Moraes marca audiência para Cid prestar esclarecimentos sobre delação
Mais cedo, tenente-coronel negou conhecer plano golpista que previa assassinar Lula, Alckmin e Moraes O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou uma nova audiência para ouvir Mauro Cid após depoimento prestado nesta terça-feira. Moraes aponta que "contradições existentes entre os depoimentos do colaborador e as investigações realizadas pela Polícia Federal". Arsenal, mapeamento de rotas e tentativa de golpe: cronologia mostra plano para matar Moraes, Lula e Alckmin, segundo a PF PF: Ex-ministro interino de Bolsonaro, general imprimiu no Planalto plano para matar Moraes, Lula e Alckmin O novo depoimento será prestado na quinta-feira, às 14h, na sala de audiências do STF. O objetivo, segundo despacho de Moraes, é o "esclarecimentos relacionados aos termos da colaboração (regularidade, legalidade, adequação e voluntariedade)". A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal, mais cedo, um relatório com informações sobre omissões de Mauro Cid, o que pode prejudicar o acordo de delação premiada firmado entre a corporação e o tenente-coronel. Fuzis, lança-rojão e envenenamento: ‘lista com o arsenal revela alto poderio bélico’ em plano golpista, aponta PF Agora, a Corte decidirá pela manutenção ou rescisão do acordo. Se a delação perder a validade, os benefícios concedidos a ele parem de valer. No documento que chegou ao STF, a PF diz que Mauro Cid descumpriu as cláusulas do acordo firmado em setembro de 2023. Na época, a Procuradoria-Geral da República – ainda sob a batuta de Augusto Aras – se manifestou de forma contrária à delação, seguindo um posicionamento consolidado do Ministério Público contrário às delações firmadas pela PF. Do ponto de vista da PF, segundo O GLOBO apurou, se o Moraes decidir pela rescisão, as provas e os depoimentos colhidos a partir da colaboração de Cid seguem válidos – o que significa que apenas o tenente-coronel perde os benefícios a ele concedidos quando da assinatura do acordo. Depoimento Em depoimento prestado na sede da PF nesta terça-feira, Cid, que era ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou desconhecer um plano golpista que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Cid, que assinou colaboração premiada com a PF em setembro do ano passado prestou depoimento de 3 horas na sede da corporação. O acordo foi homologado por Moraes. Uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal sob suspeita de envolvimento em um plano golpista que envolvia o assassinato de autoridades. A investigação apontou que o grupo trocava mensagens com Cid sobre os preparativos da ação, que incluiu o monitoramento da localização de Moraes. A PF recuperou dados que haviam sido apagados de aparelhos eletrônicos de Cid, como mostrou o blog de Daniela Lima, do G1. Na audiência, ele foi questionado sobre omissões de sua colaboração premiada, que está sendo reanalisada pelos investigadores. Mauro Cid admitiu ter apagado mensagens e arquivos, porém justificou que "até então, jamais imaginou estar cometendo alguma ilegalidade em apagar suas mensagens". Em nota, a defesa do coronel disse que ele "sempre esteve à disposição da Justiça, respondendo a tudo que lhe perguntado". "Se ainda há algo a ser esclarecido, ele o fará, com toda presteza", acrescenta o texto. Um acordo de colaboração prevê o compromisso do delator em falar tudo o que sabe sobre o caso sob apuração. Caso não cumpra esse pacto, ele corre o risco de ter os benefícios da delação anulados.
Mais cedo, tenente-coronel negou conhecer plano golpista que previa assassinar Lula, Alckmin e Moraes O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou uma nova audiência para ouvir Mauro Cid após depoimento prestado nesta terça-feira. Moraes aponta que "contradições existentes entre os depoimentos do colaborador e as investigações realizadas pela Polícia Federal". Arsenal, mapeamento de rotas e tentativa de golpe: cronologia mostra plano para matar Moraes, Lula e Alckmin, segundo a PF PF: Ex-ministro interino de Bolsonaro, general imprimiu no Planalto plano para matar Moraes, Lula e Alckmin O novo depoimento será prestado na quinta-feira, às 14h, na sala de audiências do STF. O objetivo, segundo despacho de Moraes, é o "esclarecimentos relacionados aos termos da colaboração (regularidade, legalidade, adequação e voluntariedade)". A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal, mais cedo, um relatório com informações sobre omissões de Mauro Cid, o que pode prejudicar o acordo de delação premiada firmado entre a corporação e o tenente-coronel. Fuzis, lança-rojão e envenenamento: ‘lista com o arsenal revela alto poderio bélico’ em plano golpista, aponta PF Agora, a Corte decidirá pela manutenção ou rescisão do acordo. Se a delação perder a validade, os benefícios concedidos a ele parem de valer. No documento que chegou ao STF, a PF diz que Mauro Cid descumpriu as cláusulas do acordo firmado em setembro de 2023. Na época, a Procuradoria-Geral da República – ainda sob a batuta de Augusto Aras – se manifestou de forma contrária à delação, seguindo um posicionamento consolidado do Ministério Público contrário às delações firmadas pela PF. Do ponto de vista da PF, segundo O GLOBO apurou, se o Moraes decidir pela rescisão, as provas e os depoimentos colhidos a partir da colaboração de Cid seguem válidos – o que significa que apenas o tenente-coronel perde os benefícios a ele concedidos quando da assinatura do acordo. Depoimento Em depoimento prestado na sede da PF nesta terça-feira, Cid, que era ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou desconhecer um plano golpista que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Cid, que assinou colaboração premiada com a PF em setembro do ano passado prestou depoimento de 3 horas na sede da corporação. O acordo foi homologado por Moraes. Uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal sob suspeita de envolvimento em um plano golpista que envolvia o assassinato de autoridades. A investigação apontou que o grupo trocava mensagens com Cid sobre os preparativos da ação, que incluiu o monitoramento da localização de Moraes. A PF recuperou dados que haviam sido apagados de aparelhos eletrônicos de Cid, como mostrou o blog de Daniela Lima, do G1. Na audiência, ele foi questionado sobre omissões de sua colaboração premiada, que está sendo reanalisada pelos investigadores. Mauro Cid admitiu ter apagado mensagens e arquivos, porém justificou que "até então, jamais imaginou estar cometendo alguma ilegalidade em apagar suas mensagens". Em nota, a defesa do coronel disse que ele "sempre esteve à disposição da Justiça, respondendo a tudo que lhe perguntado". "Se ainda há algo a ser esclarecido, ele o fará, com toda presteza", acrescenta o texto. Um acordo de colaboração prevê o compromisso do delator em falar tudo o que sabe sobre o caso sob apuração. Caso não cumpra esse pacto, ele corre o risco de ter os benefícios da delação anulados.
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