Moscou é alvo enquanto Ucrânia e Rússia trocam os maiores ataques com drones em mais de dois anos de guerra
Embora Kiev seja alvo regular de ataques massivos de drones e mísseis russos, os direcionados à capital russa são muito menos frequentes Rússia e Ucrânia lançaram na madrugada deste domingo os maiores ataques de drones em mais de dois anos e meio de conflito, denunciaram os dois países. A Rússia abateu 70 drones ucranianos, sendo 34 dirigidos à região de Moscou, informou o Ministério da Defesa. Do lado da Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky reportou um novo ataque "recorde" de 145 drones russos ao seu território, 62 dos quais foram abatidos pela Força Aérea ucraniana em 13 regiões do país. Leia mais: eleição de Trump lança incertezas sobre rumo da guerra na Ucrânia, e Zelensky diz que concessões à Rússia seriam 'suicídio' Luto: Rússia entrega à Ucrânia corpos de 563 soldados mortos na guerra O ataque ao lado russo, que forçou o fechamento temporário de três aeroportos de Moscou, feriu uma mulher de 52 anos e provocou o incêndio de duas casas na cidade de Ramenskoye, região de Moscou, segundo as autoridades. Ela foi hospitalizada com "queimaduras no rosto, pescoço e mãos", disse o governador da região da capital, Andrei Vorobyov, que classificou o ataque como "massivo". Por sua vez, até o momento, as autoridades de Kiev não relataram vítimas ou danos nem reivindicaram a responsabilidade pelos ataques contra Moscou. Veja também: secretário-geral da Otan quer conversa com Trump sobre aliança entre Rússia e Coreia do Norte Initial plugin text Há quatro dias, Moscou lançou um ataque maciço de drones contra a capital ucraniana, que tem sido alvo de ataques quase diários no último mês. Já ataques a Moscou são muito menos frequentes. Os drones visavam principalmente os distritos de Ramenskoye e Domodedovo, ao sul de Moscou, disseram as autoridades. A Ucrânia afirma que seus ataques, que geralmente têm como alvo instalações energéticas, são uma resposta aos intensos bombardeios russos em seu território desde o início da ofensiva lançada pelo presidente russo Vladimir Putin em fevereiro de 2022. Enquanto a guerra continua, o Kremlin declarou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deu "sinais positivos" sobre a resolução do conflito entre Rússia e Ucrânia. — Os sinais são positivos. Trump, durante sua campanha eleitoral, disse que vê tudo isso [o conflito na Ucrânia] por meio de acordos. E que ele pode chegar a um acordo que levará à paz — disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, em entrevista à imprensa estatal. Trump só assumirá o cargo em janeiro e, até o momento, o conflito não mostra sinais de abrandamento. Acordo de defesa Rússia-Coreia do Norte No terreno, a Rússia afirmou, neste domingo, ter conquistado a localidade de Vovtchenka, na região de Donetsk, leste da Ucrânia. O vilarejo está localizado a cerca de cinco quilômetros de Kurakhov, uma cidade industrial que tinha cerca de 18 mil habitantes antes do conflito e abriga um grande depósito de lítio. Putin assinou um acordo de defesa mútua com a Coreia do Norte, cujos soldados estão, de acordo com Kiev e Washington, prestes a se juntar aos russos que combatem as forças ucranianas. Concluído durante uma visita de Putin a Pyongyang em junho, o acordo entre dois dos principais inimigos dos Estados Unidos prevê, entre outras coisas, uma "assistência militar imediata" recíproca no caso de um ataque a qualquer um dos países. O acordo formaliza meses de crescente cooperação de segurança entre ambos, aliados comunistas durante a Guerra Fria. Citando relatórios de inteligência, a Coreia do Sul, a Ucrânia e o Ocidente afirmam que a Coreia do Norte enviou cerca de 10 mil soldados para a Rússia para lutar na Ucrânia. Questionado publicamente sobre este envio em outubro, Putin não negou o fato, desviando a pergunta para criticar o apoio ocidental à Ucrânia.
