Governo Trump: Saiba quem são os cotados para assumir a Secretaria de Estado dos EUA
Polêmico senador da Flórida Marco Rubio é um dos cotados para gerir as relações exteriores americanas no segundo mandato Trump O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, começa a definir nesta quinta-feira os nomes que farão parte da linha de frente de seu novo mandato na Casa Branca. A expectativa é particularmente alta em nível global com quem será o indicado à secretaria de Estado, responsável pelas relações exteriores de Washington — tema particularmente delicado em se tratando da maior potência bélica e econômica do mundo, diante de um tabuleiro geopolítico marcado por conflitos deflagrados e disputas comerciais. Crônica de uma revanche: Trump capitalizou insatisfação com os democratas e virou o jogo Trump 2.0: Com controle do Congresso e Judiciário 'aliado', Trump deve governar sem contrapesos em novo mandato O primeiro mandato de Donald Trump foi marcado por uma postura até certo ponto isolacionista. O slogan de campanha, que permaneceu para o atual pleito — America Primeiro (America First, no jargão em inglês) — converteu-se em ação, sobretudo baixo o comando de Mike Pompeo, um dos principais aliados do republicano. Entre as medidas mais marcantes, Washington se retirou da Unesco, agência da ONU para Educação, a Ciência e a Cultura, e estremeceu a relação com a Otan ao pressionar seus próprios aliados a cumprir mandos e expectativas americanas, sobretudo em termos de gastos militares. Initial plugin text Entre os cotados que devem ser apresentados para Trump pela equipe de transição, segundo fonte ligadas à campanha republicana ouvidas pela imprensa internacional, está o senador da Flórida Marco Rubio, conhecido por sua aversão à normalização das relações dos EUA com regimes hostis aos EUA, como Cuba e Irã. Veja quem são alguns dos cotados para assumir a Secretaria de Estado. Marco Rubio Senador pela Flórida desde 2011, Marco Rubio é de uma família de origem cubana e construiu sua carreira política em torno de demandas comuns às gerações da diáspora que deixou a ilha caribenha desde o início do regime de Fidel Castro. Em matéria de relações exteriores, Rubio é um crítico feroz de regimes hostis aos EUA, como Cuba, Irã e Venezuela, defendendo a manutenção e aplicação de sanções contra esses adversários, em vez da criação de canais de diálogo. Considerado para ser vice de Trump nesta corrida eleitoral, o senador diverge do presidente sobre o apoio à Ucrânia, tendo participado de um esforço bipartidário com os democratas para tornar mais difícil que um presidente americano possa retirar o país da Otan. O senador Marco Rubio ouve durante uma audiência do Comitê de Inteligência do Senado em Washington, em 12 de julho de 2023 Haiyun Jiang/The New York Times Bill Hagerty Senador pelo Tennessee, Hagerty é considerado um nome forte para assumir o cargo pela proximidade e pelos serviços prestados a Trump. Parte da equipe de transição do republicano em 2016, Hagerty tem experiência com a atividade diplomática, tendo servido como embaixador dos EUA no Japão durante o governo de Shinzo Abe, e manteve um papel ativo no Comitê de Relações Exteriores do Senado. O republicano veterano deu sinais de ter uma postura crítica à ampla ajuda de Washington à Ucrânia, tendo sido um dos poucos senadores a votar contra um dos pacotes de ajuda bilionária a Kiev. Trump venceu, mas apuração não acabou: Veja placar nos estados e situação no Congresso Richard Grenell Primeiro integrante de um gabinete presidencial assumidamente gay na História dos EUA, Richard Grenell é apontado como um dos principais cotados por Trump para assumir a secretaria de Estado. Parte da ala mais radical do Partido Republicano, Grenell foi um dos principais aliados do presidente eleito em enfrentar questões internacionais a partir da óptica do movimento político Make America Great Again. Ele serviu como embaixador americano na Alemanha e como conselheiro de inteligência nacional, além de ter provado lealdade a Trump após a derrota para Joe Biden em 2020, sendo um articulador do movimento para impedir a alegada "fraude eleitoral". A agência de notícias britânica Reuters também afirmou que ele é cotado para o cargo de Conselheiro de Segurança Nacional — algo que não dependeria de aprovação do Senado. Richard Grenell discursa a favor de Donald Trump durante Convenção Nacional Republicana Kenny Holston/The New York Times Robert O'Brien Conselheiro de Segurança Nacional de Trump no primeiro mandato, O'Brien é conhecido por ser um linha-dura contra inimigos dos EUA. Apoiador do amplo envio de ajuda americana a Kiev — algo em que difere de afirmações do presidente eleito durante a campanha —, o "candidato" à secretaria se posicionou favoravelmente ao banimento da rede social chinesa TikTok dos EUA, alegando questões de segurança. O'Brien teria a seu favor a boa relação com Trump e a simpatia dos líderes aliados em Bruxelas, que atualmente temem os impactos do retorno do republicano à Casa Branca, depois de um primeiro mandato marcado por pressões. (El País
