Grávida de Campos: recurso de acusado de ser mandante do assassinato é negado
Diogo Viola de Nadai e outros quatro réus vão a júri popular A engenheira Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, estava com 8 meses de gravidez quando foi assassinada a tiros em frente à casa de uma tia, em Campos dos Goytacazes, em março de 2023. O acusado de ser o mandante do crime é o pai da criança, o professor de Química Diogo Viola de Nadai, que era casado com outra mulher. Um recurso de sentido estrito da sua defesa foi julgado na última quinta-feira (7), e foi negado pela 5ª Câmara Criminal do Rio. Caso da grávida de Campos: Assassinato faz um ano e mãe diz sentir 'buraco eterno', com ausência da filha; réus vão a júri popular Relembre o caso: Mãe de grávida morta em Campos diz que genro foi 'teatral' a saber de morte do bebê Segundo Rafael Crespo, advogado de Diogo, a defesa fez questionamentos, por entender que haveria "cerceamento de defesa" ao cliente no processo, alegando que há provas que não constam nos autos. O tribunal, no entanto, rejeitou os questionamentos. O advogado, no entanto, não descarta a hipótese de que volte a entrar com um novo recurso em breve. — Não estamos pedindo para ele (Diogo) ser solto, mas que sejam julgadas todas as provas, para que (o cliente) tenha direito a ampla defesa — afirma Crespo sobre o cliente, detido no Presídio de Itaperuna. Grávida morta em Campos: entenda participação dos cinco suspeitos no crime O caso corre em segredo de justiça. Além de Diogo, foram presos à época do crime os ocupantes da moto — Dayson dos Santos Nascimento e Fabiano Conceição Silva — e Gabriel Machado Leite, apontado como intermediário do crime, que passou à prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico, por justificar ter dois filhos com deficiência. Os quatro réus foram pronunciados para serem julgados pelo Tribunal do Júri (júri popular) e só o professor de Química recorreu, segundo sua defesa. Com a recusa do recurso, Diogo irá a júri popular. Já o advogado Márcio Marques, assistente de acusação no caso, por sua vez, afirma que "já era esperada" a recusa dos questionamentos da defesa de Diogo. O próximo passo do processo deve ser seu retorno para a comarca de Campos. Não há data ainda para o julgamento. — O processo está muito rico de elementos probatórios e testemunhais. A própria mãe da Letycia é uma vítima sobrevivente — observa Marques. Vivi para contar: ‘No primeiro tiro, ela colocou a mão no rosto, e eu ouvi seu último grito’, conta mãe da grávida assassinada em Campos Relembre o caso O crime foi cometido enquanto Letycia deixava sua mãe, Cyntia Pessanha Fonseca, e uma tia, Simone Fonseca, na Rua Simeão Schermeth, já durante a noite. Dirigindo um gol branco, a jovem foi surpreendida por dois homens numa moto, pararam ao lado do veículo e abriram fogo. Letycia morreu, e Hugo, o bebê que gestava, chegou a nascer no hospital, mas morreu no dia seguinte ao crime. Grávida é morta a tiros e mãe fica ferida durante ataque a tiros Campos dos Goytacazes Investigações da 134ª DP (Campos) à época do assassinato mostraram que Diogo chegou a pesquisar em seu telefone, em sites de notícia, o vídeo de Letycia sendo assassinada. A existência das duas relações, para a Polícia Civil, foi crucial para que Diogo — que era casado com outra mulher — decidisse assassinar Letycia. Na representação pela prisão temporária do suspeito, à época, a delegada Natália Patrão, então titular da distrital de Campos, afirmou que, com a aproximação do nascimento do filho de Letycia com o professor, “chegou um momento crucial” para que ele decidisse o que fazer. Segundo parentes da vítima, o relacionamento entre Letycia e Diogo era conturbado. Uma tia da engenheira contou à polícia que a sobrinha falava pouco sobre o namoro com o professor, por se sentir envergonhada com a situação de estar vivendo com um homem que ainda era casado, embora ele garantisse que estava separado da mulher. Familiares da vítima definiram o professor como "ciumento, possessivo e controlador". O juiz titular da 1ª Vara Criminal da cidade aceitou as acusações contra os quatro réus.
