Mostra no Museu Britânico destaca produção pouco conhecida de Picasso: a gravura
Em cartaz até 30 de março de 2025, mostra reúne trabalhos do espanhol realizados em diferentes técnicas, como a água-forte, a ponta seca, a litografia, o linóleo e a água-tinta Num formato menos conhecido de sua produção, Pablo Picasso (1881-1973) criou cerca de 2.400 gravuras, como uma espécie de diário pessoal. É o que o Museu Britânico, em Londres, apresenta ao público desde quinta-feira (31), na exposição "Picasso: printmaker" ("Picasso: gravador"), que fica em cartaz até 30 de março de 2025, reunindo quase uma centena de gravuras. — As pessoas estão mais familiarizadas com suas pinturas, então queríamos mostrar que a gravura é uma área criativa realmente importante de seu trabalho e que ele se destacou nesse campo — disse à AFP a curadora da exposição Catherine Daunt, curadora de gravuras modernas e contemporâneas do Museu Britânico. A exposição reúne obras produzidas entre 1904, após a chegada de Picasso em Paris, até 1971. A mostra acompanha a evolução do espanhol ao longo de sua carreira, mergulhando em quase todas as variantes da gravura, como a água-forte, a ponta seca, a litografia, o linóleo e a água-tinta, como um exemplo de seu processo contínuo de mudança artística. — Analisamos toda a sua carreira e diferentes períodos de sua gravura. Começamos analisando seus primeiros trabalhos em Paris, quando ele se interessava pelas pessoas ao seu redor, retratando cenas de pobreza, acrobatas e artistas de rua. Depois, ele se interessou pela arte clássica, como na Suíte Vollard, série de 100 gravuras que ele fez entre 1930 e 1937 — explica Daunt. — Em seguida, vemos seu interesse em litografia e impressão em linóleo e, finalmente, as gravuras que ele fez quando estava no fim da vida, refletindo sobre seu legado. A mostra inclui 28 gravuras, de uma série de 347, doadas ao Museu Britânico por Hamish Parker, todas feitas por Picasso aos seus 86 anos. — Suas gravuras são como um diário pessoal, já que sempre incluiu elementos de sua própria vida. Vemos as pessoas que significaram muito para ele, suas esposas e amantes. Um reflexo de suas emoções, vivências, os artistas que o inspiraram. Foi um gravador muito criativo — enaltece Duant. Nesta seleção, são encontradas referências ao escritor francês Honoré de Balzac, aos pintores Rembrandt e El Greco, assim como à sua própria família, como pais, cônjuges ou amantes. A série reflete a vasta inspiração de Picasso, desde os grandes mestres até o mundo das touradas e do flamenco, além da mitologia greco-romana e da paisagem mediterrânea.Também há referências à vida diária ou a personagens históricos, como o presidente francês Charles De Gaulle, em uma gravura relacionada às revoltas de maio de 1968. — Na gravura, Picasso pôde contar histórias e explorar realmente um tema. Ele geralmente fazia gravuras em série, e isso lhe permitia explorar uma ideia profundamente, algo que ele não conseguia fazer tão rapidamente na pintura — resume Daunt.
Em cartaz até 30 de março de 2025, mostra reúne trabalhos do espanhol realizados em diferentes técnicas, como a água-forte, a ponta seca, a litografia, o linóleo e a água-tinta Num formato menos conhecido de sua produção, Pablo Picasso (1881-1973) criou cerca de 2.400 gravuras, como uma espécie de diário pessoal. É o que o Museu Britânico, em Londres, apresenta ao público desde quinta-feira (31), na exposição "Picasso: printmaker" ("Picasso: gravador"), que fica em cartaz até 30 de março de 2025, reunindo quase uma centena de gravuras. — As pessoas estão mais familiarizadas com suas pinturas, então queríamos mostrar que a gravura é uma área criativa realmente importante de seu trabalho e que ele se destacou nesse campo — disse à AFP a curadora da exposição Catherine Daunt, curadora de gravuras modernas e contemporâneas do Museu Britânico. A exposição reúne obras produzidas entre 1904, após a chegada de Picasso em Paris, até 1971. A mostra acompanha a evolução do espanhol ao longo de sua carreira, mergulhando em quase todas as variantes da gravura, como a água-forte, a ponta seca, a litografia, o linóleo e a água-tinta, como um exemplo de seu processo contínuo de mudança artística. — Analisamos toda a sua carreira e diferentes períodos de sua gravura. Começamos analisando seus primeiros trabalhos em Paris, quando ele se interessava pelas pessoas ao seu redor, retratando cenas de pobreza, acrobatas e artistas de rua. Depois, ele se interessou pela arte clássica, como na Suíte Vollard, série de 100 gravuras que ele fez entre 1930 e 1937 — explica Daunt. — Em seguida, vemos seu interesse em litografia e impressão em linóleo e, finalmente, as gravuras que ele fez quando estava no fim da vida, refletindo sobre seu legado. A mostra inclui 28 gravuras, de uma série de 347, doadas ao Museu Britânico por Hamish Parker, todas feitas por Picasso aos seus 86 anos. — Suas gravuras são como um diário pessoal, já que sempre incluiu elementos de sua própria vida. Vemos as pessoas que significaram muito para ele, suas esposas e amantes. Um reflexo de suas emoções, vivências, os artistas que o inspiraram. Foi um gravador muito criativo — enaltece Duant. Nesta seleção, são encontradas referências ao escritor francês Honoré de Balzac, aos pintores Rembrandt e El Greco, assim como à sua própria família, como pais, cônjuges ou amantes. A série reflete a vasta inspiração de Picasso, desde os grandes mestres até o mundo das touradas e do flamenco, além da mitologia greco-romana e da paisagem mediterrânea.Também há referências à vida diária ou a personagens históricos, como o presidente francês Charles De Gaulle, em uma gravura relacionada às revoltas de maio de 1968. — Na gravura, Picasso pôde contar histórias e explorar realmente um tema. Ele geralmente fazia gravuras em série, e isso lhe permitia explorar uma ideia profundamente, algo que ele não conseguia fazer tão rapidamente na pintura — resume Daunt.
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