MEC avalia Pé-de-Meia a universitários com saque mensal e poupança para resgate na conclusão do curso
Extensão do programa foi apresentada à equipe econômica há cerca de uma semana Uma das modalidades em avaliação no Ministério da Educação para a implementação do Pé-de-Meia Universitário é o pagamento de um valor mensal e mais uma poupança para resgaste na conclusão do curso. Em entrevista ao GLOBO, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o governo prepara um programa para incentivar a permanência de alunos do ensino superior nas universidades. Este já é o modelo do Pé-de-Meia voltado para estudantes do ensino médio. O programa prevê R$ 200 para cada aluno na efetivação da matrícula do início de cada ano letivo. Depois, são mais nove parcelas mensais de R$ 200, caso o aluno tenha frequência comprovada no mês e seja aprovado naquele período letivo. Também há depósito de R$ 1.000 após a conclusão de cada ano letivo do ensino médio, que só poderá ser sacado na conclusão dos três anos dessa etapa de ensino. Os valores serão corrigidos e funcionarão como uma poupança. A equipe do MEC ainda avalia aspectos econômicos e jurídicos para aplicar a proposta para universitários de baixa renda. As discussões sobre o Pé-de-Meia para o ensino superior são iniciais e estão restritas ao gabinete do ministro Camilo Santana. A ajuda financeira aos universitários não excluiria outros modelos de bolsa que já existem, como o Bolsa Permanência, auxílio financeiro para estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade social — especialmente os indígenas e quilombolas — matriculados em instituições e institutos federais de ensino superior. Integrantes do ministério afirmam já haver parte dos recursos disponíveis para o programa dentro do orçamento do MEC para 2025. Nesta segunda-feira, em entrevista à Rádio CBN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o programa poderá ser feito com o orçamento de que o Ministério da Educação já dispõe. — Tem várias maneiras de fazer assistência estudantil, uma delas é fazer moradia universitária, restaurante universitário, uma série de coisas que dão amparo para estudantes se manter nos cursos. Outra coisa é você dar uma bolsa de assistência permanência para o estudante, se quiser fazer essa modalidade, usando o orçamento que ele dispõe, ele pode fazer — disse Haddad. A extensão do Pé-de-Meia para universitários foi apresentada à equipe econômica há cerca de uma semana. De acordo com auxiliares de Fernando Haddad, ainda não há previsão de custos. Não está claro, por exemplo, qual seria o valor da bolsa mensal e da poupança necessárias para manter alunos no ensino superior. Sem esses dados em mãos, explicam que é difícil estimar o custo do programa e saber se ele cabe no Orçamento de 2025. — Tem aluno que abandona [o curso] porque às vezes não tem onde morar. Estamos começando a construir um Pé-de-Meia para o estudante universitário, uma proposta para ser discutida com o presidente. Ele já está empolgado. Nós podemos identificar onde é que estão os gargalos, as dificuldades para garantir que esse aluno possa realizar o seu sonho de ir para a universidade — disse Camilo Santana em entrevista ao GLOBO. Ainda em entrevista à Rádio CBN, Haddad afirmou que um programa nos moldes do Pé-de-Meia é útil especialmente em casos em que os jovens não conseguem concluir os estudos por sua condição de renda. — Há uma série de políticas públicas que permitem a uma pessoa pobre e talentosa entrar na universidade, mas nem sempre essa pessoa pobre e talentosa consegue sair com diploma. Para casos como esse, sai mais barato pagar pela permanência do que perder o jovem diplomado — disse o ministro. Diferentemente do programa para ensino médio, que é baseado em uma série de experiências e estudos sobre evasão escolar, ainda não há dados sobre a eficácia de instrumentos como esse na graduação. Uma das possibilidades em estudo no MEC é direcionar o programa para licenciatura de áreas que hoje têm déficit de professores, como matemática, física, química, biologia e português. O ministério estuda alternativas para estimular alunos a fazer cursos de licenciatura para suprir a falta de professores nessas áreas. O MEC tem levantamento de falta desses profissionais por estados.