Diogo Viola de Nadai e outros quatro réus vão a júri popular A engenheira Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, estava com 8 meses de gravidez quando foi assassinada a tiros em frente à casa de uma tia, em Campos dos Goytacazes, em março de 2023. O acusado de ser o mandante do crime é o pai da criança, o professor de Química Diogo Viola de Nadai, que era casado com outra mulher. Um recurso de sentido estrito da sua defesa foi julgado na última quinta-feira (7), e foi negado pela 5ª Câmara Criminal do Rio. Caso da grávida de Campos: Assassinato faz um ano e mãe diz sentir 'buraco eterno', com ausência da filha; réus vão a júri popular Relembre o caso: Mãe de grávida morta em Campos diz que genro foi 'teatral' a saber de morte do bebê Segundo Rafael Crespo, advogado de Diogo, a defesa fez questionamentos, por entender que haveria "cerceamento de defesa" ao cliente no processo, alegando que há provas que não constam nos autos. O tribunal, no entanto, rejeitou os questionamentos. O advogado, no entanto, não descarta a hipótese de que volte a entrar com um novo recurso em breve. — Não estamos pedindo para ele (Diogo) ser solto, mas que sejam julgadas todas as provas, para que (o cliente) tenha direito a ampla defesa — afirma Crespo sobre o cliente, detido no Presídio de Itaperuna. Grávida morta em Campos: entenda participação dos cinco suspeitos no crime O caso corre em segredo de justiça. Além de Diogo, foram presos à época do crime os ocupantes da moto — Dayson dos Santos Nascimento e Fabiano Conceição Silva — e Gabriel Machado Leite, apontado como intermediário do crime, que passou à prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico, por justificar ter dois filhos com deficiência. Os quatro réus foram pronunciados para serem julgados pelo Tribunal do Júri (júri popular) e só o professor de Química recorreu, segundo sua defesa. Com a recusa do recurso, Diogo irá a júri popular. Já o advogado Márcio Marques, assistente de acusação no caso, por sua vez, afirma que "já era esperada" a recusa dos questionamentos da defesa de Diogo. O próximo passo do processo deve ser seu retorno para a comarca de Campos. Não há data ainda para o julgamento. — O processo está muito rico de elementos probatórios e testemunhais. A própria mãe da Letycia é uma vítima sobrevivente — observa Marques. Vivi para contar: ‘No primeiro tiro, ela colocou a mão no rosto, e eu ouvi seu último grito’, conta mãe da grávida assassinada em Campos Relembre o caso O crime foi cometido enquanto Letycia deixava sua mãe, Cyntia Pessanha Fonseca, e uma tia, Simone Fonseca, na Rua Simeão Schermeth, já durante a noite. Dirigindo um gol branco, a jovem foi surpreendida por dois homens numa moto, pararam ao lado do veículo e abriram fogo. Letycia morreu, e Hugo, o bebê que gestava, chegou a nascer no hospital, mas morreu no dia seguinte ao crime. Grávida é morta a tiros e mãe fica ferida durante ataque a tiros Campos dos Goytacazes Investigações da 134ª DP (Campos) à época do assassinato mostraram que Diogo chegou a pesquisar em seu telefone, em sites de notícia, o vídeo de Letycia sendo assassinada. A existência das duas relações, para a Polícia Civil, foi crucial para que Diogo — que era casado com outra mulher — decidisse assassinar Letycia. Na representação pela prisão temporária do suspeito, à época, a delegada Natália Patrão, então titular da distrital de Campos, afirmou que, com a aproximação do nascimento do filho de Letycia com o professor, “chegou um momento crucial” para que ele decidisse o que fazer. Segundo parentes da vítima, o relacionamento entre Letycia e Diogo era conturbado. Uma tia da engenheira contou à polícia que a sobrinha falava pouco sobre o namoro com o professor, por se sentir envergonhada com a situação de estar vivendo com um homem que ainda era casado, embora ele garantisse que estava separado da mulher. Familiares da vítima definiram o professor como "ciumento, possessivo e controlador". O juiz titular da 1ª Vara Criminal da cidade aceitou as acusações contra os quatro réus.
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