Hamas diz estar 'preparado' para aceitar acordo de cessar-fogo em Gaza e pede a Trump que pressione Israel
Declaração ocorre em meio aos bombardeios israelenses contra o território palestino e à intensificação das negociações para trégua entre Israel e Hezbollah no Líbano Uma semana após o Catar anunciar que estava suspendendo seu papel de mediador no conflito em Gaza, o Hamas disse estar "pronto" para aceitar um acordo de cessar-fogo, segundo informou um oficial sênior do grupo nesta sexta-feira, que também pediu ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para pressionar Israel. A declaração ocorre em meio aos bombardeios israelenses contra o território palestino, reduzido a ruínas após mais de um ano de conflito, e à intensificação das negociações para um cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, aliado do Hamas, no Líbano. 29 ONGs: Exército de Israel facilita saques à ajuda humanitária aos palestinos de Gaza 'Nakba': HRW acusa Israel de crime contra a Humanidade por deslocamento forçado de mais de 90% da população de Gaza — O Hamas está preparado para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, caso uma proposta seja apresentada e com a condição de que (Israel) a respeite", disse à AFP Bassem Naim, integrante do escritório político do Hamas em Doha. — Pedimos à administração dos EUA e a Trump que pressionem o governo israelense a acabar com a agressão. Trump, que deixou claro seu apoio a Israel, prometeu suspender todas as restrições e atrasos de equipamento militar e munição ao aliado no Oriente Médio imediatamente após sua posse em janeiro, informou o Canal israelense 12, citado pela Fox News, nesta sexta. O republicano também convocou para compor seu gabinete figuras extremistas, como o novo embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, que apoiou o desejo de colonos de anexar a Cisjordânia ocupada. — O Hamas informou aos mediadores que é favorável a qualquer proposta que leve a um cessar-fogo definitivo e à retirada militar da Faixa de Gaza, permitindo o retorno dos deslocados, um acordo sério para a troca de prisioneiros, a entrada de ajuda humanitária e a reconstrução — acrescentou Naim. As negociações estão paralisadas e o governo do Catar anunciou a suspensão de sua mediação Israel e Hamas, no sábado. O motivo foram as rodas e mais rodadas de conversas infrutíferas, enquanto os lados do conflito se acusavam mutuamente e se recusavam a chegar a um acordo. Também disse que o escritório político do Hamas em Doha não havia mais "razão de existir". Apagão em Gaza: Palestinos vivem no escuro há mais de um ano após Israel cortar rede elétrica Em comunicado nesta sexta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, afirmou que "o Catar retomará esses esforços... quando as partes demonstrarem sua disposição e seriedade". Nesta sexta-feira, fontes afirmaram à rede CNN que o Hezbollah está considerando uma proposta de cessar-fogo desenhada pelos EUA e Israel. A embaixadora dos EUA no Líbano, Lisa Johnson, transmitiu a proposta ao governo libanês na noite de quinta, disse uma autoridade libanesa, afirmando que as autoridades estão "otimistas" quanto à anuência do Hezbollah. A expectativa é de que uma resposta oficial seja dada na segunda-feira. — Os esforços diplomáticos estão a todo vapor agora — disse. O Hamas e o Hezbollah são aliados e integram o chamado "Eixo da Resistência", através do qual o Irã arma e apoia milícias espalhadas pelo Oriente Médio em sua guerra por procuração. Um dia após o ataque terrorista contra Israel, o movimento xiita lançou uma série de mísseis e artilharia contra o território israelense em demonstração de "solidariedade" ao povo palestino. Desde então, a troca de agressões na fronteira é diária. Novos bombardeios O anúncio desta sexta-feira ocorreu enquanto Israel continuava a atacar Gaza, com os moradores da cidade central de Deir el-Balah vasculhando os escombros de suas casas destruídas após os ataques da noite para o dia. — Acordei com o bombardeio às 2h30 da manhã e fiquei surpreso com os escombros e vidros caindo sobre mim e meus filhos — disse Mohamed Baraka, um dos moradores, acrescentando que o ataque "resultou em três mártires e 15 feridos". — Ponham um fim a essa guerra... porque há pessoas inocentes que estão perdendo crianças indefesas que não têm nada a ver com isso. ONU: Israel não cumpriu prazo dos EUA para aumentar ajuda em Gaza A Jihad Islâmica, grupo aliado do Hamas que participou do ataque de 7 de outubro, que deu início ao conflito, também divulgou nesta sexta-feira um vídeo de um dos reféns israelenses mantidos em cativeiro em Gaza. No vídeo, um homem que se identifica como Sasha Trupanov pede mais pressão por sua libertação e dos demais reféns. Este é o quarto vídeo divulgado pela Jihad Islâmica de Trupanov, um russo-israelense sequestrado com sua namorada Sapir Cohen no kibutz Nir Oz, localizado perto de Gaza. A mãe e a avó de Sasha, Yelena e Irena Tati, respectivamente, também foram sequestradas. O pai do refém, Vitali Trupanov, morreu no ataque. Sapir Cohen, Yelena e Irena foram libertadas durante a única trégua da guerra, al
