Em crise, Boeing estuda vender ativos para quitar dívidas. Veja do que ela pode se desfazer

A Boeing está explorando a venda de sua unidade de navegação Jeppesen, enquanto a fabricante de aviões elabora uma lista de ativos que poderia vender para ajudar a reduzir sua dívida de US$ 58 bilhões, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. Boeing: Por que, aos 108 anos, a gigante da aviação não consegue sair da zona de turbulência? Fim do acordo de aquisição: Boeing vai pagar US$ 150 milhões para encerrar disputa com a Embraer A empresa está trabalhando com um consultor sobre a venda em potencial do fornecedor de planos de voo interativos, disseram as fontes. Os Interessados já estão de olho na Jeppesen, que pode atrair grande interesse de firmas de private equity, assim como de outras empresas, disseram as fontes. A unidade pode ser vendida por mais de US$ 6 bilhões, dependendo do apetite do comprador e do grupo de ativos comparáveis, acrescentaram algumas das fontes. 'Avião do fim do mundo': Empresa supera a Boeing e assina contrato de R$ 70 bilhões para construção de nova frota da Força Aérea dos EUA As ações da Boeing reverteram as perdas iniciais e subiram 0,46%, negociadas a US$ 151,68 em Nova York. O processo de venda do ativo, que é lucrativo e possui uma ampla base de clientes, desde companhias aéreas até pilotos amadores, pode acontecer já no primeiro semestre de 2025, afirmaram as fontes. No mês passado, a Boeing disse que continuará utilizando, em vez de gerar, dinheiro nesse período enquanto se recupera de uma greve de 53 dias que paralisou suas fábricas na Costa Oeste dos Estados Unidos. A revisão do portfólio está em andamento, e a Boeing ainda pode decidir manter o negócio, alertaram as fontes. Um porta-voz da empresa se recusou a comentar. Até R$ 2,3 bilhões: Conheça as quatro famílias de aviões da Boeing, alvo de investigação nos EUA Vender a Jeppesen, que a Boeing adquiriu em 2000 por US$ 1,5 bilhão em dinheiro, ajudaria a reduzir sua imensa dívida. Aqueles a favor de uma venda argumentam que ela geraria recursos significativos e seria mais fácil de desmembrar do que outros ativos. Ao mesmo tempo, desfazer-se da pioneira em navegação aérea, que remonta à década de 1930, privaria a Boeing de um ativo com desempenho financeiro estável e fluxo de caixa confiável, disseram as fontes. Quando questionado no mês passado sobre a possibilidade de venda da Jeppesen, o CEO da Boeing, Kelly Ortberg, disse que está revisando o portfólio da empresa para estudar se um negócio ou produto se encaixa na estratégia de longo prazo ou se seria melhor ser vendido. Ele se recusou a comentar sobre os planos para a Jeppesen. 'Wifi mais rápido dos céus': Qatar Airways lança o primeiro Boeing 777 do mundo equipado com Starlink “Simplesmente não tenho essa lista para lhe dizer agora o que vou fazer”, disse Ortberg aos analistas em uma chamada de resultados. Ortberg deixou claro que está buscando vender ativos não essenciais como parte de um esforço maior para reforçar o balanço financeiro e concentrar os recursos na fabricação de jatos comerciais e de defesa. Como parte dessa iniciativa, que Ortberg espera concluir até o final do ano, a Boeing também está avaliando se continuará com o problemático programa Starliner para a Nasa em meio a perdas crescentes, conforme reportado pela Bloomberg. Forte demanda: Lucro da Embraer chega a R$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre, alta de 600% em um ano Muitas das empresas adquiridas pela Boeing nas duas últimas décadas podem novamente ser preparadas para venda, segundo Cai von Rumohr, analista da TD Cowen. Juntamente com a Jeppesen, os antigos negócios de distribuição de peças KLX e Aviall poderiam ser vendidos, disse ele em um relatório de 1º de outubro. Aurora Flight Sciences e Wisk Aero, que estão desenvolvendo aeronaves experimentais e de mobilidade urbana, também estão entre os possíveis candidatos à venda, acrescentou. Kelly Ortberg, CEO da Boeing Divulgação/Boeing A Boeing não precisa agir com urgência em relação à venda de ativos agora que resolveu duas de suas crises mais urgentes. A empresa acabou de encerrar uma greve de sete semanas com seu maior sindicato e levantou até US$ 24 bilhões para reforçar sua classificação de crédito de grau de investimento. Essa medida deve fornecer à Boeing os recursos necessários para enfrentar quaisquer problemas operacionais no curto e médio prazos e cobrir os US$ 12 bilhões em dívidas que vencem nos próximos dois anos. Ortberg ingressou na empresa em agosto. Engenheiro por formação, liderou anteriormente Rockwell Collins, fabricante de eletrônicos que agora faz parte da RTX. Entre os produtos da Rockwell Collins estão os sistemas de comunicação e computação para cabines de comando, que se sobrepõem às ofertas da Jeppesen. Initial plugin text