Polêmico senador da Flórida Marco Rubio é um dos cotados para gerir as relações exteriores americanas no segundo mandato Trump O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, começa a definir nesta quinta-feira os nomes que farão parte da linha de frente de seu novo mandato na Casa Branca. A expectativa é particularmente alta em nível global com quem será o indicado à secretaria de Estado, responsável pelas relações exteriores de Washington — tema particularmente delicado em se tratando da maior potência bélica e econômica do mundo, diante de um tabuleiro geopolítico marcado por conflitos deflagrados e disputas comerciais. Crônica de uma revanche: Trump capitalizou insatisfação com os democratas e virou o jogo Trump 2.0: Com controle do Congresso e Judiciário 'aliado', Trump deve governar sem contrapesos em novo mandato O primeiro mandato de Donald Trump foi marcado por uma postura até certo ponto isolacionista. O slogan de campanha, que permaneceu para o atual pleito — America Primeiro (America First, no jargão em inglês) — converteu-se em ação, sobretudo baixo o comando de Mike Pompeo, um dos principais aliados do republicano. Entre as medidas mais marcantes, Washington se retirou da Unesco, agência da ONU para Educação, a Ciência e a Cultura, e estremeceu a relação com a Otan ao pressionar seus próprios aliados a cumprir mandos e expectativas americanas, sobretudo em termos de gastos militares. Initial plugin text Entre os cotados que devem ser apresentados para Trump pela equipe de transição, segundo fonte ligadas à campanha republicana ouvidas pela imprensa internacional, está o senador da Flórida Marco Rubio, conhecido por sua aversão à normalização das relações dos EUA com regimes hostis aos EUA, como Cuba e Irã. Veja quem são alguns dos cotados para assumir a Secretaria de Estado. Marco Rubio Senador pela Flórida desde 2011, Marco Rubio é de uma família de origem cubana e construiu sua carreira política em torno de demandas comuns às gerações da diáspora que deixou a ilha caribenha desde o início do regime de Fidel Castro. Em matéria de relações exteriores, Rubio é um crítico feroz de regimes hostis aos EUA, como Cuba, Irã e Venezuela, defendendo a manutenção e aplicação de sanções contra esses adversários, em vez da criação de canais de diálogo. Considerado para ser vice de Trump nesta corrida eleitoral, o senador diverge do presidente sobre o apoio à Ucrânia, tendo participado de um esforço bipartidário com os democratas para tornar mais difícil que um presidente americano possa retirar o país da Otan. O senador Marco Rubio ouve durante uma audiência do Comitê de Inteligência do Senado em Washington, em 12 de julho de 2023 Haiyun Jiang/The New York Times Bill Hagerty Senador pelo Tennessee, Hagerty é considerado um nome forte para assumir o cargo pela proximidade e pelos serviços prestados a Trump. Parte da equipe de transição do republicano em 2016, Hagerty tem experiência com a atividade diplomática, tendo servido como embaixador dos EUA no Japão durante o governo de Shinzo Abe, e manteve um papel ativo no Comitê de Relações Exteriores do Senado. O republicano veterano deu sinais de ter uma postura crítica à ampla ajuda de Washington à Ucrânia, tendo sido um dos poucos senadores a votar contra um dos pacotes de ajuda bilionária a Kiev. Trump venceu, mas apuração não acabou: Veja placar nos estados e situação no Congresso Richard Grenell Primeiro integrante de um gabinete presidencial assumidamente gay na História dos EUA, Richard Grenell é apontado como um dos principais cotados por Trump para assumir a secretaria de Estado. Parte da ala mais radical do Partido Republicano, Grenell foi um dos principais aliados do presidente eleito em enfrentar questões internacionais a partir da óptica do movimento político Make America Great Again. Ele serviu como embaixador americano na Alemanha e como conselheiro de inteligência nacional, além de ter provado lealdade a Trump após a derrota para Joe Biden em 2020, sendo um articulador do movimento para impedir a alegada "fraude eleitoral". A agência de notícias britânica Reuters também afirmou que ele é cotado para o cargo de Conselheiro de Segurança Nacional — algo que não dependeria de aprovação do Senado. Richard Grenell discursa a favor de Donald Trump durante Convenção Nacional Republicana Kenny Holston/The New York Times Robert O'Brien Conselheiro de Segurança Nacional de Trump no primeiro mandato, O'Brien é conhecido por ser um linha-dura contra inimigos dos EUA. Apoiador do amplo envio de ajuda americana a Kiev — algo em que difere de afirmações do presidente eleito durante a campanha —, o "candidato" à secretaria se posicionou favoravelmente ao banimento da rede social chinesa TikTok dos EUA, alegando questões de segurança. O'Brien teria a seu favor a boa relação com Trump e a simpatia dos líderes aliados em Bruxelas, que atualmente temem os impactos do retorno do republicano à Casa Branca, depois de um primeiro mandato marcado por pressões. (El País e NYT)
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