Instalações nucleares iranianas estão 'mais expostas do que nunca a ataques', diz ministro da Defesa israelense
Katz tomou posse há poucos dias, após a demissão de Yoav Gallant, que teve desentendimentos com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu O recém-nomeado ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse nesta segunda-feira que o Irã está "mais exposto do que nunca a ataques às suas instalações nucleares", após bombardeios recentes de Israel contra os locais de defesa aérea do país. Katz tomou posse há poucos dias, após a demissão de Yoav Gallant, que teve desentendimentos com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Israel ataca Irã: Entenda as capacidades militares de ambos os lados em caso de uma guerra Análise: Após ataque de Israel, Irã está entre o risco de responder e o de parecer fraco "Há uma possibilidade de alcançar o objetivo mais importante, de impedir e remover a ameaça de aniquilação que paira sobre o Estado de Israel", acrescentou Katz em post na rede social X. Israel, grande inimigo regional do Irã, está em guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza e o grupo xiita Hezbollah no Líbano, dois movimentos financiados por Teerã, mas a tensão entre os dois países aumentou ainda mais em 26 de outubro. Na ocasião, aviões de combate israelenses bombardearam instalações militares iranianas em retaliação a um ataque balístico de Teerã contra Israel em 1º de outubro — que, por sua vez, foi uma resposta pelos assassinatos do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e de um comandante iraniano. Teerã prometeu resposta "devastadora", e Israel deixou claro que, nesse caso, retaliará com ainda maior contundência e que está em "alto nível de prontidão". No último sábado, o governo iraniano advertiu Israel sobre o risco de os conflitos em Gaza e no Líbano se espalharem para outras regiões do mundo. — O mundo deve saber que, se a guerra se espalhar, seus efeitos nocivos não se limitarão ao Oriente Médio — alertou o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, em um discurso transmitido pela televisão estatal. — A insegurança e a instabilidade podem espalhar-se para outras regiões, mesmo muito distantes. Temor de aliados Em outubro, Netanyahu assegurou aos Estados Unidos, aliado mais importante do Estado judeu, que Israel evitaria ataques contra instalações nucleares e estruturas relacionadas ao setor de petróleo no Irã. A promessa, segundo fontes, foi confirmada em conversas posteriores entre Gallant, e o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin. Embora a promessa tenha sido mantida até primeiro momento, com foco apenas em instalações militares, há um apelo crescente dentro de Israel, ecoado por alguns nos EUA, para que se aproveite o momento — para fazer retroceder, em anos ou mais, uma capacidade iraniana que as autoridades de inteligência dos EUA e os especialistas externos dizem cada vez mais que está no limiar da produção de uma bomba atômica. A questão de como atacar o Irã se tornou, inclusive, uma questão da campanha presidencial americana, e com o presidente eleito Donald Trump tendo argumentado que Israel deveria "atacar o nuclear primeiro e se preocupar com o resto depois", o cenário pode ser diferente muito em breve. Enquanto isso, o Irã intensificou a produção de urânio enriquecido com 60% de pureza, o que é pouco para ser usado em bombas. Atualmente, o país tem combustível suficiente para três ou quatro bombas, segundo os especialistas e, para chegar ao grau de bomba atômica no padrão utilizado por EUA e Rússia, a 90%, seriam necessários apenas alguns dias.
Katz tomou posse há poucos dias, após a demissão de Yoav Gallant, que teve desentendimentos com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu O recém-nomeado ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse nesta segunda-feira que o Irã está "mais exposto do que nunca a ataques às suas instalações nucleares", após bombardeios recentes de Israel contra os locais de defesa aérea do país. Katz tomou posse há poucos dias, após a demissão de Yoav Gallant, que teve desentendimentos com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Israel ataca Irã: Entenda as capacidades militares de ambos os lados em caso de uma guerra Análise: Após ataque de Israel, Irã está entre o risco de responder e o de parecer fraco "Há uma possibilidade de alcançar o objetivo mais importante, de impedir e remover a ameaça de aniquilação que paira sobre o Estado de Israel", acrescentou Katz em post na rede social X. Israel, grande inimigo regional do Irã, está em guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza e o grupo xiita Hezbollah no Líbano, dois movimentos financiados por Teerã, mas a tensão entre os dois países aumentou ainda mais em 26 de outubro. Na ocasião, aviões de combate israelenses bombardearam instalações militares iranianas em retaliação a um ataque balístico de Teerã contra Israel em 1º de outubro — que, por sua vez, foi uma resposta pelos assassinatos do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e de um comandante iraniano. Teerã prometeu resposta "devastadora", e Israel deixou claro que, nesse caso, retaliará com ainda maior contundência e que está em "alto nível de prontidão". No último sábado, o governo iraniano advertiu Israel sobre o risco de os conflitos em Gaza e no Líbano se espalharem para outras regiões do mundo. — O mundo deve saber que, se a guerra se espalhar, seus efeitos nocivos não se limitarão ao Oriente Médio — alertou o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, em um discurso transmitido pela televisão estatal. — A insegurança e a instabilidade podem espalhar-se para outras regiões, mesmo muito distantes. Temor de aliados Em outubro, Netanyahu assegurou aos Estados Unidos, aliado mais importante do Estado judeu, que Israel evitaria ataques contra instalações nucleares e estruturas relacionadas ao setor de petróleo no Irã. A promessa, segundo fontes, foi confirmada em conversas posteriores entre Gallant, e o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin. Embora a promessa tenha sido mantida até primeiro momento, com foco apenas em instalações militares, há um apelo crescente dentro de Israel, ecoado por alguns nos EUA, para que se aproveite o momento — para fazer retroceder, em anos ou mais, uma capacidade iraniana que as autoridades de inteligência dos EUA e os especialistas externos dizem cada vez mais que está no limiar da produção de uma bomba atômica. A questão de como atacar o Irã se tornou, inclusive, uma questão da campanha presidencial americana, e com o presidente eleito Donald Trump tendo argumentado que Israel deveria "atacar o nuclear primeiro e se preocupar com o resto depois", o cenário pode ser diferente muito em breve. Enquanto isso, o Irã intensificou a produção de urânio enriquecido com 60% de pureza, o que é pouco para ser usado em bombas. Atualmente, o país tem combustível suficiente para três ou quatro bombas, segundo os especialistas e, para chegar ao grau de bomba atômica no padrão utilizado por EUA e Rússia, a 90%, seriam necessários apenas alguns dias.
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