EUA vetam nova resolução do Conselho de Segurança pedindo um cessar-fogo em Gaza
Americanos foram o único país a votar contra o texto, que determinava o retorno dos reféns e o aumento do envio de ajuda humanitária ao território Os EUA vetaram uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo em Gaza, no momento em que as negociações sobre o conflito parecem ter voltado a um estado de paralisia. O veto foi o único voto contra o texto. No G20: 'Não haverá paz nas cidades se não houver paz no mundo', diz Lula ao mencionar destruição de Faixa de Gaza por Israel Após encontro com Lula: Xi Jinping defende cessar-fogo na Faixa de Gaza e diz não haver 'solução simples' para guerra na Ucrânia A proposta, levada a plenário pelos 10 países com assentos não permanentes no órgão, estabelecia, além do fim imediato das hostilidades, que todas as partes envolvidas no conflito implementem “incondicionalmente e sem demora” o conteúdo da resolução 2735 do Conselho de Segurança, aprovada em junho: na prática, isso significaria o retorno de todos os reféns ainda em poder do Hamas e grupos aliados em Gaza, a troca por prisioneiros palestinos, o retorno de civis às suas casas em todas as partes do enclave e a retirada completa das forças militares de Israel. O texto ainda rejeitou “qualquer esforço para causar fome aos palestinos”, assim como exige medidas para a entrada rápida e sem entraves à ajuda humanitária ao redor da Faixa de Gaza, algo que desde o início da guerra não ocorre. Por fim, a proposta exige o respeito à lei humanitária internacional e, em um ponto que particularmente desagradou os israelenses, determina que a UNRWA, a agência da ONU para os palestinos, exerça seu mandato estabelecido pela Assembleia Geral — no mês passado, o Parlamento de Israel aprovou uma lei que vetava as atividades da agência em Gaza, e o governo comandado por Benjamin Netanyahu foi alertado pelo próprio Conselho para que não tentasse “desmantelar ou diminuir” a instituição. Em meio a bombardeios: Hamas diz estar 'preparado' para aceitar acordo de cessar-fogo em Gaza e pede a Trump que pressione Israel O veto foi o quarto exercido pelos EUA desde o início da guerra em Gaza. Ao justificar a decisão, as autoridades americanas usaram um argumento repetido ao longo dos últimos 13 meses. — Deixamos claro durante as negociações que não poderíamos apoiar um cessar-fogo incondicional que não libertasse os reféns — disse Robert Wood, embaixador adjunto dos EUA para a ONU, durante a sessão em Nova York. — Um fim duradouro para a guerra deve vir com a libertação dos reféns. Essas duas metas urgentes estão inextricavelmente ligadas. Esta resolução abandonou essa necessidade e, por essa razão, os Estados Unidos não puderam apoiá-la. Apagão em Gaza: Palestinos vivem no escuro há mais de um ano após Israel cortar rede elétrica Segundo diplomatas americanos, embora o texto estipule o retorno dos reféns, a linguagem usada sugere que isso apenas aconteceria após o fim dos combates, o que desagradou Washington. — É um dia triste para o Conselho de Segurança, para as Nações Unidas e para a comunidade internacional — disse o embaixador da Argélia na ONU, Amar Bendjama, afirmando que os 14 países que votaram a favor da proposta falaram “pela maior parte da comunidade internacional”. Premier de Israel, Benjamin Netanyahu, durante visita à Faixa de Gaza GPO / AFP O novo veto ocorre em meio à paralisação quase completa do diálogo para o fim do conflito, e diante de uma retórica cada vez mais explosiva de Israel. Na terça-feira, o premier Benjamin Netanyahu esteve na Faixa de Gaza, na área conhecida como Corredor de Netzarim, que praticamente divide o enclave ao meio. Ao mesmo tempo em que prometeu uma recompensa de US$ 5 milhões para quem entregar um dos cerca de 100 reféns ainda no enclave, disse que os militares estão “fazendo um trabalho maravilhoso”. — “Aqui, no centro da Faixa de Gaza e em toda a Faixa de Gaza, eles alcançaram excelentes resultados — disse Netanyahu, de acordo com um comunicado oficial. — E o melhor ainda está por vir. O Hamas não existirá mais em Gaza.
