Eleições EUA: FBI diz que ameaças de bombas em locais de votação parecem ter se originado na Rússia

Apesar de não haver evidência de impactos no resultado, há temor que países rivais vejam as semanas após o pleito como oportunidade para espalhar desinformação e fomentar discórdia O FBI disse nesta terça-feira que ameaças de bomba a locais de votação em vários estados parecem ter se originado de e-mails russos. Em comunicado, a agência acrescentou que nenhuma delas “foi considerada crível”. Segundo autoridades americanas, grupos russos e outros adversários estrangeiros desencadearam uma ampla campanha de desinformação para minar a confiança nas eleições dos EUA. Eleições americanas 2024: Seções eleitorais são abertas; acompanhe ao vivo a disputa Trump x Kamala Após 80 mil simulações: há um favorito a vencer a eleição dos EUA. Por 0,36 ponto Mais cedo, o secretário de estado da Geórgia, Brad Raffensperger, afirmou que ameaças “não confiáveis” de bomba foram feitas contra duas seções eleitorais no condado de Fulton. — Eles estão tramando travessuras, ao que parece, e não querem que tenhamos uma eleição tranquila, justa e precisa — disse aos repórteres, segundo a CNN, e acrescentou: — Qualquer coisa que possa nos fazer lutar entre nós mesmos, eles podem contar isso como uma vitória. Autoridades da Polícia Estadual do Maine também disseram estar cientes de chamadas "swatting" — um relato falso de uma ameaça com a intenção de atrair uma resposta policial pesada — em escolas em todo o estado e no país. Elas também tranquilizaram a população, afirmando que "não há ameaça ao público". Tracker: Veja quem está na frente na corrida eleitoral nos EUA Nos últimos dias, grupos russos e outros adversários estrangeiros desencadearam uma ampla campanha de desinformação para minar a confiança nas eleições americanas, mas não há evidências de que seus esforços afetarão o resultado. Jen Easterly, diretora da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, disse que sua organização realizará atualizações regulares durante toda esta terça-feira para informar o público sobre as ameaças à eleição. — Estamos em um ciclo eleitoral com uma quantidade sem precedentes de desinformação, incluindo a desinformação que está sendo agressivamente vendida e ampliada por nossos adversários estrangeiros em uma escala maior do que nunca — disse ela. Apuração: Quando sai o resultado das eleições nos EUA? Sem impacto no resultado Nas últimas semanas, funcionários da agência monitoraram ataques a urnas eletrônicas e sites relacionados a eleições, bem como campanhas de desinformação da Rússia. Mas até agora, disse Easterly, "não vemos nenhuma evidência de atividade que tenha o potencial de impactar materialmente o resultado da eleição presidencial". No início do ciclo eleitoral, as agências de inteligência dos EUA concluíram que a natureza hiperlocal do sistema de votação americano havia dissuadido adversários estrangeiros de tentar adulterar a infraestrutura eleitoral para alterar os resultados. Mas vários adversários, inclusive a Rússia e o Irã, concluíram que poderiam influenciar a votação espalhando mentiras sobre os candidatos e minando a confiança na eleição. Maconha, aborto, salário mínimo: Veja outras votações que acontecem hoje nos EUA Na segunda-feira, circularam vídeos que alegavam falsamente ser da CBS News e da CNN com o objetivo de alimentar o medo de que os resultados das eleições estivessem sendo manipulados. Ambas as redes rapidamente classificaram esses esforços como falsos. Autoridades da agência de segurança cibernética disseram que só tinham conhecimento geral dos vídeos fabricados, mas que vinham alertando sobre esses tipos de vídeos falsos há semanas. — Sabemos que podemos esperar mais disso amanhã, durante o dia de amanhã e nos dias após a eleição — disse Easterly. As autoridades americanas disseram que não sabiam imediatamente a origem dos vídeos que fingiam ser da CBS e da CNN. Mas as agências de inteligência apontaram outros vídeos nos últimos dias como sendo obra de russos. Autoridades de inteligência disseram que a Rússia favorece o ex-presidente Donald Trump em detrimento da vice-presidente Kamala Harris. Seu ceticismo em relação à oferta de apoio militar à Ucrânia, que a Rússia invadiu há quase três anos, e sua promessa de forçar negociações de paz aumentaram os riscos da votação para a Rússia, segundo as autoridades. Os apoiadores de Trump discutiram a possibilidade de desafiar o processo de certificação em vários estados, e as autoridades eleitorais e de inteligência dizem que a Rússia e outros adversários poderiam trabalhar para ampliar esses esforços. Conley disse que os adversários veem o processo de certificação como uma oportunidade de minar a confiança e fomentar a discórdia nos EUA.