Declaração ocorre em meio aos bombardeios israelenses contra o território palestino e à intensificação das negociações para trégua entre Israel e Hezbollah no Líbano Uma semana após o Catar anunciar que estava suspendendo seu papel de mediador no conflito em Gaza, o Hamas disse estar "pronto" para aceitar um acordo de cessar-fogo, segundo informou um oficial sênior do grupo nesta sexta-feira, que também pediu ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para pressionar Israel. A declaração ocorre em meio aos bombardeios israelenses contra o território palestino, reduzido a ruínas após mais de um ano de conflito, e à intensificação das negociações para um cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, aliado do Hamas, no Líbano. 29 ONGs: Exército de Israel facilita saques à ajuda humanitária aos palestinos de Gaza 'Nakba': HRW acusa Israel de crime contra a Humanidade por deslocamento forçado de mais de 90% da população de Gaza — O Hamas está preparado para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, caso uma proposta seja apresentada e com a condição de que (Israel) a respeite", disse à AFP Bassem Naim, integrante do escritório político do Hamas em Doha. — Pedimos à administração dos EUA e a Trump que pressionem o governo israelense a acabar com a agressão. Trump, que deixou claro seu apoio a Israel, prometeu suspender todas as restrições e atrasos de equipamento militar e munição ao aliado no Oriente Médio imediatamente após sua posse em janeiro, informou o Canal israelense 12, citado pela Fox News, nesta sexta. O republicano também convocou para compor seu gabinete figuras extremistas, como o novo embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, que apoiou o desejo de colonos de anexar a Cisjordânia ocupada. — O Hamas informou aos mediadores que é favorável a qualquer proposta que leve a um cessar-fogo definitivo e à retirada militar da Faixa de Gaza, permitindo o retorno dos deslocados, um acordo sério para a troca de prisioneiros, a entrada de ajuda humanitária e a reconstrução — acrescentou Naim. As negociações estão paralisadas e o governo do Catar anunciou a suspensão de sua mediação Israel e Hamas, no sábado. O motivo foram as rodas e mais rodadas de conversas infrutíferas, enquanto os lados do conflito se acusavam mutuamente e se recusavam a chegar a um acordo. Também disse que o escritório político do Hamas em Doha não havia mais "razão de existir". Apagão em Gaza: Palestinos vivem no escuro há mais de um ano após Israel cortar rede elétrica Em comunicado nesta sexta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, afirmou que "o Catar retomará esses esforços... quando as partes demonstrarem sua disposição e seriedade". Nesta sexta-feira, fontes afirmaram à rede CNN que o Hezbollah está considerando uma proposta de cessar-fogo desenhada pelos EUA e Israel. A embaixadora dos EUA no Líbano, Lisa Johnson, transmitiu a proposta ao governo libanês na noite de quinta, disse uma autoridade libanesa, afirmando que as autoridades estão "otimistas" quanto à anuência do Hezbollah. A expectativa é de que uma resposta oficial seja dada na segunda-feira. — Os esforços diplomáticos estão a todo vapor agora — disse. O Hamas e o Hezbollah são aliados e integram o chamado "Eixo da Resistência", através do qual o Irã arma e apoia milícias espalhadas pelo Oriente Médio em sua guerra por procuração. Um dia após o ataque terrorista contra Israel, o movimento xiita lançou uma série de mísseis e artilharia contra o território israelense em demonstração de "solidariedade" ao povo palestino. Desde então, a troca de agressões na fronteira é diária. Novos bombardeios O anúncio desta sexta-feira ocorreu enquanto Israel continuava a atacar Gaza, com os moradores da cidade central de Deir el-Balah vasculhando os escombros de suas casas destruídas após os ataques da noite para o dia. — Acordei com o bombardeio às 2h30 da manhã e fiquei surpreso com os escombros e vidros caindo sobre mim e meus filhos — disse Mohamed Baraka, um dos