Estação espacial em risco: rachaduras e vazamentos levam Nasa a planejar evacuação de emergência
Em julho, foram pagos mais de 260 mil dólares à SpaceX, de Elon Musk, para elaborar um plano de evacuação de emergência para astronautas americanos que atualmente dependem de naves russas para voltar à Terra Há mais de 20 anos, a Estação Espacial Internacional (ISS) orbita a Terra, gerando descobertas científicas e avanços na exploração espacial. Mas o que sempre foi um símbolo de inovação agora vive um momento de alerta: a Nasa identificou 50 áreas estruturais preocupantes, incluindo vazamentos e rachaduras, que ameaçam a segurança dos astronautas. Na última semana, os tripulantes foram orientados a se preparar para uma possível evacuação emergencial, enquanto a Nasa e a agência russa Roscosmos monitoram de perto um vazamento crescente no Módulo de Serviço Russo, Zvezda, onde as rachaduras foram classificadas no nível máximo de risco. Entenda: O que a Coreia do Norte ganha enviando tropas para lutar na Rússia contra a Ucrânia? Brics: Putin despista sobre Coreia do Norte, critica Kiev e elogia Trump O vazamento no módulo Zvezda não é recente. Desde 2019, foram detectados escapes de ar, mas tentativas de reparo com remendos e selantes não impediram o agravamento. Em fevereiro, a situação atingiu um ponto crítico, com perdas diárias de cerca de 1,08 kg de ar. Em abril, as taxas de vazamento subiram para um recorde de 1,68 kg diários, levando a Nasa a elevar o alerta ao nível máximo e a considerar planos de contingência. A Estação Espacial Internacional tem sido ocupada continuamente por mais de 20 anos e foi expandida com vários novos módulos adicionados e atualizações de sistemas Nasa Em resposta a esse cenário, astronautas foram orientados a permanecer na seção americana da ISS quando o módulo Zvezda estiver em uso, permitindo uma evacuação rápida caso a situação piore. Em julho, a Nasa pagou à SpaceX, de Elon Musk, mais de 260 mil dólares para desenvolver um plano de evacuação de emergência para astronautas americanos, que atualmente dependem de naves russas para retornarem à Terra. Lixo espacial: outro risco crescente Além dos vazamentos, a Nasa alertou para o aumento de riscos associados a micrometeoros e detritos espaciais. Esses pequenos pedaços de material, que circulam a altas velocidades, representam um grande risco de colisão e danos graves. Estima-se que existam 100 milhões de detritos orbitais menores não rastreados, que podem atingir estruturas e causar problemas graves. Embora a seção americana da ISS conte com escudos capazes de suportar impactos de detritos de até 3 cm, peças maiores permanecem sem proteção, aumentando a exposição da estrutura a danos críticos. A Estação Espacial Internacional tem sido ocupada continuamente por mais de 20 anos e foi expandida com vários novos módulos adicionados e atualizações de sistemas Nasa Um recente relatório do Escritório do Inspetor Geral (OIG) da Nasa destacou que os riscos de colisão são preocupantes e que a estação, além de já operar além de sua vida útil inicial, começa a mostrar sinais significativos de desgaste. Os planos da Nasa preveem a operação da ISS até 2030, com uma saída de órbita controlada e desmantelamento. Contudo, essa meta enfrenta incertezas, pois a Rússia não garantiu apoio para estender o funcionamento da ISS até essa data. Caso a Roscosmos interrompa suas operações antes de 2030, o futuro seguro da estação espacial se torna incerto, exigindo novas alternativas. Em maio e junho, representantes da Nasa viajaram à Rússia para discutir o aumento dos riscos, com foco em negociações sobre o fechamento noturno do módulo Zvezda, uma medida preventiva para conter a perda de ar. As duas agências têm cooperado também para identificar a origem do vazamento, mas ainda não conseguiram estabelecer quando o índice de perda de ar pode ser considerado insustentável para a segurança. De acordo com o administrador associado da Nasa, Jim Free, em entrevista ao Washington Post, o problema já tinha sido comunicado diversas vezes, inclusive em reuniões na Rússia, para