G20: com divergências sobre guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, Brasil defende ‘mensagem de paz’ no texto final de reunião

Reunião de cúpula do bloco ocorre daqui a dez dias no Rio A dez dias da cúpula de líderes do G20, no Rio de Janeiro, os representantes dos países do bloco negociam a forma como as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio serão tratadas na declaração final do evento, que acontecerá nos dias 18 e 19 deste mês, no Museu de Arte Moderna (MAM). O Brasil defende que o parágrafo que fará parte do documento se limite a uma mensagem de paz, enquanto outros países querem que o tema seja discutido, sob o argumento de que esses conflitos têm impacto direto na economia mundial. Biden, Xi Jinping e Milei: saiba quais autoridades confirmaram vinda ao G-20 no Brasil Essa questão gerou um impasse na cúpula do G20 na Índia, no ano passado. Preocupado em emplacar suas principais propostas na presidência do grupo, que são o combate à fome, a reforma da governança global e o desenvolvimento sustentável, o governo brasileiro avalia que é preciso algo simples e sucinto. Por exemplo: enquanto há países que defendem uma condenação à invasão da Ucrânia pelos russos, outros, como a própria Rússia, rechaçam essa ideia. No caso da situação na Faixa de Gaza, há nações pró-Israel, como os Estados Unidos, e outros que apoiam a causa palestina. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu, mas não foi convidado pelo governo brasileiro a participar da cúpula de líderes do G20. Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que tem um mandato internacional de prisão, será representado por seu chanceler, Sergei Lavrov. Segundo explicou o sherpa (que representa o presidente da República nas reuniões) do Brasil, Maurício Lyrio, a guerra com a Rússia não é tema da cúpula. — Negociação de paz não é tema da cúpula — afirmou Lyrio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegará ao Rio no sábado, dia 16, quando participará do encerramento da reunião do G20 social. Na segunda-feira pela manhã, Lula receberá os chefes de Estado presentes para a primeira sessão do evento: o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, juntamente com a divulgação dos países que decidiram aderir. O tema é a grande prioridade de Lula, que passará a presidência do grupo para a África do Sul. No dia 19, terça-feira, haverá duas sessões, também com os temas prioritários para o Brasil. Uma delas sobre a reforma da governança global, que inclui o Conselho de Segurança da ONU e os órgãos financeiros multilaterais, com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A outra sessão será para discutir o desenvolvimento sustentável e as transições energéticas. Na parte da tarde, Lula terá várias reuniões bilaterais. Perguntado se o presidente argentino Javier Milei poderá se encontrar com o colega brasileiro, em um encontro mais formal, Lyrio disse que não sabia, mas observou que tinha a impressão de que todas as delegações pediram bilateral com o presidente Lula.

Nov 8, 2024 - 18:19
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G20: com divergências sobre guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, Brasil defende ‘mensagem de paz’ no texto final de reunião

Reunião de cúpula do bloco ocorre daqui a dez dias no Rio A dez dias da cúpula de líderes do G20, no Rio de Janeiro, os representantes dos países do bloco negociam a forma como as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio serão tratadas na declaração final do evento, que acontecerá nos dias 18 e 19 deste mês, no Museu de Arte Moderna (MAM). O Brasil defende que o parágrafo que fará parte do documento se limite a uma mensagem de paz, enquanto outros países querem que o tema seja discutido, sob o argumento de que esses conflitos têm impacto direto na economia mundial. Biden, Xi Jinping e Milei: saiba quais autoridades confirmaram vinda ao G-20 no Brasil Essa questão gerou um impasse na cúpula do G20 na Índia, no ano passado. Preocupado em emplacar suas principais propostas na presidência do grupo, que são o combate à fome, a reforma da governança global e o desenvolvimento sustentável, o governo brasileiro avalia que é preciso algo simples e sucinto. Por exemplo: enquanto há países que defendem uma condenação à invasão da Ucrânia pelos russos, outros, como a própria Rússia, rechaçam essa ideia. No caso da situação na Faixa de Gaza, há nações pró-Israel, como os Estados Unidos, e outros que apoiam a causa palestina. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu, mas não foi convidado pelo governo brasileiro a participar da cúpula de líderes do G20. Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que tem um mandato internacional de prisão, será representado por seu chanceler, Sergei Lavrov. Segundo explicou o sherpa (que representa o presidente da República nas reuniões) do Brasil, Maurício Lyrio, a guerra com a Rússia não é tema da cúpula. — Negociação de paz não é tema da cúpula — afirmou Lyrio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegará ao Rio no sábado, dia 16, quando participará do encerramento da reunião do G20 social. Na segunda-feira pela manhã, Lula receberá os chefes de Estado presentes para a primeira sessão do evento: o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, juntamente com a divulgação dos países que decidiram aderir. O tema é a grande prioridade de Lula, que passará a presidência do grupo para a África do Sul. No dia 19, terça-feira, haverá duas sessões, também com os temas prioritários para o Brasil. Uma delas sobre a reforma da governança global, que inclui o Conselho de Segurança da ONU e os órgãos financeiros multilaterais, com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A outra sessão será para discutir o desenvolvimento sustentável e as transições energéticas. Na parte da tarde, Lula terá várias reuniões bilaterais. Perguntado se o presidente argentino Javier Milei poderá se encontrar com o colega brasileiro, em um encontro mais formal, Lyrio disse que não sabia, mas observou que tinha a impressão de que todas as delegações pediram bilateral com o presidente Lula.

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