Milton, Helene, Irma, José: entenda como e por que furacões são 'batizados' com nomes de pessoas

Órgãos estipulam listas, e organização internacional intervém para evitar polêmicas Enquanto a Flórida se prepara para ser atingida por Milton, o segundo grande furacão em duas semanas, uma sensação de catástrofe iminente se espalha à medida que as pessoas corriam para proteger suas casas com tábuas ou fugir para abrigos. Com ventos de 230 km/h e a ameaça de ressacas de 4,5 metros, o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, classificou Milton como uma tempestade "extremamente perigosa". Veja: Moradores da Flórida são alertados para esperar o 'pior furacão de suas vidas', com ventos de 200 km/h e fortes inundações Entenda: Cientistas descobrem que astronautas podem recorrer aos asteroides para se alimentar em viagens espaciais Escolhidos antecipadamente, os nomes, no entanto, chamam a atenção e são definidos com base em avaliações sobre sua trajetória e de maneira a facilitar a memorização e comunicação. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o uso de um nome curto reduz o risco de erro e ajuda a reforçar o impacto das advertências, além de facilitar a preparação das populações. As propostas de nomes são feitas por organismos regionais e avaliadas pela OMM, que pode intervir para evitar controvérsias. Um exemplo disso foi em 2015, quando o nome "Isis" foi retirado da lista de futuros furacões no Pacífico-Norte devido à associação com o grupo extremista Estado Islâmico. Vista aérea mostra casas danificadas após furacão Helene atingir a Flórida CHANDAN KHANNA / AFP Nos Estados Unidos, o Centro Nacional de Furacões utiliza seis listas de nomes para o Caribe, Golfo do México e Atlântico Norte, em ordem alfabética. Letras como Q e U, que têm poucos nomes disponíveis, são puladas. Essas listas são recicladas a cada seis anos, mas se um furacão causa grandes danos e muitas vítimas, seu nome é retirado permanentemente. Por exemplo, o nome "Katrina" não será reutilizado. Em 2017, os furacões começaram com "Arlene", seguidos de "Bret", "Cindy", "Don", e "Irma" ocupou a nona posição. Após "Jose", vinham "Katia", "Lee" e "Maria". Os nomes são em inglês, espanhol e francês, refletindo os países potencialmente afetados na região. Ruas inundadas após o furacão Helene atingir a costa de Cancún, no México Elizabeth Ruiz / AFP "É muito mais fácil de memorizar do que uma cifra ou um termo técnico", explica a Organização Meteorológica Mundial (OMM). "Um nome facilita o trabalho da imprensa, reforça o impacto das advertências e ajuda na preparação das populações", segundo a OMM, órgão da ONU. As propostas de nomes são feitas por organismos regionais. A OMM, que dispõe de correspondentes em cada região, se pronuncia a respeito e intervém para evitar possíveis polêmicas. Após enfraquecer de uma categoria 5 máxima durante a noite, espera-se que Milton atinja a costa da Flórida na noite de quarta-feira e permaneça intenso enquanto atravessa o estado. Rota do furacão Helene Editoria de Arte / O Globo No sudeste dos Estados Unidos, trabalhadores de emergência continuam lutando para fornecer ajuda após Helene, que matou pelo menos 230 pessoas em vários estados. Ela atingiu a costa da Flórida em 26 de setembro como um grande furacão de categoria 4, causando inundações massivas em áreas remotas no interior de estados mais ao norte, incluindo Carolina do Norte e Tennessee. Helene foi o desastre natural mais mortal a atingir o território continental dos EUA desde o furacão Katrina, em 2005, com o número de mortos ainda aumentando. Galerias Relacionadas

Oct 9, 2024 - 03:41
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Milton, Helene, Irma, José: entenda como e por que furacões são 'batizados' com nomes de pessoas

Órgãos estipulam listas, e organização internacional intervém para evitar polêmicas Enquanto a Flórida se prepara para ser atingida por Milton, o segundo grande furacão em duas semanas, uma sensação de catástrofe iminente se espalha à medida que as pessoas corriam para proteger suas casas com tábuas ou fugir para abrigos. Com ventos de 230 km/h e a ameaça de ressacas de 4,5 metros, o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, classificou Milton como uma tempestade "extremamente perigosa". Veja: Moradores da Flórida são alertados para esperar o 'pior furacão de suas vidas', com ventos de 200 km/h e fortes inundações Entenda: Cientistas descobrem que astronautas podem recorrer aos asteroides para se alimentar em viagens espaciais Escolhidos antecipadamente, os nomes, no entanto, chamam a atenção e são definidos com base em avaliações sobre sua trajetória e de maneira a facilitar a memorização e comunicação. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o uso de um nome curto reduz o risco de erro e ajuda a reforçar o impacto das advertências, além de facilitar a preparação das populações. As propostas de nomes são feitas por organismos regionais e avaliadas pela OMM, que pode intervir para evitar controvérsias. Um exemplo disso foi em 2015, quando o nome "Isis" foi retirado da lista de futuros furacões no Pacífico-Norte devido à associação com o grupo extremista Estado Islâmico. Vista aérea mostra casas danificadas após furacão Helene atingir a Flórida CHANDAN KHANNA / AFP Nos Estados Unidos, o Centro Nacional de Furacões utiliza seis listas de nomes para o Caribe, Golfo do México e Atlântico Norte, em ordem alfabética. Letras como Q e U, que têm poucos nomes disponíveis, são puladas. Essas listas são recicladas a cada seis anos, mas se um furacão causa grandes danos e muitas vítimas, seu nome é retirado permanentemente. Por exemplo, o nome "Katrina" não será reutilizado. Em 2017, os furacões começaram com "Arlene", seguidos de "Bret", "Cindy", "Don", e "Irma" ocupou a nona posição. Após "Jose", vinham "Katia", "Lee" e "Maria". Os nomes são em inglês, espanhol e francês, refletindo os países potencialmente afetados na região. Ruas inundadas após o furacão Helene atingir a costa de Cancún, no México Elizabeth Ruiz / AFP "É muito mais fácil de memorizar do que uma cifra ou um termo técnico", explica a Organização Meteorológica Mundial (OMM). "Um nome facilita o trabalho da imprensa, reforça o impacto das advertências e ajuda na preparação das populações", segundo a OMM, órgão da ONU. As propostas de nomes são feitas por organismos regionais. A OMM, que dispõe de correspondentes em cada região, se pronuncia a respeito e intervém para evitar possíveis polêmicas. Após enfraquecer de uma categoria 5 máxima durante a noite, espera-se que Milton atinja a costa da Flórida na noite de quarta-feira e permaneça intenso enquanto atravessa o estado. Rota do furacão Helene Editoria de Arte / O Globo No sudeste dos Estados Unidos, trabalhadores de emergência continuam lutando para fornecer ajuda após Helene, que matou pelo menos 230 pessoas em vários estados. Ela atingiu a costa da Flórida em 26 de setembro como um grande furacão de categoria 4, causando inundações massivas em áreas remotas no interior de estados mais ao norte, incluindo Carolina do Norte e Tennessee. Helene foi o desastre natural mais mortal a atingir o território continental dos EUA desde o furacão Katrina, em 2005, com o número de mortos ainda aumentando. Galerias Relacionadas

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