Nov 9, 2024 - 04:31
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Em crise, Boeing estuda vender ativos para quitar dívidas. Veja do que ela pode se desfazer

A Boeing está explorando a venda de sua unidade de navegação Jeppesen, enquanto a fabricante de aviões elabora uma lista de ativos que poderia vender para ajudar a reduzir sua dívida de US$ 58 bilhões, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. Boeing: Por que, aos 108 anos, a gigante da aviação não consegue sair da zona de turbulência? Fim do acordo de aquisição: Boeing vai pagar US$ 150 milhões para encerrar disputa com a Embraer A empresa está trabalhando com um consultor sobre a venda em potencial do fornecedor de planos de voo interativos, disseram as fontes. Os Interessados já estão de olho na Jeppesen, que pode atrair grande interesse de firmas de private equity, assim como de outras empresas, disseram as fontes. A unidade pode ser vendida por mais de US$ 6 bilhões, dependendo do apetite do comprador e do grupo de ativos comparáveis, acrescentaram algumas das fontes. 'Avião do fim do mundo': Empresa supera a Boeing e assina contrato de R$ 70 bilhões para construção de nova frota da Força Aérea dos EUA As ações da Boeing reverteram as perdas iniciais e subiram 0,46%, negociadas a US$ 151,68 em Nova York. O processo de venda do ativo, que é lucrativo e possui uma ampla base de clientes, desde companhias aéreas até pilotos amadores, pode acontecer já no primeiro semestre de 2025, afirmaram as fontes. No mês passado, a Boeing disse que continuará utilizando, em vez de gerar, dinheiro nesse período enquanto se recupera de uma greve de 53 dias que paralisou suas fábricas na Costa Oeste dos Estados Unidos. A revisão do portfólio está em andamento, e a Boeing ainda pode decidir manter o negócio, alertaram as fontes. Um porta-voz da empresa se recusou a comentar. Até R$ 2,3 bilhões: Conheça as quatro famílias de aviões da Boeing, alvo de investigação nos EUA Vender a Jeppesen, que a Boeing adquiriu em 2000 por US$ 1,5 bilhão em dinheiro, ajudaria a reduzir sua imensa dívida. Aqueles a favor de uma venda argumentam que ela geraria recursos significativos e seria mais fácil de desmembrar do que outros ativos. Ao mesmo tempo, desfazer-se da pioneira em navegação aérea, que remonta à década de 1930, privaria a Boeing de um ativo com desempenho financeiro estável e fluxo de caixa confiável, disseram as fontes. Quando questionado no mês passado sobre a possibilidade de venda da Jeppesen, o CEO da Boeing, Kelly Ortberg, disse que está revisando o portfólio da empresa para estudar se um negócio ou produto se encaixa na estratégia de longo prazo ou se seria melhor ser vendido. Ele se recusou a comentar sobre os planos para a Jeppesen. 'Wifi mais rápido dos céus': Qatar Airways lança o primeiro Boeing 777 do mundo equipado com Starlink “Simplesmente não tenho essa lista para lhe dizer agora o que vou fazer”, disse Ortberg aos analistas em uma chamada de resultados. Ortberg deixou claro que está buscando vender ativos não essenciais como parte de um esforço maior para reforçar o balanço financeiro e concentrar os recursos na fabricação de jatos comerciais e de defesa. Como parte dessa iniciativa, que Ortberg espera concluir até o final do ano, a Boeing também está avaliando se continuará com o problemático programa Starliner para a Nasa em meio a perdas crescentes, conforme reportado pela Bloomberg. Forte demanda: Lucro da Embraer chega a R$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre, alta de 600% em um ano Muitas das empresas adquiridas pela Boeing nas duas últimas décadas podem novamente ser preparadas para venda, segundo Cai von Rumohr, analista da TD Cowen. Juntamente com a Jeppesen, os antigos negócios de distribuição de peças KLX e Aviall poderiam ser vendidos, disse ele em um relatório de 1º de outubro. Aurora Flight Sciences e Wisk Aero, que estão desenvolvendo aeronaves experimentais e de mobilidade urbana, também estão entre os possíveis candidatos à venda, acrescentou. Kelly Ortberg, CEO da Boeing Divulgação/Boeing A Boeing não precisa agir com urgência em relação à venda de ativos agora que resolveu duas de suas crises mais urgentes. A empresa acabou de encerrar uma greve de sete semanas com seu maior sindicato e levantou até US$ 24 bilhões para reforçar sua classificação de crédito de grau de investimento. Essa medida deve fornecer à Boeing os recursos necessários para enfrentar quaisquer problemas operacionais no curto e médio prazos e cobrir os US$ 12 bilhões em dívidas que vencem nos próximos dois anos. Ortberg ingressou na empresa em agosto. Engenheiro por formação, liderou anteriormente Rockwell Collins, fabricante de eletrônicos que agora faz parte da RTX. Entre os produtos da Rockwell Collins estão os sistemas de comunicação e computação para cabines de comando, que se sobrepõem às ofertas da Jeppesen. Initial plugin text

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