Extensão do programa foi apresentada à equipe econômica há cerca de uma semana Uma das modalidades em avaliação no Ministério da Educação para a implementação do Pé-de-Meia Universitário é o pagamento de um valor mensal e mais uma poupança para resgaste na conclusão do curso. Em entrevista ao GLOBO, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o governo prepara um programa para incentivar a permanência de alunos do ensino superior nas universidades. Este já é o modelo do Pé-de-Meia voltado para estudantes do ensino médio. O programa prevê R$ 200 para cada aluno na efetivação da matrícula do início de cada ano letivo. Depois, são mais nove parcelas mensais de R$ 200, caso o aluno tenha frequência comprovada no mês e seja aprovado naquele período letivo. Também há depósito de R$ 1.000 após a conclusão de cada ano letivo do ensino médio, que só poderá ser sacado na conclusão dos três anos dessa etapa de ensino. Os valores serão corrigidos e funcionarão como uma poupança. A equipe do MEC ainda avalia aspectos econômicos e jurídicos para aplicar a proposta para universitários de baixa renda. As discussões sobre o Pé-de-Meia para o ensino superior são iniciais e estão restritas ao gabinete do ministro Camilo Santana. A ajuda financeira aos universitários não excluiria outros modelos de bolsa que já existem, como o Bolsa Permanência, auxílio financeiro para estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade social — especialmente os indígenas e quilombolas — matriculados em instituições e institutos federais de ensino superior. Integrantes do ministério afirmam já haver parte dos recursos disponíveis para o programa dentro do orçamento do MEC para 2025. Nesta segunda-feira, em entrevista à Rádio CBN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o programa poderá ser feito com o orçamento de que o Ministério da Educação já dispõe. — Tem várias maneiras de fazer assistência estudantil, uma delas é fazer moradia universitária, restaurante universitário, uma série de coisas que dão amparo para estudantes se manter nos cursos. Outra coisa é você dar uma bolsa de assistência permanência para o estudante, se quiser fazer essa modalidade, usando o orçamento que ele dispõe, ele pode fazer — disse Haddad. A extensão do Pé-de-Meia para universitários foi apresentada à equipe econômica há cerca de uma semana. De acordo com auxiliares de Fernando Haddad, ainda não há previsão de custos. Não está claro, por exemplo, qual seria o valor da bolsa mensal e da poupança necessárias para manter alunos no ensino superior. Sem esses dados em mãos, explicam que é difícil estimar o custo do programa e saber se ele cabe no Orçamento de 2025. — Tem aluno que abandona [o curso] porque às vezes não tem onde morar. Estamos começando a construir um Pé-de-Meia para o estudante universitário, uma proposta para ser discutida com o presidente. Ele já está empolgado. Nós podemos identificar onde é que estão os gargalos, as dificuldades para garantir que esse aluno possa realizar o seu sonho de ir para a universidade — disse Camilo Santana em entrevista ao GLOBO. Ainda em entrevista à Rádio CBN, Haddad afirmou que um programa nos moldes do Pé-de-Meia é útil especialmente em casos em que os jovens não conseguem concluir os estudos por sua condição de renda. — Há uma série de políticas públicas que permitem a uma pessoa pobre e talentosa entrar na universidade, mas nem sempre essa pessoa pobre e talentosa consegue sair com diploma. Para casos como esse, sai mais barato pagar pela permanência do que perder o jovem diplomado — disse o ministro. Diferentemente do programa para ensino médio, que é baseado em uma série de experiências e estudos sobre evasão escolar, ainda não há dados sobre a eficácia de instrumentos como esse na graduação. Uma das possibilidades em estudo no MEC é direcionar o programa para licenciatura de áreas que hoje têm déficit de professores, como matemática, física, química, biologia e português. O ministério estuda alternativas para estimular alunos a fazer cursos de licenciatura para suprir a falta de professores nessas áreas. O MEC tem levantamento de falta desses profissionais por estados.
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