Explosão na Praça dos Três Poderes: veja o que já se sabe até agora sobre o caso
Polícia Civil identificou o homem-bomba como sendo Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos A Polícia Federal e a Polícia do Distrito Federal investigam a morte de um homem após uma explosão na noite de terça-feira na Praça dos Três Poderes, nas proximidades da sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Quase ao mesmo tempo, um carro explodiu a cerca de 500 metros dali, no estacionamento da Câmara. Saiba mais detalhes: Explosões na Praça dos Três Poderes deixam um morto e um carro incendiado Veja a foto: Homem morto na Praça dos Três Poderes usava paletó com naipes de baralho A Polícia Civil identificou o homem que morreu como sendo Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. Foi ele que, segundo a apuração, também provocou o incêndio no automóvel, que está registado em seu nome. Sequência de explosões A primeira explosão se deu por volta das 19h30, quando o carro estacionado no Anexo IV da Câmara, onde ficam localizados os gabinetes dos deputados, foi incendiado. O veículo tem placa de Santa Catarina e carregava explosivos amarrados com madeira, além de fogos de artifícios no seu interior. A investigação preliminar aponta que, após deixar o STF, Francisco caminhou até a Praça dos Três Poderes, tentou entrar na sede da Corte, mas não conseguiu. Foi então que ele se dirigiu até a entrada do prédio e se postou a alguns passos da estátua da Justiça. Ele teria acionado os explosivos no carro por meio de um detonador. De acordo com um segurança da Corte, que prestou depoimento à Polícia Civil, Luiz carregava uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua. Ele retirou alguns artefatos de dentro da bolsa e lançou em direção ao prédio. Em seguida, se deitou e explodiu uma bomba junto ao seu corpo. As imagens mostram que a explosão atingiu parte da sua cabeça e uma de suas mãos. O documento da polícia diz que uma testemunha "relatou ter ouvido cerca de duas explosões no sentido do estacionamento da Câmara dos Deputados". De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, houve um "autoextermínio com explosivo". Identidade do homem-bomba Identificado como Tiü França nas redes sociais, Luiz foi candidato a vereador em sua cidade natal, Rio do Sul, Santa Catarina, nas eleições municipais de 2020. Ele teve 98 votos e não foi eleito. Na ocasião, Luiz declarou ter um patrimônio de R$ 263 mil, incluindo a posse de três veículos, uma moto e um prédio residencial de dois pavimentos na região urbana de Rio do Sul. As redes sociais de Luiz mostram ameaças a autoridades referências a uma explosão em Brasília. O homem, que declarou a Justiça Eleitoral ser chaveiro, também postou uma foto dentro do plenário do STF, em agosto, e escreveu na legenda que “deixaram a raposa entrar no galinheiro”. Em uma das imagens postadas, ele diz que a Polícia Federal tem “72 horas” para “desarmar a bomba” e cita a casa de políticos e autoridades. Em outra, o homem cita o dia 13 de novembro, esta quarta-feira, e fala em “grande acontecimento”. Relação com 8 de janeiro O inquérito aberto para apurar o caso ficará a cargo do ministro Alexandre de Moraes, do STF, pois a Polícia Federal avalia que podem existir conexões com as investigações sobre os atos de 8 de janeiro e das milícias digitais. O episódio reforça o debate sobre a proteção da sede dos Três Poderes um ano e dez meses após os ataques golpistas . O caso é considerado “grave” e a decisão de a PF entrar no caso foi tomada rapidamente. Ela se justifica pelo fato de o ataque ter ocorrido em órgão público federal. Os investigadores ainda não sabem se ele agiu sozinho ou teve a ajuda de outras pessoas. A Polícia Civil do Distrito Federal identificou que Francisco alugou uma casa em Ceilândia há duas semanas. Investigadores também estão à procura de um trailer que era rebocado pelo carro do autor das explosões.
Polícia Civil identificou o homem-bomba como sendo Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos A Polícia Federal e a Polícia do Distrito Federal investigam a morte de um homem após uma explosão na noite de terça-feira na Praça dos Três Poderes, nas proximidades da sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Quase ao mesmo tempo, um carro explodiu a cerca de 500 metros dali, no estacionamento da Câmara. Saiba mais detalhes: Explosões na Praça dos Três Poderes deixam um morto e um carro incendiado Veja a foto: Homem morto na Praça dos Três Poderes usava paletó com naipes de baralho A Polícia Civil identificou o homem que morreu como sendo Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. Foi ele que, segundo a apuração, também provocou o incêndio no automóvel, que está registado em seu nome. Sequência de explosões A primeira explosão se deu por volta das 19h30, quando o carro estacionado no Anexo IV da Câmara, onde ficam localizados os gabinetes dos deputados, foi incendiado. O veículo tem placa de Santa Catarina e carregava explosivos amarrados com madeira, além de fogos de artifícios no seu interior. A investigação preliminar aponta que, após deixar o STF, Francisco caminhou até a Praça dos Três Poderes, tentou entrar na sede da Corte, mas não conseguiu. Foi então que ele se dirigiu até a entrada do prédio e se postou a alguns passos da estátua da Justiça. Ele teria acionado os explosivos no carro por meio de um detonador. De acordo com um segurança da Corte, que prestou depoimento à Polícia Civil, Luiz carregava uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua. Ele retirou alguns artefatos de dentro da bolsa e lançou em direção ao prédio. Em seguida, se deitou e explodiu uma bomba junto ao seu corpo. As imagens mostram que a explosão atingiu parte da sua cabeça e uma de suas mãos. O documento da polícia diz que uma testemunha "relatou ter ouvido cerca de duas explosões no sentido do estacionamento da Câmara dos Deputados". De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, houve um "autoextermínio com explosivo". Identidade do homem-bomba Identificado como Tiü França nas redes sociais, Luiz foi candidato a vereador em sua cidade natal, Rio do Sul, Santa Catarina, nas eleições municipais de 2020. Ele teve 98 votos e não foi eleito. Na ocasião, Luiz declarou ter um patrimônio de R$ 263 mil, incluindo a posse de três veículos, uma moto e um prédio residencial de dois pavimentos na região urbana de Rio do Sul. As redes sociais de Luiz mostram ameaças a autoridades referências a uma explosão em Brasília. O homem, que declarou a Justiça Eleitoral ser chaveiro, também postou uma foto dentro do plenário do STF, em agosto, e escreveu na legenda que “deixaram a raposa entrar no galinheiro”. Em uma das imagens postadas, ele diz que a Polícia Federal tem “72 horas” para “desarmar a bomba” e cita a casa de políticos e autoridades. Em outra, o homem cita o dia 13 de novembro, esta quarta-feira, e fala em “grande acontecimento”. Relação com 8 de janeiro O inquérito aberto para apurar o caso ficará a cargo do ministro Alexandre de Moraes, do STF, pois a Polícia Federal avalia que podem existir conexões com as investigações sobre os atos de 8 de janeiro e das milícias digitais. O episódio reforça o debate sobre a proteção da sede dos Três Poderes um ano e dez meses após os ataques golpistas . O caso é considerado “grave” e a decisão de a PF entrar no caso foi tomada rapidamente. Ela se justifica pelo fato de o ataque ter ocorrido em órgão público federal. Os investigadores ainda não sabem se ele agiu sozinho ou teve a ajuda de outras pessoas. A Polícia Civil do Distrito Federal identificou que Francisco alugou uma casa em Ceilândia há duas semanas. Investigadores também estão à procura de um trailer que era rebocado pelo carro do autor das explosões.
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