Embora Kiev seja alvo regular de ataques massivos de drones e mísseis russos, os direcionados à capital russa são muito menos frequentes Rússia e Ucrânia lançaram na madrugada deste domingo os maiores ataques de drones em mais de dois anos e meio de conflito, denunciaram os dois países. A Rússia abateu 70 drones ucranianos, sendo 34 dirigidos à região de Moscou, informou o Ministério da Defesa. Do lado da Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky reportou um novo ataque "recorde" de 145 drones russos ao seu território, 62 dos quais foram abatidos pela Força Aérea ucraniana em 13 regiões do país. Leia mais: eleição de Trump lança incertezas sobre rumo da guerra na Ucrânia, e Zelensky diz que concessões à Rússia seriam 'suicídio' Luto: Rússia entrega à Ucrânia corpos de 563 soldados mortos na guerra O ataque ao lado russo, que forçou o fechamento temporário de três aeroportos de Moscou, feriu uma mulher de 52 anos e provocou o incêndio de duas casas na cidade de Ramenskoye, região de Moscou, segundo as autoridades. Ela foi hospitalizada com "queimaduras no rosto, pescoço e mãos", disse o governador da região da capital, Andrei Vorobyov, que classificou o ataque como "massivo". Por sua vez, até o momento, as autoridades de Kiev não relataram vítimas ou danos nem reivindicaram a responsabilidade pelos ataques contra Moscou. Veja também: secretário-geral da Otan quer conversa com Trump sobre aliança entre Rússia e Coreia do Norte Initial plugin text Há quatro dias, Moscou lançou um ataque maciço de drones contra a capital ucraniana, que tem sido alvo de ataques quase diários no último mês. Já ataques a Moscou são muito menos frequentes. Os drones visavam principalmente os distritos de Ramenskoye e Domodedovo, ao sul de Moscou, disseram as autoridades. A Ucrânia afirma que seus ataques, que geralmente têm como alvo instalações energéticas, são uma resposta aos intensos bombardeios russos em seu território desde o início da ofensiva lançada pelo presidente russo Vladimir Putin em fevereiro de 2022. Enquanto a guerra continua, o Kremlin declarou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deu "sinais positivos" sobre a resolução do conflito entre Rússia e Ucrânia. — Os sinais são positivos. Trump, durante sua campanha eleitoral, disse que vê tudo isso [o conflito na Ucrânia] por meio de acordos. E que ele pode chegar a um acordo que levará à paz — disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, em entrevista à imprensa estatal. Trump só assumirá o cargo em janeiro e, até o momento, o conflito não mostra sinais de abrandamento. Acordo de defesa Rússia-Coreia do Norte No terreno, a Rússia afirmou, neste domingo, ter conquistado a localidade de Vovtchenka, na região de Donetsk, leste da Ucrânia. O vilarejo está localizado a cerca de cinco quilômetros de Kurakhov, uma cidade industrial que tinha cerca de 18 mil habitantes antes do conflito e abriga um grande depósito de lítio. Putin assinou um acordo de defesa mútua com a Coreia do Norte, cujos soldados estão, de acordo com Kiev e Washington, prestes a se juntar aos russos que combatem as forças ucranianas. Concluído durante uma visita de Putin a Pyongyang em junho, o acordo entre dois dos principais inimigos dos Estados Unidos prevê, entre outras coisas, uma "assistência militar imediata" recíproca no caso de um ataque a qualquer um dos países. O acordo formaliza meses de crescente cooperação de segurança entre ambos, aliados comunistas durante a Guerra Fria. Citando relatórios de inteligência, a Coreia do Sul, a Ucrânia e o Ocidente afirmam que a Coreia do Norte enviou cerca de 10 mil soldados para a Rússia para lutar na Ucrânia. Questionado publicamente sobre este envio em outubro, Putin não negou o fato, desviando a pergunta para criticar o apoio ocidental à Ucrânia.
Qual é a sua reação?