garantir que as medidas preventivas fossem implementadas. A situação se torna mais preocupante diante do orçamento limitado, que impede a criação de novos veículos prontos para lançamento imediato e evacuação em caso de danos graves aos veículos da ISS. A Estação Espacial Internacional tem sido ocupada continuamente por mais de 20 anos e foi expandida com vários novos módulos adicionados e atualizações de sistemas Nasa Com um custo estimado em 100 bilhões de dólares, a ISS representa uma das mais complexas e caras estruturas criadas pela humanidade. Desde sua construção, a estação tem recebido astronautas e cosmonautas de diversas nacionalidades, com equipes dos Estados Unidos, Rússia, Europa e Japão participando da rotação de tripulação. Ao longo dos anos, a ISS se tornou um centro de pesquisa para estudos em gravidade zero, medicina espacial, biologia e ciências físicas. A Estação Espacial Internacional tem sido ocupada continuamente por mais de 20 anos e foi expandida com vários
Em julho, foram pagos mais de 260 mil dólares à SpaceX, de Elon Musk, para elaborar um plano de evacuação de emergência para astronautas americanos que atualmente dependem de naves russas para voltar à Terra Há mais de 20 anos, a Estação Espacial Internacional (ISS) orbita a Terra, gerando descobertas científicas e avanços na exploração espacial. Mas o que sempre foi um símbolo de inovação agora vive um momento de alerta: a Nasa identificou 50 áreas estruturais preocupantes, incluindo vazamentos e rachaduras, que ameaçam a segurança dos astronautas. Na última semana, os tripulantes foram orientados a se preparar para uma possível evacuação emergencial, enquanto a Nasa e a agência russa Roscosmos monitoram de perto um vazamento crescente no Módulo de Serviço Russo, Zvezda, onde as rachaduras foram classificadas no nível máximo de risco. Entenda: O que a Coreia do Norte ganha enviando tropas para lutar na Rússia contra a Ucrânia? Brics: Putin despista sobre Coreia do Norte, critica Kiev e elogia Trump O vazamento no módulo Zvezda não é recente. Desde 2019, foram detectados escapes de ar, mas tentativas de reparo com remendos e selantes não impediram o agravamento. Em fevereiro, a situação atingiu um ponto crítico, com perdas diárias de cerca de 1,08 kg de ar. Em abril, as taxas de vazamento subiram para um recorde de 1,68 kg diários, levando a Nasa a elevar o alerta ao nível máximo e a considerar planos de contingência. A Estação Espacial Internacional tem sido ocupada continuamente por mais de 20 anos e foi expandida com vários novos módulos adicionados e atualizações de sistemas Nasa Em resposta a esse cenário, astronautas foram orientados a permanecer na seção americana da ISS quando o módulo Zvezda estiver em uso, permitindo uma evacuação rápida caso a situação piore. Em julho, a Nasa pagou à SpaceX, de Elon Musk, mais de 260 mil dólares para desenvolver um plano de evacuação de emergência para astronautas americanos, que atualmente dependem de naves russas para retornarem à Terra. Lixo espacial: outro risco crescente Além dos vazamentos, a Nasa alertou para o aumento de riscos associados a micrometeoros e detritos espaciais. Esses pequenos pedaços de material, que circulam a altas velocidades, representam um grande risco de colisão e danos graves. Estima-se que existam 100 milhões de detritos orbitais menores não rastreados, que podem atingir estruturas e causar problemas graves. Embora a seção americana da ISS conte com escudos capazes de suportar impactos de detritos de até 3 cm, peças maiores permanecem sem proteção, aumentando a exposição da estrutura a danos críticos. A Estação Espacial Internacional tem sido ocupada continuamente por mais de 20 anos e foi expandida com vários novos módulos adicionados e atualizações de sistemas Nasa Um recente relatório do Escritório do Inspetor Geral (OIG) da Nasa destacou que os riscos de colisão são preocupantes e que a estação, além de já operar além de sua vida útil inicial, começa a mostrar sinais significativos de desgaste. Os planos da Nasa preveem a operação da ISS até 2030, com