Guacamole: restaurante tex-mex oferece comida mexicana caricata
Luciana Fróes visitou a casa veterana no Jardim Botânico com tacos, nachos e batata cobertos de cheddar e pegada fast food; dois garfinhos (regular) Os restaurantes mexicanos do Rio não servem comida mexicana. Servem, sim, a tex-mex, versão americana (Texas+México) de pegada fast food dessa culinária ancestral, que já levou o então cônsul do México no Rio, indignado com o que via e comia por aqui, a organizar um tour gastronômico “emergencial” por seu país. Com ele junto. E assim, Flávia Quaresma, Christophe Lidy e eu embarcamos em uma imersão profunda, quase uma graduação em culinária mexicana, à qual sou grata até hoje. Zazá Bistrô completa 25 anos com clássicos revigorados; leia a crítica Il Piccolo, italiano de Antônio 'Belmonte' Rodrigues, é 'frescor sem frescura'; leia crítica Passados anos dessa viagem, as casas mexicanas daqui seguem gratinando tacos com cheddar, lambuzando pork ribs com barbecue e servindo guacamoles desbotados. Procuro evitar, mas nem sempre dá. Outro dia, acabei almoçando no Guacamole, uma casa veterana na Rua Jardim Botânico. Aconteceu o inevitável: me lembrei do cônsul. Ele ficaria arrasado — Ou organizaria outra nova rodada por lá. E em caráter emergencial. O cardápio vem em iPads, com fotos e descrições (enormes) de cada prato. Você aproxima o cartão que recebeu na entrada no QRcode e vai colocando “no carrinho” seus pedidos. Não reclamo, estou acostumada a encher carrinhos na internet. Entrei no clima de um fast food. Vamos em frente, entre bandeirolas, caveiras e sombreiras (não se vê muito isso por lá não, mas que seja). O problema mesmo, de verdade, é a comida caricata que sai da cozinha. De cara me ocorreu: esses tacos/chips são da casa ou de pacote? A dúvida seguiu até o fim, já que apareceram em tudo. Os nachos guadalupe (tenho a padroeira no cordão) trouxeram os chips de tortillas cobertos por uma camada de queijo cheddar derretido. O que continha por baixo, só consultando a descrição no iPad: frejoles (feijões), chili de carne moída, milho e azeitonas, num visual desanimador. Chegou com o trio de molhos: guacamole, pico de galo (viagrete) e sour cream (R$ 59,90). Taco al pastor eu encarei bem, uma tortilla de milho com lombo suíno, geleia de abacaxi, alface, bacon, queijo e pico de galo (R$ 20,90). No burrito, a tortilla é de trigo e traz feijão, cogumelos, cubos de carne, arroz, vinagrete, guacamole e anéis de cebola caramelizado. (R$ 59). Teve ainda papas locas fritas com cheddar, loucura mesmo: batatas fritas moles para se lambuzar toda (R$ 48,90). Semana que vem tem 50 Best da AL no Rio, noite quando serão anunciados os melhores restaurantes da América Latina. Há vários mexicanos bem cotados. Em nenhum deles, eu garanto, se come o que temos por aqui. Serviço Guacamole. Rua Jardim Botânico 129 (3178-3100). Seg a qui, das 17h à meia-noite. Sex a dom, das 12h30 à meia-noite.
Luciana Fróes visitou a casa veterana no Jardim Botânico com tacos, nachos e batata cobertos de cheddar e pegada fast food; dois garfinhos (regular) Os restaurantes mexicanos do Rio não servem comida mexicana. Servem, sim, a tex-mex, versão americana (Texas+México) de pegada fast food dessa culinária ancestral, que já levou o então cônsul do México no Rio, indignado com o que via e comia por aqui, a organizar um tour gastronômico “emergencial” por seu país. Com ele junto. E assim, Flávia Quaresma, Christophe Lidy e eu embarcamos em uma imersão profunda, quase uma graduação em culinária mexicana, à qual sou grata até hoje. Zazá Bistrô completa 25 anos com clássicos revigorados; leia a crítica Il Piccolo, italiano de Antônio 'Belmonte' Rodrigues, é 'frescor sem frescura'; leia crítica Passados anos dessa viagem, as casas mexicanas daqui seguem gratinando tacos com cheddar, lambuzando pork ribs com barbecue e servindo guacamoles desbotados. Procuro evitar, mas nem sempre dá. Outro dia, acabei almoçando no Guacamole, uma casa veterana na Rua Jardim Botânico. Aconteceu o inevitável: me lembrei do cônsul. Ele ficaria arrasado — Ou organizaria outra nova rodada por lá. E em caráter emergencial. O cardápio vem em iPads, com fotos e descrições (enormes) de cada prato. Você aproxima o cartão que recebeu na entrada no QRcode e vai colocando “no carrinho” seus pedidos. Não reclamo, estou acostumada a encher carrinhos na internet. Entrei no clima de um fast food. Vamos em frente, entre bandeirolas, caveiras e sombreiras (não se vê muito isso por lá não, mas que seja). O problema mesmo, de verdade, é a comida caricata que sai da cozinha. De cara me ocorreu: esses tacos/chips são da casa ou de pacote? A dúvida seguiu até o fim, já que apareceram em tudo. Os nachos guadalupe (tenho a padroeira no cordão) trouxeram os chips de tortillas cobertos por uma camada de queijo cheddar derretido. O que continha por baixo, só consultando a descrição no iPad: frejoles (feijões), chili de carne moída, milho e azeitonas, num visual desanimador. Chegou com o trio de molhos: guacamole, pico de galo (viagrete) e sour cream (R$ 59,90). Taco al pastor eu encarei bem, uma tortilla de milho com lombo suíno, geleia de abacaxi, alface, bacon, queijo e pico de galo (R$ 20,90). No burrito, a tortilla é de trigo e traz feijão, cogumelos, cubos de carne, arroz, vinagrete, guacamole e anéis de cebola caramelizado. (R$ 59). Teve ainda papas locas fritas com cheddar, loucura mesmo: batatas fritas moles para se lambuzar toda (R$ 48,90). Semana que vem tem 50 Best da AL no Rio, noite quando serão anunciados os melhores restaurantes da América Latina. Há vários mexicanos bem cotados. Em nenhum deles, eu garanto, se come o que temos por aqui. Serviço Guacamole. Rua Jardim Botânico 129 (3178-3100). Seg a qui, das 17h à meia-noite. Sex a dom, das 12h30 à meia-noite.
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