Governo Trump: Saiba quem são os cotados para assumir a Secretaria do Tesouro dos EUA
Investidor bilionário John Paulson está entre os nomes avaliados por Donald Trump para assumir o principal cargo ligado diretamente às decisões da maior economia do mundo O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, começa a definir nesta quinta-feira os nomes que farão parte da linha de frente de seu novo mandato na Casa Branca. Entre as principais deliberações que o republicano terá que enfrentar é quem assumirá a Secretaria de Tesouro americano, a autoridade do governo que ficará a frente das decisões executivas da maior economia do mundo. Crônica de uma revanche: Trump capitalizou insatisfação com os democratas e virou o jogo Trump 2.0: Com controle do Congresso e Judiciário 'aliado', Trump deve governar sem contrapesos em novo mandato Economistas ouvidos pelo GLOBO avaliaram que Trump vai enfrentar em seu segundo mandato um cenário econômico turbulento, com inflação e juros elevados. Um estudo publicado mês passado pelo Comitê para um Orçamento Federal Responsável, as propostas sinalizadas por Trump elevariam a dívida pública americana US$ 7,75 trilhões até 2035 — para fim de comparação, o PIB de 2024 do Brasil é calculado em US$ 2,2 trilhões pelo FMI. Propostas como a majoração de tarifas de importação e a deportação de imigrantes em massa também preocupam os economistas. Initial plugin text Entre os cotados que devem ser apresentados para Trump pela equipe de transição, segundo fonte ligadas à campanha republicana ouvidas pela imprensa internacional, está o bilionário John Paulson, gestor de fundos hedge e listado pela Forbes como um dos 1 mil homens mais ricos do mundo, que foi um importante arrecadador de campanha para a campanha do presidente eleito. Veja quem são alguns dos cotados para assumir a Secretaria do Tesouro. John Paulson Apoiador de Trump desde a campanha presidencial de 2016 e listado pela Forbes como um dos 1 mil homens mais ricos do mundo, o bilionário americano John Paulson, fundador da firma de investimento Paulson & Co. Inc. é um dos nomes que serão avaliados para assumir a Secretaria do Tesouro. Durante a campanha presidencial, o investidor endossou a campanha do republicano, chegando a promover um evento de arrecadação em sua em Palm Beach, na Flórida, em que o partido disse ter arrecadado ao menos US$ 50,5 milhões. Paulson já apoiou publicamente a criação de tarifas protecionistas para proteger a economia dos EUA, sobretudo contra práticas comerciais desleais de países estrangeiros. John Paulson, um dos cotados por Trump para assumir a Secretaria do Tesouro americano, em foto de 2021 Bloomberg Television Howard Lutnick Co-presidente da equipe de transição de Trump e uma das vozes de Wall Street que impulsionaram a campanha, Howard Lutnick é presidente-executivo da Cantor Fitzgerald, um pequeno player no mundo dos bancos de investimento. Em declarações públicas, Lutnick se mostrou alinhado aos planos delineados por Trump para a economia, sobretudo a imposição de tarifas sobre as importações da China. Ele chegou a defender que esse tipo de mecanismo fosse usado como alternativa ao imposto de renda. De economia à imigração: Como a vitória de Donald Trump nas eleições americanas pode impactar os brasileiros? Scott Bessent Ex-gerente financeiro de George Soros — figura central em uma série de narrativas desinformativas de movimentos de extrema direita pelo mundo —, Scott Bessent é gestor de fundos hedge e também foi apoiador de primeira ordem de Trump ao longo da campanha. Em declarações públicas, Bessent sugeriu que Trump pudesse demitir o presidente do Federal Reserva (o banco central americano), Jerome H. Powell, antes do fim do mandato, elogiou o uso de tarifas como ferramenta de negociação e afirmou que o próximo governo deveria cortar subsídios a indústrias como a de veículos elétricos em um esforço para "reprivatizar" a economia americana. Scott Bessent, possível indicado à Secretaria do Tesouro no segundo mandato de Trump Stefani Reynolds/Bloomberg Robert Lighthizer Advogado com atuação em ações em comércio internacional que ganhou milhões de dólares processando a China em nome de clientes americanos, Robert Lighthizer é outro dos nomes considerados por Trump para assumir o Tesouro. Com uma inclinação protecionista de longa data e um conhecimento jurídico reconhecido por funcionários que participaram do primeiro mandato do republicano, Lighthizer é visto como alguém capaz de conter impulsos de Trump ao projetar as novas tarifas que pretende impor. (Com NYT e Bloomberg)
