Lula recebe Biden, Milei, Xi e Macron no MAM para início da cúpula dos líderes do G20

Cumprimento de argentino foi um dos mais frios e durou apenas 15 segundos; Biden evitou a rampa de acesso O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a receber nesta segunda-feira os chefes de Estado e de governo para a Cúpula de líderes do G20, que está sendo realizada no Museu de Arte Moderna (MAM). Entre os líderes que já chegaram estão o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden; o presidente da China, Xi Jinping; o presidente da França, Emmanuel Macron; e o presidente da Argentina, Javier Milei. Na cerimônia, Lula lançou oficialmente a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa cara à presidência brasileira à frente do fórum, que já conta com a adesão de 80 países. A Argentina de Milei foi o único país que ficou de fora. Carro-chefe da Presidência: Lula lança oficialmente a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na Cúpula do G20 Veja: Infográfico mostra os temas sensíveis que devem causar saia-justa na cúpula do G20 no Rio O cumprimento de Milei foi um dos mais frios. Durou apenas 15 segundos. O jeito e a frieza do presidente argentino impressionaram até mesmo jornalistas de seu país, que acompanharam a cena pelo telão da sala de imprensa. Assista ao vídeo: Cúpula do G20: cumprimento de Lula e Milei dura 20 segundos A frieza de Milei com Lula era esperada, num contexto no qual o presidente argentino se opôs às principais propostas da presidência brasileira do G20. A Argentina é o único país presente na cúpula que não aderiu à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, principal bandeira brasileira na Presidência do G20 e cujo lançamento foi o primeiro compromisso do dia. Milei e Lula, cujos países fazem fronteira, também têm uma relação tensa desde antes de o governante argentino assumir o poder em dezembro. Milei é crítico do multilateralismo e lidera em seu país uma forte política de corte de gastos públicos em meio ao combate à inflação. Lula e o presidente francês, Emannuel Macron, na cerimônia no MAM LUDOVIC MARIN/AFP Acompanhado por sua irmã, a secretária-geral da Presidência argentina, Karina Milei, o presidente argentino chegou ao MAM, como de costume, carregando uma pasta e sem esbanjar simpatia. Milei chegou ao Rio no fim da tarde de domingo, se hospedou no hotel Othon Palace, em Copacabana, e não saiu sequer para jantar. Como costuma fazer, ficou em seu quarto e manteve contato apenas com seus colaboradores mais próximos, sobretudo sua irmã e braço-direito. Renata Agostini: Para alcançar consenso, Brasil tenta convencer Argentina a fazer ressalvas fora da declaração final do G20 Já o presidente americano quebrou o protocolo na entrada da cúpula. Ao desembarcar no MAM, Biden evitou a rampa de acesso que levaria até Lula e usou um acesso restrito por dentro do prédio. Após alguns minutos de impasse, o líder americano reapareceu para cumprimentar seu homólogo brasileiro. A caminhada do ponto de desembarque até a entrada da reunião, caminhando pela rampa, leva cerca de dois minutos. A saúde física e mental de Biden, de 81 anos, foi questionada diversas vezes durante a sua gestão, sendo um dos motivos que o levaram a desistir da corrida presidencial, em julho. Vídeos do presidente americano apresentando dificuldade de locomoção, tropeçando ou mesmo aparentando estar perdido em alguns compromissos viralizaram ao longo do ano. G20 no Brasil: Reforma de organismos multilaterais não vai avançar. Entenda a razão O cumprimento com o presidente francês foi caloroso. No Rio, o presidente francês têm se comportado como porta-voz dos agricultores de seu país frente ao acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. Afirmou no sábado que "a França é contra" o tratado. Initial plugin text Lula também cumprimentou outros líderes, como o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; e o presidente chinês, Xi Jinping. Também saudou de maneira amistosa o presidente da União Africana, Mohamed Ould Cheikh aI-Ghazouani, cujo bloco participa pela primeira vez do G20; e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, cujo país irá suceder o Brasil na presidência do grupo em 2025. Initial plugin text Lula também saudou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov. O presidente Vladimir Putin foi convidado, mas declinou o convite. O mandatário é alvo de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) relacionado à guerra na Ucrânia. Países-membros do TPI, como o Brasil, são teoricamente obrigados a prender Putin se ele entrar em seus territórios. O tribunal lembrou que seus países-membros têm a “obrigação” de prender pessoas sujeitas a um mandado de prisão. Mas na prática o TPI não tem força coercitiva própria. Além da boa relação entre Lula e Putin, Brasil e Rússia são parceiros no Brics e mantém relações comerciais importantes em setores estratégicos. Initial plugin text A primeira sessão da reunião entre os líderes foi "Combate à Fome e à Pobreza", onde

Nov 18, 2024 - 12:42
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Lula recebe Biden, Milei, Xi e Macron no MAM para início da cúpula dos líderes do G20