Americanos foram o único país a votar contra o texto, que determinava o retorno dos reféns e o aumento do envio de ajuda humanitária ao território Os EUA vetaram uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo em Gaza, no momento em que as negociações sobre o conflito parecem ter voltado a um estado de paralisia. O veto foi o único voto contra o texto. No G20: 'Não haverá paz nas cidades se não houver paz no mundo', diz Lula ao mencionar destruição de Faixa de Gaza por Israel Após encontro com Lula: Xi Jinping defende cessar-fogo na Faixa de Gaza e diz não haver 'solução simples' para guerra na Ucrânia A proposta, levada a plenário pelos 10 países com assentos não permanentes no órgão, estabelecia, além do fim imediato das hostilidades, que todas as partes envolvidas no conflito implementem “incondicionalmente e sem demora” o conteúdo da resolução 2735 do Conselho de Segurança, aprovada em junho: na prática, isso significaria o retorno de todos os reféns ainda em poder do Hamas e grupos aliados em Gaza, a troca por prisioneiros palestinos, o retorno de civis às suas casas em todas as partes do enclave e a retirada completa das forças militares de Israel. O texto ainda rejeitou “qualquer esforço para causar fome aos palestinos”, assim como exige medidas para a entrada rápida e sem entraves à ajuda humanitária ao redor da Faixa de Gaza, algo que desde o início da guerra não ocorre. Por fim, a proposta exige o respeito à lei humanitária internacional e, em um ponto que particularmente desagradou os israelenses, determina que a UNRWA, a agência da ONU para os palestinos, exerça seu mandato estabelecido pela Assembleia Geral — no mês passado, o Parlamento de Israel aprovou uma lei que vetava as atividades da agência em Gaza, e o governo comandado por Benjamin Netanyahu foi alertado pelo próprio Conselho para que não tentasse “desmantelar ou diminuir” a instituição. Em meio a bombardeios: Hamas diz estar 'preparado' para aceitar acordo de cessar-fogo em Gaza e pede a Trump que pressione Israel O veto foi o quarto exercido pelos EUA desde o início da guerra em Gaza. Ao justificar a decisão, as autoridades americanas usaram um argumento repetido ao longo dos últimos 13 meses. — Deixamos claro durante as negociações que não poderíamos apoiar um cessar-fogo incondicional que não libertasse os reféns — disse Robert Wood, embaixador adjunto dos EUA para a ONU, durante a sessão em Nova York. — Um fim duradouro para a guerra deve vir com a libertação dos reféns. Essas duas metas urgentes estão inextricavelmente ligadas. Esta resolução abandonou essa necessidade e, por essa razão, os Estados Unidos não puderam apoiá-la. Apagão em Gaza: Palestinos vivem no escuro há mais de um ano após Israel cortar rede elétrica Segundo diplomatas americanos, embora o texto estipule o retorno dos reféns, a linguagem usada sugere que isso apenas aconteceria após o fim dos combates, o que desagradou Washington. — É um dia triste para o Conselho de Segurança, para as Nações Unidas e para a comunidade internacional — disse o embaixador da Argélia na ONU, Amar Bendjama, afirmando que os 14 países que votaram a favor da proposta falaram “pela maior parte da comunidade internacional”. Premier de Israel, Benjamin Netanyahu, durante visita à Faixa de Gaza GPO / AFP O novo veto ocorre em meio à paralisação quase completa do diálogo para o fim do conflito, e diante de uma retórica cada vez mais explosiva de Israel. Na terça-feira, o premier Benjamin Netanyahu esteve na Faixa de Gaza, na área conhecida como Corredor de Netzarim, que praticamente divide o enclave ao meio. Ao mesmo tempo em que prometeu uma recompensa de US$ 5 milhões para quem entregar um dos cerca de 100 reféns ainda no enclave, disse que os militares estão “fazendo um trabalho maravilhoso”. — “Aqui, no centro da Faixa de Gaza e em toda a Faixa de Gaza, eles alcançaram excelentes resultados — disse Netanyahu, de acordo com um comunicado oficial. — E o melhor ainda está por vir. O Hamas não existirá mais em Gaza.
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