'Milicianos': livro finalista do Prêmio Jabuti é fruto do podcast 'Pistoleiros', produzido pelo GLOBO e pelo Globoplay
De autoria do repórter especial Rafael Soares, obra explica como Estado treina e fornece mão de obra em larga escala para as mais diversas organizações criminosas Entre os indicados ao Prêmio Jabuti na categoria Biografia e Reportagem, destaca-se um livro que nasceu como desdobramento do podcast “Pistoleiros”, produzido pelo GLOBO e pelo Globoplay em 2021. Trata-se de “Milicianos: como agentes formandos para combater o crime passaram a matar a serviço dele”, de Rafael Soares, repórter especial do GLOBO que também esteve à frente do podcast. 'Não tem crédito': Editoras descartam voltar a fazer negócios com a Livraria Cultura, que abriu nova loja em SP Premiado podcast 'Projeto Querino' vira livro: 'É sobre a História, mas é também sobre o Brasil de hoje', diz Tiago Rogero Publicado pela Objetiva (selo da Companhia das Letras), “Milicianos” concorre ao troféu com “Baviera tropical” (Todavia), de Betina Anton, “A torre” (Companhia das Letras), de Luiza Villaméa, “O girassol que nos tinge: uma história das Diretas Já, o maior movimento popular do Brasil” (Fósforo), de Oscar Pilagallo, e “Traficantes evangélicos: quem são e a quem servem os novos bandidos de Deus” (Thomas Nelson Brasil), de Viviane Costa. Os finalistas foram anunciados nesta terça-feira (5). Tanto o podcast quanto o livro nasceram no mesmo esforço de reportagem. Há mais de uma década, Soares cobre violência policial no GLOBO. Em 2021, ele começou a investigar a trajetória de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco. Inicialmente, a apuração daria origem a uma série reportagens, mas Soares ampliou o escopo e incorporou personagens como Capitão Adriano e Batoré. O resultado foi a série em áudio “Pistoleiros”, que retrata o submundo dos matadores de aluguel do Rio. O podcast acabou sendo o ponto de partida de “Milicianos”, que mostra como o Estado treina e fornece mão de obra em larga escala para as mais diversas organizações criminosas, do Escritório do Crime à Liga da Justiça, passando pela máfia dos caça-níqueis, facções e quadrilhas de traficantes internacionais de armas. — Estou muito feliz com o reconhecimento — diz Soares sobre a indicação ao Jabuti. — “Milicianos” é o meu primeiro livro e é fruto do meu trabalho de reportagem no GLOBO, de mais de 10 anos de cobertura de violência policial. É um livro que praticamente resume a minha trajetória jornalística. Para mim, estar na final já é um baita reconhecimento. A cerimônia de premiação está marcada para o dia 19 de novembro no Auditório Oscar Niemayer, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
De autoria do repórter especial Rafael Soares, obra explica como Estado treina e fornece mão de obra em larga escala para as mais diversas organizações criminosas Entre os indicados ao Prêmio Jabuti na categoria Biografia e Reportagem, destaca-se um livro que nasceu como desdobramento do podcast “Pistoleiros”, produzido pelo GLOBO e pelo Globoplay em 2021. Trata-se de “Milicianos: como agentes formandos para combater o crime passaram a matar a serviço dele”, de Rafael Soares, repórter especial do GLOBO que também esteve à frente do podcast. 'Não tem crédito': Editoras descartam voltar a fazer negócios com a Livraria Cultura, que abriu nova loja em SP Premiado podcast 'Projeto Querino' vira livro: 'É sobre a História, mas é também sobre o Brasil de hoje', diz Tiago Rogero Publicado pela Objetiva (selo da Companhia das Letras), “Milicianos” concorre ao troféu com “Baviera tropical” (Todavia), de Betina Anton, “A torre” (Companhia das Letras), de Luiza Villaméa, “O girassol que nos tinge: uma história das Diretas Já, o maior movimento popular do Brasil” (Fósforo), de Oscar Pilagallo, e “Traficantes evangélicos: quem são e a quem servem os novos bandidos de Deus” (Thomas Nelson Brasil), de Viviane Costa. Os finalistas foram anunciados nesta terça-feira (5). Tanto o podcast quanto o livro nasceram no mesmo esforço de reportagem. Há mais de uma década, Soares cobre violência policial no GLOBO. Em 2021, ele começou a investigar a trajetória de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco. Inicialmente, a apuração daria origem a uma série reportagens, mas Soares ampliou o escopo e incorporou personagens como Capitão Adriano e Batoré. O resultado foi a série em áudio “Pistoleiros”, que retrata o submundo dos matadores de aluguel do Rio. O podcast acabou sendo o ponto de partida de “Milicianos”, que mostra como o Estado treina e fornece mão de obra em larga escala para as mais diversas organizações criminosas, do Escritório do Crime à Liga da Justiça, passando pela máfia dos caça-níqueis, facções e quadrilhas de traficantes internacionais de armas. — Estou muito feliz com o reconhecimento — diz Soares sobre a indicação ao Jabuti. — “Milicianos” é o meu primeiro livro e é fruto do meu trabalho de reportagem no GLOBO, de mais de 10 anos de cobertura de violência policial. É um livro que praticamente resume a minha trajetória jornalística. Para mim, estar na final já é um baita reconhecimento. A cerimônia de premiação está marcada para o dia 19 de novembro no Auditório Oscar Niemayer, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
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