Inovação e pesquisa: a chave para proteger o Pantanal das queimadas

Em 2024, o Pantanal brasileiro enfrentou mais uma vez um dos períodos mais severos de seca e incêndios de sua história. As mudanças climáticas, o desmatamento ilegal e os incêndios criminosos têm colocado o bioma sob a maior ameaça que já enfrentou. A urgência de medidas para proteger essa região se torna cada vez mais […]

Nov 16, 2024 - 16:08
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Inovação e pesquisa: a chave para proteger o Pantanal das queimadas

Em 2024, o Pantanal brasileiro enfrentou mais uma vez um dos períodos mais severos de seca e incêndios de sua história. As mudanças climáticas, o desmatamento ilegal e os incêndios criminosos têm colocado o bioma sob a maior ameaça que já enfrentou. A urgência de medidas para proteger essa região se torna cada vez mais evidente.

Durante a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), ocorrida em Brasília, essa problemática foi amplamente discutida. O evento, que é o maior do Brasil voltado para a divulgação científica, promoveu uma reflexão sobre os biomas do país, seus desafios e as inovações tecnológicas que podem contribuir para sua preservação.

Dentre as instituições que têm se destacado no monitoramento das queimadas no Pantanal estão o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ambas, ligadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI), apresentaram suas ações em estandes na SNCT, enfatizando a importância do monitoramento por satélites e do desenvolvimento de tecnologias que facilitem o controle das chamas, em colaboração com as comunidades locais e suas tradições.

A professora Joana da Silva Nogueira, presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera do Pantanal, ressaltou a gravidade da situação, uma vez que o Pantanal abriga a maior área úmida do mundo. Ela destacou que a dinâmica desse ecossistema, caracterizada por períodos de seca e cheia, tem sido alterada por mudanças nas correntes marítimas e pelo desmatamento em outras regiões, como a Amazônia, resultando em um clima mais seco e favorável às queimadas.

Durante seu debate intitulado “Ciência e educação para o enfrentamento da seca e incêndios na Reserva da Biosfera do Pantanal”, a professora também abordou os impactos econômicos e energéticos causados pela seca, que afeta diretamente as comunidades ribeirinhas.

Com um total de 2,31 milhões de hectares queimados no Pantanal, sendo 40% em Mato Grosso e 60% em Mato Grosso do Sul, as chamas têm devastado predominantemente áreas campestres e pastagens do Cerrado, bem como florestas e sub-bosques. A colaboração entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Ministério do Meio Ambiente e outras autoridades é crucial para enfrentar esse desafio e preservar um dos maiores patrimônios biológicos do planeta.

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