Investidor bilionário John Paulson está entre os nomes avaliados por Donald Trump para assumir o principal cargo ligado diretamente às decisões da maior economia do mundo O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, começa a definir nesta quinta-feira os nomes que farão parte da linha de frente de seu novo mandato na Casa Branca. Entre as principais deliberações que o republicano terá que enfrentar é quem assumirá a Secretaria de Tesouro americano, a autoridade do governo que ficará a frente das decisões executivas da maior economia do mundo. Crônica de uma revanche: Trump capitalizou insatisfação com os democratas e virou o jogo Trump 2.0: Com controle do Congresso e Judiciário 'aliado', Trump deve governar sem contrapesos em novo mandato Economistas ouvidos pelo GLOBO avaliaram que Trump vai enfrentar em seu segundo mandato um cenário econômico turbulento, com inflação e juros elevados. Um estudo publicado mês passado pelo Comitê para um Orçamento Federal Responsável, as propostas sinalizadas por Trump elevariam a dívida pública americana US$ 7,75 trilhões até 2035 — para fim de comparação, o PIB de 2024 do Brasil é calculado em US$ 2,2 trilhões pelo FMI. Propostas como a majoração de tarifas de importação e a deportação de imigrantes em massa também preocupam os economistas. Initial plugin text Entre os cotados que devem ser apresentados para Trump pela equipe de transição, segundo fonte ligadas à campanha republicana ouvidas pela imprensa internacional, está o bilionário John Paulson, gestor de fundos hedge e listado pela Forbes como um dos 1 mil homens mais ricos do mundo, que foi um importante arrecadador de campanha para a campanha do presidente eleito. Veja quem são alguns dos cotados para assumir a Secretaria do Tesouro. John Paulson Apoiador de Trump desde a campanha presidencial de 2016 e listado pela Forbes como um dos 1 mil homens mais ricos do mundo, o bilionário americano John Paulson, fundador da firma de investimento Paulson & Co. Inc. é um dos nomes que serão avaliados para assumir a Secretaria do Tesouro. Durante a campanha presidencial, o investidor endossou a campanha do republicano, chegando a promover um evento de arrecadação em sua em Palm Beach, na Flórida, em que o partido disse ter arrecadado ao menos US$ 50,5 milhões. Paulson já apoiou publicamente a criação de tarifas protecionistas para proteger a economia dos EUA, sobretudo contra práticas comerciais desleais de países estrangeiros. John Paulson, um dos cotados por Trump para assumir a Secretaria do Tesouro americano, em foto de 2021 Bloomberg Television Howard Lutnick Co-presidente da equipe de transição de Trump e uma das vozes de Wall Street que impulsionaram a campanha, Howard Lutnick é presidente-executivo da Cantor Fitzgerald, um pequeno player no mundo dos bancos de investimento. Em declarações públicas, Lutnick se mostrou alinhado aos planos delineados por Trump para a economia, sobretudo a imposição de tarifas sobre as importações da China. Ele chegou a defender que esse tipo de mecanismo fosse usado como alternativa ao imposto de renda. De economia à imigração: Como a vitória de Donald Trump nas eleições americanas pode impactar os brasileiros? Scott Bessent Ex-gerente financeiro de George Soros — figura central em uma série de narrativas desinformativas de movimentos de extrema direita pelo mundo —, Scott Bessent é gestor de fundos hedge e também foi apoiador de primeira ordem de Trump ao longo da campanha. Em declarações públicas, Bessent sugeriu que Trump pudesse demitir o presidente do Federal Reserva (o banco central americano), Jerome H. Powell, antes do fim do mandato, elogiou o uso de tarifas como ferramenta de negociação e afirmou que o próximo governo deveria cortar subsídios a indústrias como a de veículos elétricos em um esforço para "reprivatizar" a economia americana. Scott Bessent, possível indicado à Secretaria do Tesouro no segundo mandato de Trump Stefani Reynolds/Bloomberg Robert Lighthizer Advogado com atuação em ações em comércio internacional que ganhou milhões de dólares processando a China em nome de clientes americanos, Robert Lighthizer é outro dos nomes considerados por Trump para assumir o Tesouro. Com uma inclinação protecionista de longa data e um conhecimento jurídico reconhecido por funcionários que participaram do primeiro mandato do republicano, Lighthizer é visto como alguém capaz de conter impulsos de Trump ao projetar as novas tarifas que pretende impor. (Com NYT e Bloomberg)
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