Nov 5, 2024 - 19:15
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Eleições EUA: FBI diz que ameaças de bombas em locais de votação parecem ter se originado na Rússia

Apesar de não haver evidência de impactos no resultado, há temor que países rivais vejam as semanas após o pleito como oportunidade para espalhar desinformação e fomentar discórdia O FBI disse nesta terça-feira que ameaças de bomba a locais de votação em vários estados parecem ter se originado de e-mails russos. Em comunicado, a agência acrescentou que nenhuma delas “foi considerada crível”. Segundo autoridades americanas, grupos russos e outros adversários estrangeiros desencadearam uma ampla campanha de desinformação para minar a confiança nas eleições dos EUA. Eleições americanas 2024: Seções eleitorais são abertas; acompanhe ao vivo a disputa Trump x Kamala Após 80 mil simulações: há um favorito a vencer a eleição dos EUA. Por 0,36 ponto Mais cedo, o secretário de estado da Geórgia, Brad Raffensperger, afirmou que ameaças “não confiáveis” de bomba foram feitas contra duas seções eleitorais no condado de Fulton. — Eles estão tramando travessuras, ao que parece, e não querem que tenhamos uma eleição tranquila, justa e precisa — disse aos repórteres, segundo a CNN, e acrescentou: — Qualquer coisa que possa nos fazer lutar entre nós mesmos, eles podem contar isso como uma vitória. Autoridades da Polícia Estadual do Maine também disseram estar cientes de chamadas "swatting" — um relato falso de uma ameaça com a intenção de atrair uma resposta policial pesada — em escolas em todo o estado e no país. Elas também tranquilizaram a população, afirmando que "não há ameaça ao público". Tracker: Veja quem está na frente na corrida eleitoral nos EUA Nos últimos dias, grupos russos e outros adversários estrangeiros desencadearam uma ampla campanha de desinformação para minar a confiança nas eleições americanas, mas não há evidências de que seus esforços afetarão o resultado. Jen Easterly, diretora da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, disse que sua organização realizará atualizações regulares durante toda esta terça-feira para informar o público sobre as ameaças à eleição. — Estamos em um ciclo eleitoral com uma quantidade sem precedentes de desinformação, incluindo a desinformação que está sendo agressivamente vendida e ampliada por nossos adversários estrangeiros em uma escala maior do que nunca — disse ela. Apuração: Quando sai o resultado das eleições nos EUA? Sem impacto no resultado Nas últimas semanas, funcionários da agência monitoraram ataques a urnas eletrônicas e sites relacionados a eleições, bem como campanhas de desinformação da Rússia. Mas até agora, disse Easterly, "não vemos nenhuma evidência de atividade que tenha o potencial de impactar materialmente o resultado da eleição presidencial". No início do ciclo eleitoral, as agências de inteligência dos EUA concluíram que a natureza hiperlocal do sistema de votação americano havia dissuadido adversários estrangeiros de tentar adulterar a infraestrutura eleitoral para alterar os resultados. Mas vários adversários, inclusive a Rússia e o Irã, concluíram que poderiam influenciar a votação espalhando mentiras sobre os candidatos e minando a confiança na eleição. Maconha, aborto, salário mínimo: Veja outras votações que acontecem hoje nos EUA Na segunda-feira, circularam vídeos que alegavam falsamente ser da CBS News e da CNN com o objetivo de alimentar o medo de que os resultados das eleições estivessem sendo manipulados. Ambas as redes rapidamente classificaram esses esforços como falsos. Autoridades da agência de segurança cibernética disseram que só tinham conhecimento geral dos vídeos fabricados, mas que vinham alertando sobre esses tipos de vídeos falsos há semanas. — Sabemos que podemos esperar mais disso amanhã, durante o dia de amanhã e nos dias após a eleição — disse Easterly. As autoridades americanas disseram que não sabiam imediatamente a origem dos vídeos que fingiam ser da CBS e da CNN. Mas as agências de inteligência apontaram outros vídeos nos últimos dias como sendo obra de russos. Autoridades de inteligência disseram que a Rússia favorece o ex-presidente Donald Trump em detrimento da vice-presidente Kamala Harris. Seu ceticismo em relação à oferta de apoio militar à Ucrânia, que a Rússia invadiu há quase três anos, e sua promessa de forçar negociações de paz aumentaram os riscos da votação para a Rússia, segundo as autoridades. Os apoiadores de Trump discutiram a possibilidade de desafiar o processo de certificação em vários estados, e as autoridades eleitorais e de inteligência dizem que a Rússia e outros adversários poderiam trabalhar para ampliar esses esforços. Conley disse que os adversários veem o processo de certificação como uma oportunidade de minar a confiança e fomentar a discórdia nos EUA.

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