Em meio a tensão no Oriente Médio, Bolsa fecha em alta apoiada por valorização do petróleo
Ibovespa encerrou dia em alta de 0,51%, diante de dia negativo para Bolsas nos EUA e Europa com escalada dos conflitos entre Irã e Israel Na contramão das principais Bolsas do mundo, o Ibovespa encerrou o dia em alta, a 0,51%, aos 132.495 pontos. A valorização aconteceu diante da escalada das tensões no Oriente Médio, o que provocou uma fuga de ativos de risco e valorizou o dólar em todo mundo. Por aqui, o índice foi impulsionado por ações de petrolíferas, acompanhando a alta da commodity, e de empresas voltadas ao mercado doméstico. Com o iminente ataque do Irã a Israel no radar ainda pela manhã, o barril do Brent chegou a valorizar cerca de 5% durante o início da tarde desta terça-feira, mas encerrou as negociações em Londres em alta de 2,6%, a US$ 73,56. O Oriente Médio responde a pelo menos um terço de toda a produção global do óleo, aumentando o receio de um possível freio na produção. Papéis de petrolíferas brasileiras ligadas à commodity acompanharam o barril: os papéis preferenciais da Petrobras (PN, sem voto) e ordinários (ON, sem voto) subiram 2,67% cada, a R$ 36,97 (PN) e R$ 40,32 (ON); a Prio subiu 2,15%, a R$ 44,26, enquanto a Brava (ex-3R) subiu 1,87, a R$ 17,96. Durante as negociações, algumas alcançaram alta expressiva, de mais de 4%. Correspondendo aos ataques, os principais índices americanos recuaram. O índice Dow Jones, que havia registrado sua máxima histórica na segunda-feira, caiu 0,41%, aos 42.156 pontos; o S&P 500 cedeu 0,93%, aos 5.708 pontos, enquanto o Nasdaq, que concentra papéis de tecnologia, caiu 1,53%, aos 17.19 pontos. O VIX, que mede a volatilidade e é conhecido como “índice do medo”, chegou a subir 23,9% durante o pregão. Na Europa, o Euro Stoxx 50, que concentra ações de diversas empresas do continente, cedeu 0,93%. Em Paris, o índice CAC 40 encerrou em baixa de 0,81%, enquanto o DAX, em Frankfurt, desvalorizou 0,58% Para Jerson Zanlorenzi, gerente da mesa de ações do BTG Pactual, o estresse visto nesta segunda só tende a impactar as ações de forma mais intensa caso haja um alongamento da crise: — O que eu acho que vai ditar o geopolítico é o tamanho das escaladas. Se tivermos o que vimos nas últimas situações, que foram isoladas, com impactos que não tiveram grandes desdobramentos, vamos ver o mercado na linha do que vimos hoje (ontem). Agora, se o conflito armado for bem maior, vamos entrar num movimento de aversão à risco, dado as preocupações. Com a redução dos juros futuros médios e longos, as empresas voltadas ao mercado doméstico, sensíveis a esse movimento, também valorizaram, dando fôlego à alta das petrolíferas. — Abre-se a janela para um trimestre que é até mais favorável à ativos de risco. Soma-se isso a um movimento dos principais banco centrais do mundo cortando juros, como o (Banco Central) Europeu e o Fed (nos EUA), e, mais recentemente, uma China se somando a esse processo de adição de liquidez no panorama global — afirma Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez, sobre a valorização das empresas voltadas ao consumo nacional. Initial plugin text
Ibovespa encerrou dia em alta de 0,51%, diante de dia negativo para Bolsas nos EUA e Europa com escalada dos conflitos entre Irã e Israel Na contramão das principais Bolsas do mundo, o Ibovespa encerrou o dia em alta, a 0,51%, aos 132.495 pontos. A valorização aconteceu diante da escalada das tensões no Oriente Médio, o que provocou uma fuga de ativos de risco e valorizou o dólar em todo mundo. Por aqui, o índice foi impulsionado por ações de petrolíferas, acompanhando a alta da commodity, e de empresas voltadas ao mercado doméstico. Com o iminente ataque do Irã a Israel no radar ainda pela manhã, o barril do Brent chegou a valorizar cerca de 5% durante o início da tarde desta terça-feira, mas encerrou as negociações em Londres em alta de 2,6%, a US$ 73,56. O Oriente Médio responde a pelo menos um terço de toda a produção global do óleo, aumentando o receio de um possível freio na produção. Papéis de petrolíferas brasileiras ligadas à commodity acompanharam o barril: os papéis preferenciais da Petrobras (PN, sem voto) e ordinários (ON, sem voto) subiram 2,67% cada, a R$ 36,97 (PN) e R$ 40,32 (ON); a Prio subiu 2,15%, a R$ 44,26, enquanto a Brava (ex-3R) subiu 1,87, a R$ 17,96. Durante as negociações, algumas alcançaram alta expressiva, de mais de 4%. Correspondendo aos ataques, os principais índices americanos recuaram. O índice Dow Jones, que havia registrado sua máxima histórica na segunda-feira, caiu 0,41%, aos 42.156 pontos; o S&P 500 cedeu 0,93%, aos 5.708 pontos, enquanto o Nasdaq, que concentra papéis de tecnologia, caiu 1,53%, aos 17.19 pontos. O VIX, que mede a volatilidade e é conhecido como “índice do medo”, chegou a subir 23,9% durante o pregão. Na Europa, o Euro Stoxx 50, que concentra ações de diversas empresas do continente, cedeu 0,93%. Em Paris, o índice CAC 40 encerrou em baixa de 0,81%, enquanto o DAX, em Frankfurt, desvalorizou 0,58% Para Jerson Zanlorenzi, gerente da mesa de ações do BTG Pactual, o estresse visto nesta segunda só tende a impactar as ações de forma mais intensa caso haja um alongamento da crise: — O que eu acho que vai ditar o geopolítico é o tamanho das escaladas. Se tivermos o que vimos nas últimas situações, que foram isoladas, com impactos que não tiveram grandes desdobramentos, vamos ver o mercado na linha do que vimos hoje (ontem). Agora, se o conflito armado for bem maior, vamos entrar num movimento de aversão à risco, dado as preocupações. Com a redução dos juros futuros médios e longos, as empresas voltadas ao mercado doméstico, sensíveis a esse movimento, também valorizaram, dando fôlego à alta das petrolíferas. — Abre-se a janela para um trimestre que é até mais favorável à ativos de risco. Soma-se isso a um movimento dos principais banco centrais do mundo cortando juros, como o (Banco Central) Europeu e o Fed (nos EUA), e, mais recentemente, uma China se somando a esse processo de adição de liquidez no panorama global — afirma Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez, sobre a valorização das empresas voltadas ao consumo nacional. Initial plugin text
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