moradores, acrescentando que o ataque "resultou em três mártires e 15 feridos". — Ponham um fim a essa guerra... porque há pessoas inocentes que estão perdendo crianças indefesas que não têm nada a ver com isso. ONU: Israel não cumpriu prazo dos EUA para aumentar ajuda em Gaza A Jihad Islâmica, grupo aliado do Hamas que participou do ataque de 7 de outubro, que deu início ao conflito, também divulgou nesta sexta-feira um vídeo de um dos reféns israelenses mantidos em cativeiro em Gaza. No vídeo, um homem que se identifica como Sasha Trupanov pede mais pressão por sua libertação e dos demais reféns. Este é o quarto vídeo divulgado pela Jihad Islâmica de Trupanov, um russo-israelense sequestrado com sua namorada Sapir Cohen no kibutz Nir Oz, localizado perto de Gaza. A mãe e a avó de Sasha, Yelena e Irena Tati, respectivamente, também foram sequestradas. O pai do refém, Vitali Trupanov, morreu no ataque. Sapir Cohen, Yelena e Irena foram libertadas durante a única trégua da guerra, alcançada em novembro após um acordo entre Israel e Hamas, mediado pelos EUA, Egito e Catar. Desde o início do conflito, houve apenas uma trégua que permitiu a libertação de mais de 100 reféns, no final de novembro de 2023. Dos 251 sequestrados, 97 continuam em cativeiro, incluindo 34 que foram declarados mortos pelo Exército israelense. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, pediu a libertação de Trupanov e de outro refém, Maxim Herkin, em comentários feitos antes da divulgação do último vídeo. Denúncia: Métodos de guerra de Israel em Gaza são característicos de um genocídio, diz comissão da ONU Os temores sobre o destino dos reféns aumentaram depois que o Catar anunciou sua retirada da mediação das conversações — o mais recente golpe em um processo de negociação prolongado que tem atingido repetidos impasses. Ataques no Líbano Paralelamente, Israel também continuou a atacar o Líbano, onde intensificou em setembro sua ofensiva aérea e, mais tarde, enviou tropas terrestres após um ano de trocas transfronteiriças de baixa intensidade com o movimento xiita libanês Hezbollah, que, assim como o Hamas, é apoiado pelo Irã. O objetivo de Israel, segundo as autoridades, é permitir o retorno de 60 mil habitantes do norte do país, deslocados pelos incessantes lançamentos de foguetes do movimento pró-Irã contra o território israelense há mais de um ano. Um prédio nos subúrbios ao sul de Beirute desabou em uma gigantesca nuvem de fumaça e poeira, informou um fotógrafo da AFP, quando dois ataques atribuídos a Israel atingiram o bastião do Hezbollah. Uma série de imagens do ataque mostra a queda de um projétil nos andares inferiores do edifício, que irrompe em uma enorme bola de fogo, causando o colapso da estrutura. Guga Chacra: Trump, Gaza e Ucrânia A Agência Nacional de Notícias (NNA), estatal do Líbano, relatou um "ataque pesado realizado por aeronaves do inimigo israelense" na área de Ghobeiri, no sul de Beirute. Ela disse que o ataque foi precedido por dois ataques de mísseis contra o mesmo alvo por um drone israelense. O Exército de Israel afirmou que atacou "centros de comando" da unidade de elite do Hezbollah, al-Radwan, na área de Nabatiyeh, assim como lançadores de foguetes utilizados para atacar o norte de Israel. Também indicou que as sirenes foram acionadas no norte de Israel, em particular na cidade portuária de Haifa. Dois projéteis procedentes do Líbano foram interceptados. Os ataques israelenses seguiram-se a uma ordem dos militares para deslocamento da área. O pedido publicado no X pelo porta-voz do Exército israelense, Avichay Adraee, disse aos residentes que saíssem, alertando sobre ataques iminentes. "Todos os residentes nos subúrbios do sul, especificamente (...) na área de Ghobeiri, estão localizados perto de instalações e interesses afiliados ao Hezbollah", disse Adraee em árabe. No final da manhã, um segundo ataque atingiu a área de Bourj al-Barajneh, nos subúrbios do sul, informou um jornalista da AFP. A agência de notícias libanesa disse que dois mísseis haviam sido disparados por uma "aeronave inimiga". Mais de 3.300 pessoas morreram no Líbano desde 23 de setembro, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do país. Já a guerra entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro de 2023, quando combatentes do grupo atacaram o sul de Israel e mataram 1.206 pessoas, em sua maioria civis. A campanha militar de represálias de Israel matou mais de 43.700 pessoas na Faixa de Gaza, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
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