Ex-presidente da Bolívia Evo Morales é investigado por estupro de menor, afirma ministro da Justiça
Caso teria ocorrido em 2016, quando ele ainda estava no poder; promotora afirma ter sido destituída do cargo após pedir prisão do ex-presidente O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, que tem rivalizado com o governo de seu antigo aliado, o presidente do país, Luis Arce, está sendo investigado pelo suposto estupro de uma menor de idade, ocorrido há oito anos, quando ainda estava no poder. Segundo o ministro da Justiça, César Siles, ele teria tido um filho com a menor. — Vemos com indignação delitos graves que se tentam deixar impunes: me refiro concretamente a uma menina, uma menina estuprada em seus 15, 16 anos — disse o ministro, durante uma entrevista coletiva. — Desse estupro, foi gerada uma menina, e o pai reconhecido na certidão de nascimento é o senhor Evo Morales Ayma. Pressão: Evo Morales exige que Arce troque Gabinete em 24 horas 'se quiser continuar governando' a Bolívia Alvo de golpistas: Presidente da Bolívia vive tensão com embaixada dos EUA Segundo Siles, “existe um processo aberto”, que está “em fase de investigação”. Morales está no meio de um escândalo que estourou na quarta-feira, quando a promotora Sandra Gutiérrez denunciou que foi afastada do cargo após pedir a prisão de Evo Morales, ligada a uma investigação por “tráfico de pessoas”, que incluía uma menor de idade. O pedido de prisão de Morales, cujos detalhes não foram revelados à imprensa, aponta que, em 2016, o então presidente se envolveu com uma menor de idade, com 15 anos na época, com quem teve uma filha. Sem se referir à revelação da promotora, Evo se manifestou na rede social X “Isso não me surpreende nem me preocupa. Todos os governos neoliberais, incluindo o atual, me ameaçaram, perseguiram, prenderam, tentaram me matar. Eu não tenho medo! Eles não vão me calar!", disse o ex-presidente. Visita à Bolívia: Lula tentará reaproximar Arce e Morales para fortalecer campo democrático após tentativa de golpe de Estado Na quarta-feira, uma juíza de Santa Cruz acolheu um recurso dos advogados de Evo que deixou sem efeito a ordem de prisão, depois do qual a promotora disse ter sido destituída por ordem do procurador-geral, Juan Lanchipa. Evo Morales comandou a Bolívia entre 2006 e 2019, e impulsionou a vitória de seu sucessor, Luis Arce, que foi seu ministro da Economia por mais de uma década. Ambos romperam relações, e hoje disputam a liderança do partido governista, o Movimento ao Socialismo, e a indicação para concorrer à Presidência em 2025. Nenhuma autoridade judicial se pronunciou sobre o futuro das investigações contra Evo depois que a juíza anulou o mandado de prisão.
Caso teria ocorrido em 2016, quando ele ainda estava no poder; promotora afirma ter sido destituída do cargo após pedir prisão do ex-presidente O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, que tem rivalizado com o governo de seu antigo aliado, o presidente do país, Luis Arce, está sendo investigado pelo suposto estupro de uma menor de idade, ocorrido há oito anos, quando ainda estava no poder. Segundo o ministro da Justiça, César Siles, ele teria tido um filho com a menor. — Vemos com indignação delitos graves que se tentam deixar impunes: me refiro concretamente a uma menina, uma menina estuprada em seus 15, 16 anos — disse o ministro, durante uma entrevista coletiva. — Desse estupro, foi gerada uma menina, e o pai reconhecido na certidão de nascimento é o senhor Evo Morales Ayma. Pressão: Evo Morales exige que Arce troque Gabinete em 24 horas 'se quiser continuar governando' a Bolívia Alvo de golpistas: Presidente da Bolívia vive tensão com embaixada dos EUA Segundo Siles, “existe um processo aberto”, que está “em fase de investigação”. Morales está no meio de um escândalo que estourou na quarta-feira, quando a promotora Sandra Gutiérrez denunciou que foi afastada do cargo após pedir a prisão de Evo Morales, ligada a uma investigação por “tráfico de pessoas”, que incluía uma menor de idade. O pedido de prisão de Morales, cujos detalhes não foram revelados à imprensa, aponta que, em 2016, o então presidente se envolveu com uma menor de idade, com 15 anos na época, com quem teve uma filha. Sem se referir à revelação da promotora, Evo se manifestou na rede social X “Isso não me surpreende nem me preocupa. Todos os governos neoliberais, incluindo o atual, me ameaçaram, perseguiram, prenderam, tentaram me matar. Eu não tenho medo! Eles não vão me calar!", disse o ex-presidente. Visita à Bolívia: Lula tentará reaproximar Arce e Morales para fortalecer campo democrático após tentativa de golpe de Estado Na quarta-feira, uma juíza de Santa Cruz acolheu um recurso dos advogados de Evo que deixou sem efeito a ordem de prisão, depois do qual a promotora disse ter sido destituída por ordem do procurador-geral, Juan Lanchipa. Evo Morales comandou a Bolívia entre 2006 e 2019, e impulsionou a vitória de seu sucessor, Luis Arce, que foi seu ministro da Economia por mais de uma década. Ambos romperam relações, e hoje disputam a liderança do partido governista, o Movimento ao Socialismo, e a indicação para concorrer à Presidência em 2025. Nenhuma autoridade judicial se pronunciou sobre o futuro das investigações contra Evo depois que a juíza anulou o mandado de prisão.
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