Cumprimento de argentino foi um dos mais frios e durou apenas 15 segundos; Biden evitou a rampa de acesso O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a receber nesta segunda-feira os chefes de Estado e de governo para a Cúpula de líderes do G20, que está sendo realizada no Museu de Arte Moderna (MAM). Entre os líderes que já chegaram estão o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden; o presidente da China, Xi Jinping; o presidente da França, Emmanuel Macron; e o presidente da Argentina, Javier Milei. Na cerimônia, Lula lançou oficialmente a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa cara à presidência brasileira à frente do fórum, que já conta com a adesão de 80 países. A Argentina de Milei foi o único país que ficou de fora. Carro-chefe da Presidência: Lula lança oficialmente a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na Cúpula do G20 Veja: Infográfico mostra os temas sensíveis que devem causar saia-justa na cúpula do G20 no Rio O cumprimento de Milei foi um dos mais frios. Durou apenas 15 segundos. O jeito e a frieza do presidente argentino impressionaram até mesmo jornalistas de seu país, que acompanharam a cena pelo telão da sala de imprensa. Assista ao vídeo: Cúpula do G20: cumprimento de Lula e Milei dura 20 segundos A frieza de Milei com Lula era esperada, num contexto no qual o presidente argentino se opôs às principais propostas da presidência brasileira do G20. A Argentina é o único país presente na cúpula que não aderiu à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, principal bandeira brasileira na Presidência do G20 e cujo lançamento foi o primeiro compromisso do dia. Milei e Lula, cujos países fazem fronteira, também têm uma relação tensa desde antes de o governante argentino assumir o poder em dezembro. Milei é crítico do multilateralismo e lidera em seu país uma forte política de corte de gastos públicos em meio ao combate à inflação. Lula e o presidente francês, Emannuel Macron, na cerimônia no MAM LUDOVIC MARIN/AFP Acompanhado por sua irmã, a secretária-geral da Presidência argentina, Karina Milei, o presidente argentino chegou ao MAM, como de costume, carregando uma pasta e sem esbanjar simpatia. Milei chegou ao Rio no fim da tarde de domingo, se hospedou no hotel Othon Palace, em Copacabana, e não saiu sequer para jantar. Como costuma fazer, ficou em seu quarto e manteve contato apenas com seus colaboradores mais próximos, sobretudo sua irmã e braço-direito. Renata Agostini: Para alcançar consenso, Brasil tenta convencer Argentina a fazer ressalvas fora da declaração final do G20 Já o presidente americano quebrou o protocolo na entrada da cúpula. Ao desembarcar no MAM, Biden evitou a rampa de acesso que levaria até Lula e usou um acesso restrito por dentro do prédio. Após alguns minutos de impasse, o líder americano reapareceu para cumprimentar seu homólogo brasileiro. A caminhada do ponto de desembarque até a entrada da reunião, caminhando pela rampa, leva cerca de dois minutos. A saúde física e mental de Biden, de 81 anos, foi questionada diversas vezes durante a sua gestão, sendo um dos motivos que o levaram a desistir da corrida presidencial, em julho. Vídeos do presidente americano apresentando dificuldade de locomoção, tropeçando ou mesmo aparentando estar perdido em alguns compromissos viralizaram ao longo do ano. G20 no Brasil: Reforma de organismos multilaterais não vai avançar. Entenda a razão O cumprimento com o presidente francês foi caloroso. No Rio, o presidente francês têm se comportado como porta-voz dos agricultores de seu país frente ao acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. Afirmou no sábado que "a França é contra" o tratado. Initial plugin text Lula também cumprimentou outros líderes, como o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi; o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; e o presidente chinês, Xi Jinping. Também saudou de maneira amistosa o presidente da União Africana, Mohamed Ould Cheikh aI-Ghazouani, cujo bloco participa pela primeira vez do G20; e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, cujo país irá suceder o Brasil na presidência do grupo em 2025. Initial plugin text Lula também saudou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov. O presidente Vladimir Putin foi convidado, mas declinou o convite. O mandatário é alvo de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) relacionado à guerra na Ucrânia. Países-membros do TPI, como o Brasil, são teoricamente obrigados a prender Putin se ele entrar em seus territórios. O tribunal lembrou que seus países-membros têm a “obrigação” de prender pessoas sujeitas a um mandado de prisão. Mas na prática o TPI não tem força coercitiva própria. Além da boa relação entre Lula e Putin, Brasil e Rússia são parceiros no Brics e mantém relações comerciais importantes em setores estratégicos. Initial plugin text A primeira sessão da reunião entre os líderes foi "Combate à Fome e à Pobreza", onde a presidência lançou a Aliança Global Contra a Fome a Pobreza. À tarde, as 14h30 (horário de Brasília), os líderes terão a segunda reunião desta segunda-feira, "Reforma das Instituições de Governança Global". O multilateralismo é a segunda grande proposta do governo para a sua presidência rotativa.

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