uma saída de órbita controlada e desmantelamento. Contudo, essa meta enfrenta incertezas, pois a Rússia não garantiu apoio para estender o funcionamento da ISS até essa data. Caso a Roscosmos interrompa suas operações antes de 2030, o futuro seguro da estação espacial se torna incerto, exigindo novas alternativas. Em maio e junho, representantes da Nasa viajaram à Rússia para discutir o aumento dos riscos, com foco em negociações sobre o fechamento noturno do módulo Zvezda, uma medida preventiva para conter a perda de ar. As duas agências têm cooperado também para identificar a origem do vazamento, mas ainda não conseguiram estabelecer quando o índice de perda de ar pode ser considerado insustentável para a segurança. De acordo com o administrador associado da Nasa, Jim Free, em entrevista ao Washington Post, o problema já tinha sido comunicado diversas vezes, inclusive em reuniões na Rússia, para garantir que as medidas preventivas fossem implementadas. A situação se torna mais preocupante diante do orçamento limitado, que impede a criação de novos veículos prontos para lançamento imediato e evacuação em caso de danos graves aos veículos da ISS. A Estação Espacial Internacional tem sido ocupada continuamente por mais de 20 anos e foi expandida com vários novos módulos adicionados e atualizações de sistemas Nasa Com um custo estimado em 100 bilhões de dólares, a ISS representa uma das mais complexas e caras estruturas criadas pela humanidade. Desde sua construção, a estação tem recebido astronautas e cosmonautas de diversas nacionalidades, com equipes dos Estados Unidos, Rússia, Europa e Japão participando da rotação de tripulação. Ao longo dos anos, a ISS se tornou um centro de pesquisa para estudos em gravidade zero, medicina espacial, biologia e ciências físicas. A Estação Espacial Internacional tem sido ocupada continuamente por mais de 20 anos e foi expandida com vários novos módulos adicionados e atualizações de sistemas Nasa O programa custa aproximadamente três bilhões de dólares anuais à Nasa, sendo complementado com contribuições de agências internacionais. Porém, o financiamento não é o único desafio para a continuidade do projeto. Além dos custos operacionais, o envelhecimento da estrutura e o aumento dos riscos de danos causados por detritos espaciais impõem limites para as operações da estação. Pequenos pedaços de material em órbita, que não são rastreados, representam perigo para as estruturas da ISS, para as espaçonaves visitantes e para a própria segurança da tripulação NASA Uma estrutura que resiste ao tempo e ao espaço O futuro da ISS após 2030 está envolto em discussões e planos alternativos. A Nasa trabalha com a SpaceX no desenvolvimento de um veículo capaz de realizar a retirada controlada da estação ao final de sua operação, um investimento que pode ultrapassar 843 milhões de dólares. No entanto, a possibilidade de uma retirada segura depende do comprometimento da Rússia e da continuidade das operações em conjunto. Enquanto isso, empresas privadas, como a Axiom Space, planejam enviar módulos para uso comercial, e a Nasa e a Roscosmos visam explorar novos horizontes, com planos para uma base lunar. A Nasa também colabora com a Agência Espacial Europeia (ESA), a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) e a Agência Espacial Canadense (CSA) na construção de uma estação lunar. A China e a Rússia, por sua vez, têm projetos em desenvolvimento para uma plataforma orbital lunar e uma base na superfície. Apesar de estar além de sua vida útil prevista, a ISS continua a ser um ícone da cooperação internacional e da exploração espacial. A estrutura, que abriga peças de reposição já em uso há mais de 10 anos, é constantemente monitorada e revisada para garantir que a tripulação permaneça segura enquanto o laboratório orbital ainda esteja em operação. Embora os astronautas tenham sido aconselhados a se preparar para evacuações de emergência, a Nasa assegura que o risco à integridade da estação e à vida humana, por enquanto, é controlável.
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