acautelado pela Polícia Civil. Os policiais envolvidos nesta ocorrência serão ouvidos e um procedimento apuratório será instaurado para analisar as circunstâncias da ação", diz a nota. Motorista de aplicativo baleado Há 11 dias, o motorista de aplicativo Bruno Patrocino Bastos, de 46 anos, foi baleado por policiais militares em Inhaúma, Zona Norte do Rio. Ele estava a caminho de um posto de gasolina, onde iria abastecer o carro, próximo à 44ª DP (Inhaúma) quando foi alvejado por mais de dez tiros. Bruno foi atingido de raspão na axila e na barriga. Ele foi surpreendido por duas viaturas do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais, na Rua Engenho da Rainha. Para a esposa da vítima, os PMs disseram ter confundido o carro de Bruno com o de criminosos. Na ocasião, a Secretaria de Polícia Militar disse que "a corporação instaurou um procedimento apuratório através de sua Corregedoria Geral para averiguar as circunstâncias de uma ação onde um homem foi atingido por disparos de arma de fogo, na Av. Pastor Martin Luther King, altura de Inhaúma, durante uma ocorrência do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE)".
Carro onde estava a vítima ficou com as marcas dos tiros na lataria; Sara Regina Coelho estava com o marido a caminho do hospital para visitar a filha de 5 anos Uma mulher foi baleada no final da tarde dessa quinta-feira na Rua Silva Rabelo, no Méier, na Zona Norte do Rio. Segundo a família, Sara Regina Cardoso Coelho, de 28 anos, retornava do Hospital Pediátrico da Lagoa, na Zona Sul, onde a filha de 5 anos está internada, quando o carro em que estava com o marido foi alvejado. A suspeita, segundo parentes, é de que tiros tenham sido disparados de lugar onde estava uma equipe da Polícia Militar. Caso Marielle: Élcio de Queiroz pede à Justiça para cumprir pena pelo duplo homicídio em presídio no Rio Sofrimento da população: filas para internação em unidades de saúde do Rio viram embate público entre prefeitura e governo do estado Sara Regina Coelho Reprodução / TV Globo A mãe de Sara, Renata Cardoso, afirmou que foi surpreendida com a ligação do genro na quinta. Uedson Mendonça Carvalho estava chorando ao explicar que a esposa havia sido baleada. No fundo da chamada, Renata conseguia ouvir a conversa do rapaz com os PMs: — Eu ouvia o Uedson perguntar "Por que vocês atiraram na minha esposa?". Eu fui correndo para o local, já cheguei em cima dos policiais e questionei por que eles tinham atirado na Sara. Os agentes me acalmaram, falaram que tinha sido uma fatalidade e que eles também quase tinham sido baleados, porque criminosos estavam atirando. Meu genro falou que não viu bandidos, não temos como afirmar quem atirou, mas eu acredito que tenha sido um erro dos policiais. Sara foi socorrida e levada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, onde se encontra estável. Ela passou por cirurgia e chegou a perder parte do intestino, perfurado por estilhaços. A família aguarda a transferência dela para uma rede particular. Ao Bom Dia Rio, da TV Globo, Uedson reafirmou que não viu criminosos na rua no momento dos disparos e que espera que câmeras de segurança revelem o que aconteceu: — Em momento nenhum eu vi bandidos ali. Os tiros no carro estão centralizados em um lado só. Eu sinceramente não sei até agora o que aconteceu, os tiros vieram justamente da direção onde estavam os policiais. Não posso afirmar que foram eles que atiraram, mas sim que os disparos saíram da direção deles. Nota da PM Em nota, a PM afirmou que policiais militares do 3º BPM (Méier) realizaram uma abordagem a um veículo Sedan branco na Rua Silva Rabelo, os ocupantes reagiram, e houve confronto. "No local, a passageira de um veículo próximo foi atingida e socorrida ao Hospital Salgado Filho. O fuzil utilizado pelo policial foi acautelado pela Polícia Civil. Os policiais envolvidos nesta ocorrência serão ouvidos e um procedimento apuratório será instaurado para analisar as circunstâncias da ação", diz a nota. Motorista de aplicativo baleado Há 11 dias, o motorista de aplicativo Bruno Patrocino Bastos, de 46 anos, foi baleado por policiais militares em Inhaúma, Zona Norte do Rio. Ele estava a caminho de um posto de gasolina, onde iria abastecer o carro, próximo à 44ª DP (Inhaúma) quando foi alvejado por mais de dez tiros. Bruno foi atingido de raspão na axila e na barriga. Ele foi surpreendido por duas viaturas do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais, na Rua Engenho da Rainha. Para a esposa da vítima, os PMs disseram ter confundido o carro de Bruno com o de criminosos. Na ocasião, a Secretaria de Polícia Militar disse que "a corporação instaurou um procedimento apuratório através de sua Corregedoria Geral para averiguar as circunstâncias de uma ação onde um homem foi atingido por disparos de arma de fogo, na Av. Pastor Martin Luther King, altura de Inhaúma, durante uma ocorrência do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE)".
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