Governo vai assinar acordo para Dataprev e Serpro oferecerem serviços de 'nuvem nacional' para órgãos federais
Empresas estatais vão gerir estruturas de armazenamento de dados O Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos (MGI) vai assinar nesta terça-feira um acordo de cooperação técnica com a Dataprev e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para a criação de uma infraestrutura brasileira de armazenamento em nuvem de dados. A partir da assinatura do documento, as empresas terão um mês para estabelecer o catálogo de serviços de nuvem para os demais órgãos da União, isto é, quais pacotes serão oferecidos e seus preços máximos, que devem ficar entre R$ 1,00 e R$ 2,00 por unidade de serviço de nuvem. A medida foi estabelecida no Plano Nacional de Inteligência Artificial, anunciado pelo governo em julho deste ano. A ideia é a criação da chamada "nuvem soberana", uma estrutura de armazenamento que será gerida pela Dataprev e pelo Serpro. A intenção é reforçar a proteção de dados sigilosos. Atualmente, predominam serviços de empresas estrangeiras neste setor no país. A previsão de gasto desse projeto é de R$ 1 bilhão. Para isso, Serpro e Dataprev contrataram os serviços de armazenamento da Amazon, Huawei, Google e Oracle. De modo para garantir a soberania dos dados, o governo brasileiro definiu um conceito de “nuvem híbrida”. Nessa ideia, Serpro e Dataprev contratam a infraestrutura de armazenamento dessas empresas e a instalam em seus data centers no Brasil. Ao contrário de outros serviços de nuvem, no entanto, apenas os órgãos do governo federal terão acesso aos dados armazenados, garantindo assim a segurança de informações críticas do governo. O Secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, Rogério Mascarenhas, explica que o modelo alia a segurança dos dados com as facilidades oferecidas por essas empresas privadas. — A gente compra o serviço, e é feita essa hospedagem dos dados, todas as aplicações nesse ambiente de nuvem. Só que o grande diferencial é que ele não perde as facilidades que teria na nuvem pública, porque você está contratando uma nuvem da AWS, você está contratando uma nuvem do Google. Você tem as facilidades, mas o dado que transita está dentro da empresa pública, então os provedores do serviço não têm acesso a isso — diz o secretário. Desde 2023, o MGI está realizando um diagnóstico da situação de segurança dos dados dos 254 órgãos que integram o Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp). Segundo o ministério, apenas 112 possuíam infraestruturas em salas seguras ou salas-cofre, que têm o objetivo de proteger os equipamentos e dados críticos de um data center contra danos causados por fogo, calor, gases e impactos. Desses 112 órgãos, 70% não tinham algum nível de certificação de sala segura, que garante um nível de segurança apropriado. — Tínhamos uma precariedade de infraestrutura para suportar sistemas críticos do governo — explica o secretário Mascarenhas, que completa — Chamamos as duas empresas públicas, Serpro e Dataprev, e fizemos uma proposta para que elas investissem nesse conceito que já começava a ser construído no mundo.
Empresas estatais vão gerir estruturas de armazenamento de dados O Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos (MGI) vai assinar nesta terça-feira um acordo de cooperação técnica com a Dataprev e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para a criação de uma infraestrutura brasileira de armazenamento em nuvem de dados. A partir da assinatura do documento, as empresas terão um mês para estabelecer o catálogo de serviços de nuvem para os demais órgãos da União, isto é, quais pacotes serão oferecidos e seus preços máximos, que devem ficar entre R$ 1,00 e R$ 2,00 por unidade de serviço de nuvem. A medida foi estabelecida no Plano Nacional de Inteligência Artificial, anunciado pelo governo em julho deste ano. A ideia é a criação da chamada "nuvem soberana", uma estrutura de armazenamento que será gerida pela Dataprev e pelo Serpro. A intenção é reforçar a proteção de dados sigilosos. Atualmente, predominam serviços de empresas estrangeiras neste setor no país. A previsão de gasto desse projeto é de R$ 1 bilhão. Para isso, Serpro e Dataprev contrataram os serviços de armazenamento da Amazon, Huawei, Google e Oracle. De modo para garantir a soberania dos dados, o governo brasileiro definiu um conceito de “nuvem híbrida”. Nessa ideia, Serpro e Dataprev contratam a infraestrutura de armazenamento dessas empresas e a instalam em seus data centers no Brasil. Ao contrário de outros serviços de nuvem, no entanto, apenas os órgãos do governo federal terão acesso aos dados armazenados, garantindo assim a segurança de informações críticas do governo. O Secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, Rogério Mascarenhas, explica que o modelo alia a segurança dos dados com as facilidades oferecidas por essas empresas privadas. — A gente compra o serviço, e é feita essa hospedagem dos dados, todas as aplicações nesse ambiente de nuvem. Só que o grande diferencial é que ele não perde as facilidades que teria na nuvem pública, porque você está contratando uma nuvem da AWS, você está contratando uma nuvem do Google. Você tem as facilidades, mas o dado que transita está dentro da empresa pública, então os provedores do serviço não têm acesso a isso — diz o secretário. Desde 2023, o MGI está realizando um diagnóstico da situação de segurança dos dados dos 254 órgãos que integram o Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp). Segundo o ministério, apenas 112 possuíam infraestruturas em salas seguras ou salas-cofre, que têm o objetivo de proteger os equipamentos e dados críticos de um data center contra danos causados por fogo, calor, gases e impactos. Desses 112 órgãos, 70% não tinham algum nível de certificação de sala segura, que garante um nível de segurança apropriado. — Tínhamos uma precariedade de infraestrutura para suportar sistemas críticos do governo — explica o secretário Mascarenhas, que completa — Chamamos as duas empresas públicas, Serpro e Dataprev, e fizemos uma proposta para que elas investissem nesse conceito que já começava a ser construído no mundo.
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