Enem 2024: caderno de questões volta a circular antes do horário permitido no segundo dia de aplicação
Inep afirma que deixar o local de prova portando o caderno de questões antes dos 30 minutos é motivo de eliminação e que casos 'não comprometem a lisura do certame' Imagens do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2024 voltaram a circular em redes sociais depois do início da aplicação, mas antes de 18h, horário em que estudantes podem sair com o exame em mãos. O GLOBO recebeu as primeiras imagens às 17h36 e notificou o Inep, organizador da prova. Esse é um problema que ocorreu no último domingo e também nos dois dias de aplicação em 2023. Gabarito Enem 2024 2º dia: confira a correção extraoficial da prova Gabarito extraoficial do Enem 2024: Veja como conferir as respostas das provas O GLOBO recebeu as imagens de todas as páginas da prova em formato de PDF. Em nota, o Inep informou que deixar o local de prova portando o caderno de questões antes dos 30 minutos é "motivo de eliminação do participante, nos termos do tópico 12.1.24 do edital do Enem 2024" e que os casos "são registrados em ata de sala de aplicação e não comprometem a lisura do certame". Em maio desse ano, a Polícia Federal informou que identificou a pessoa responsável por repassar imagens da prova em 2023 durante sua aplicação. A investigação concluiu que uma pessoa contratada para aplicar a prova do ENEM na cidade de Belém (PA) tirou uma foto da prova de redação às 13h50, quando o exame ainda estava em andamento, e encaminhou a uma amiga, professora. "A conduta de utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de processo seletivo para ingresso no ensino superior, pode gerar uma pena de reclusão de um a quatro anos e multa", divulgou a PF. Em 2023, antes do fim da aplicação, também circulou em grupos de WhatsApp fotos da prova completa. A PF não informou se esse episódio foi investigado. Em 2019, um aplicador de provas vazou a foto de uma página também da redação. Na época, segundo o então ministro, Abraham Weintraub, não houve dano nenhum por conta da circulação das imagens. — Ninguém foi lesado. Mas houve a tentativa de macular, colocar em xeque. Foi um péssimo profissional. Mexe coma vida de cinco milhões de famílias. A gente vai localizar — afirmou, à época. Os casos de 2023 e 2024 são diferentes do que aconteceu em 2009, quando houve o mais grave episódio da história do exame. Naquele ano, houve um vazamento, com as provas circulando antes do início da aplicação. O Ministério da Educação foi obrigado a cancelar a prova e a remarcar o exame com dois meses de atraso após ser totalmente refeito. Parte das universidades que usariam o resultado nos processos seletivos desistiram de contar com a nota. Envolvidos no vazamento foram indiciados.
Inep afirma que deixar o local de prova portando o caderno de questões antes dos 30 minutos é motivo de eliminação e que casos 'não comprometem a lisura do certame' Imagens do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2024 voltaram a circular em redes sociais depois do início da aplicação, mas antes de 18h, horário em que estudantes podem sair com o exame em mãos. O GLOBO recebeu as primeiras imagens às 17h36 e notificou o Inep, organizador da prova. Esse é um problema que ocorreu no último domingo e também nos dois dias de aplicação em 2023. Gabarito Enem 2024 2º dia: confira a correção extraoficial da prova Gabarito extraoficial do Enem 2024: Veja como conferir as respostas das provas O GLOBO recebeu as imagens de todas as páginas da prova em formato de PDF. Em nota, o Inep informou que deixar o local de prova portando o caderno de questões antes dos 30 minutos é "motivo de eliminação do participante, nos termos do tópico 12.1.24 do edital do Enem 2024" e que os casos "são registrados em ata de sala de aplicação e não comprometem a lisura do certame". Em maio desse ano, a Polícia Federal informou que identificou a pessoa responsável por repassar imagens da prova em 2023 durante sua aplicação. A investigação concluiu que uma pessoa contratada para aplicar a prova do ENEM na cidade de Belém (PA) tirou uma foto da prova de redação às 13h50, quando o exame ainda estava em andamento, e encaminhou a uma amiga, professora. "A conduta de utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de processo seletivo para ingresso no ensino superior, pode gerar uma pena de reclusão de um a quatro anos e multa", divulgou a PF. Em 2023, antes do fim da aplicação, também circulou em grupos de WhatsApp fotos da prova completa. A PF não informou se esse episódio foi investigado. Em 2019, um aplicador de provas vazou a foto de uma página também da redação. Na época, segundo o então ministro, Abraham Weintraub, não houve dano nenhum por conta da circulação das imagens. — Ninguém foi lesado. Mas houve a tentativa de macular, colocar em xeque. Foi um péssimo profissional. Mexe coma vida de cinco milhões de famílias. A gente vai localizar — afirmou, à época. Os casos de 2023 e 2024 são diferentes do que aconteceu em 2009, quando houve o mais grave episódio da história do exame. Naquele ano, houve um vazamento, com as provas circulando antes do início da aplicação. O Ministério da Educação foi obrigado a cancelar a prova e a remarcar o exame com dois meses de atraso após ser totalmente refeito. Parte das universidades que usariam o resultado nos processos seletivos desistiram de contar com a nota. Envolvidos no vazamento foram indiciados.
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