Em meio a escândalo por agressões físicas e sexuais, chefe da igreja anglicana renuncia na Inglaterra
De acordo com relatório, 390 pessoas vinculadas à Igreja da Inglaterra foram condenadas por crimes sexuais desde a década de 1940 até 2018 O líder da Igreja Anglicana, o Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, apresentou sua renúncia na terça-feira em um comunicado, após acusações de que sua instituição encobriu durante anos agressões físicas e sexuais a menores por um advogado vinculado a ela. Veja: Montagem de equipe de Trump confirma tendência para políticas migratórias radicais em segundo mandato Saiba mais: Justiça do Chile ordena que membro da segurança do presidente do Vietnã deixe o país após denúncia de abuso sexual "Espero que esta decisão deixe claro o quanto a Igreja da Inglaterra entende a necessidade de mudança e nosso profundo compromisso em criar uma instituição mais segura", disse Welby no comunicado. Entre a década de 1970 e meados da de 2010, John Smyth, um advogado que presidia uma organização de caridade vinculada à Igreja e que organizava acampamentos de férias, abusou sexualmente de 130 crianças e jovens no Reino Unido e depois na África, em particular no Zimbábue e na África do Sul, onde se estabeleceu. A Igreja foi oficialmente informada sobre esses fatos em 2013, mas muitos responsáveis já sabiam sobre o caso desde a década de 1980 e os mantiveram em silêncio como parte de uma "campanha de encobrimento", concluiu uma investigação encomendada pela própria Igreja, em um relatório publicado na quinta-feira. O Arcebispo de Canterbury Justin Welby sorri na Abadia de Westminster, no centro de Londres, em 6 de maio de 2023, antes das coroações do Rei Charles III da Grã-Bretanha e da Rainha Consorte Camilla da Grã-Bretanha Andrew Milligan / POOL / AFP Entre outras coisas, ele levava crianças pequenas para sua casa no sul da Inglaterra, onde as golpeava com um bastão, às vezes até fazê-las sangrar, citando justificativas teológicas. O relatório também conclui que o arcebispo de Cantuária "poderia e deveria ter denunciado" à polícia a violência cometida pelo advogado a partir de 2013, quando se tornou primaz da Igreja da Inglaterra. Smyth morreu em 2018, na África do Sul, aos 75 anos, sem ter sido julgado. O caso só veio à tona em 2017, após a exibição de um documentário da rede de televisão Channel 4. Após a publicação do relatório, Justin Welby afirmou que não tinha "nem ideia nem suspeita" antes de 2013, mas reconheceu que falhou pessoalmente por não ter conseguido garantir que, após essa data, a "horrível tragédia" fosse investigada. Apesar de seu pedido de desculpas, três membros do Sínodo Geral, o órgão responsável por decidir sobre questões doutrinárias da Igreja da Inglaterra, lançaram uma petição neste fim de semana em que pediam sua renúncia. De acordo com outro relatório publicado há quatro anos, 390 pessoas vinculadas à Igreja da Inglaterra foram condenadas por crimes sexuais desde a década de 1940 até 2018.
De acordo com relatório, 390 pessoas vinculadas à Igreja da Inglaterra foram condenadas por crimes sexuais desde a década de 1940 até 2018 O líder da Igreja Anglicana, o Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, apresentou sua renúncia na terça-feira em um comunicado, após acusações de que sua instituição encobriu durante anos agressões físicas e sexuais a menores por um advogado vinculado a ela. Veja: Montagem de equipe de Trump confirma tendência para políticas migratórias radicais em segundo mandato Saiba mais: Justiça do Chile ordena que membro da segurança do presidente do Vietnã deixe o país após denúncia de abuso sexual "Espero que esta decisão deixe claro o quanto a Igreja da Inglaterra entende a necessidade de mudança e nosso profundo compromisso em criar uma instituição mais segura", disse Welby no comunicado. Entre a década de 1970 e meados da de 2010, John Smyth, um advogado que presidia uma organização de caridade vinculada à Igreja e que organizava acampamentos de férias, abusou sexualmente de 130 crianças e jovens no Reino Unido e depois na África, em particular no Zimbábue e na África do Sul, onde se estabeleceu. A Igreja foi oficialmente informada sobre esses fatos em 2013, mas muitos responsáveis já sabiam sobre o caso desde a década de 1980 e os mantiveram em silêncio como parte de uma "campanha de encobrimento", concluiu uma investigação encomendada pela própria Igreja, em um relatório publicado na quinta-feira. O Arcebispo de Canterbury Justin Welby sorri na Abadia de Westminster, no centro de Londres, em 6 de maio de 2023, antes das coroações do Rei Charles III da Grã-Bretanha e da Rainha Consorte Camilla da Grã-Bretanha Andrew Milligan / POOL / AFP Entre outras coisas, ele levava crianças pequenas para sua casa no sul da Inglaterra, onde as golpeava com um bastão, às vezes até fazê-las sangrar, citando justificativas teológicas. O relatório também conclui que o arcebispo de Cantuária "poderia e deveria ter denunciado" à polícia a violência cometida pelo advogado a partir de 2013, quando se tornou primaz da Igreja da Inglaterra. Smyth morreu em 2018, na África do Sul, aos 75 anos, sem ter sido julgado. O caso só veio à tona em 2017, após a exibição de um documentário da rede de televisão Channel 4. Após a publicação do relatório, Justin Welby afirmou que não tinha "nem ideia nem suspeita" antes de 2013, mas reconheceu que falhou pessoalmente por não ter conseguido garantir que, após essa data, a "horrível tragédia" fosse investigada. Apesar de seu pedido de desculpas, três membros do Sínodo Geral, o órgão responsável por decidir sobre questões doutrinárias da Igreja da Inglaterra, lançaram uma petição neste fim de semana em que pediam sua renúncia. De acordo com outro relatório publicado há quatro anos, 390 pessoas vinculadas à Igreja da Inglaterra foram condenadas por crimes sexuais desde a década de 1940 até 2018.
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