Eduardo Paes comemora 'tetra', agradece a Lula e diz que briga com Cláudio Castro está encerrada
Prefeito reeleito para o quarto mandado fez críticas ao governo do estado, mas disse que quer ajudar Embalado pelo jingle de sua campanha, que canta os versos de funk "o Rio vai virar baile", Eduardo Paes (PSD) foi reeleito para o quarto mandato de prefeito. Ao lado de parlamentares que vão desde o conservador Otoni de Paula à Benedita da Silva, do PT, além de secretários e da família — a esposa, Cris, e a mãe, Consuelo — Paes comemorou a vitória decretando o fim da briga com o governador Cláudio Castro, que permeou a campanha. O prefeito também dedicou a vitória ao presidente Lula. Eleições 2024: colunistas do GLOBO analisam os resultados da votação em todo o Brasil Apuração das Eleições 2024: saiba como acompanhar ao vivo os resultados Ao lado de Eduardo Cavaliere, seu vice, fez com as mãos o número “55”, usado por seu partido nas urnas. Em seu discurso, Paes afirmou que é uma “honra enorme” ser prefeito pela quarta vez. Ele também criticou a polarização e disse que o retrato de apoiadores de diversas legendas é um exemplo de que é possível pessoas de ideias distintas se juntarem. — Essa eleição é sobre aquilo que a gente deseja para o Brasil. Chegou a hora de parar com essa polarização, essa briga de um contra o outro como se fossemos inimigos, e não somos. Da para se juntar independente da visão de mundo. Cuidar de uma cidade, um país, um estado tem muito a ver com a gente atender de maneira mais adequada o povo que mais precisa. Aqui tem gente de direita, de esquerda, mais progressista, mais conservadora — disse Paes, que agradeceu também a Lula, que definiu como “companheiro” e alguém que ajuda o Rio há muito tempo, citando o Estádio do Flamengo e o Aeroporto do Galeão como exemplos de parcerias com o governo federal. Eduardo Paes durante anúncio de vitória no primeiro turno das eleições Marcia Foletto/ Agência O Globo Em seu discurso, Eduardo Paes pontuou ainda que viu muitos políticos — de direita e de esquerda — e líderes evangélicos serem agredidos por seu posicionamento nesta eleição. — O evangélico não é gado, não aceita esse tipo de coisa. O eleitor evangélico frequenta o BRT, vai na clínica da família, frequenta nosso Ginásio Experimental Tecnológico (GET). É uma gente que trabalha, que luta, que não é gado — declarou Paes. Balanço: Rio tem 194 prisões e apreensões por crimes eleitorais; Baixada pode ter policiamento reforçado no segundo turno O prefeito também agradeceu ao apoio dos pastores Abner Ferreira, Cláudio Duarte e Silas Malafaia, além do “povo da Igreja Universal”, denominação da qual pertence o seu rival da eleição de 2020, Marcelo Crivella (Republicanos), que, segundo Paes, “soube reconhecer” o seu trabalho. Os agradecimentos também se estenderam ao arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta. Paes — que definiu o Rio como "a mais incrível de todas as cidades" — também prometeu que o próximo será "o melhor" de seus mandatos, prometendo melhorar o serviço de ônibus comuns, nos moldes do que foi feito com o BRT. Falou ainda em melhoria nas clínicas da família, com mais medicamentos, além de 70% das crianças da cidade estudando em tempo integral. O prefeito, que abriu mão de fazer uma autocrítica, reassumiu ainda o compromisso de governar a cidade até o fim do mandato, sem deixá-lo para uma eventual candidatura como governador. Fim da guerra com Cláudio Castro Ainda durante o discurso, Paes afirmou que "não queria ter estadualizado" a eleição, mas que só o fez porque o adversário, Alexandre Ramagem (PL), foi quem levou esse tema para o debate. —Governador Cláudio Castro, a gente teve que fazer o embate porque o seu candidato trouxe as suas fraquezas, a sua incompetência, para esse debate eleitoral. Mas, a partir de hoje, terminam os conflitos, a gente vai trabalhar junto. Queremos ajudar no seu trabalho, (mas) não é nossa responsabilidade — afirmou Paes, que falou que trazer o debate da segurança pública é uma forma de “enganar o povo”. Mencionando os deputados estaduais Luiz Paulo (PSD) e Deputada Martha Rocha (PDT) para seguir comentando sobre a gestão estadual, ele afirmou que é de oposição e criticou escolhas políticas, feiras para agradar a Assembleia Legislativa. Veja a lista: vereadores eleitos do Rio Um dos exemplos mencionados por Paes foi a nomeação do delegado Marcus Amim como secretário de Polícia Civil. —A gente viu o secretário sendo nomeado pela assembleia legislativa. Mudaram a lei para botar o sujeito lá e os índices de criminalidade não aumentaram à toda. Esse Segurança Presente virou um espaço de politicagem, virou um espaço em que os deputados nomeiam os policiais. Não pode isso. Meu recado para o governador Cláudio Castro é o seguinte: aqui tem um time de pessoas que é oposição a você, não concordam com o seu governo, não queria que você fosse governador, mas que vão ajudar para que você enfrente essa turma que quer tomar de assalto a segurança pública do Rio. Eduardo Paes ainda mencionou “uma mentira deslavada” do governador ao afirmar que o prefeito nunca o pro
Prefeito reeleito para o quarto mandado fez críticas ao governo do estado, mas disse que quer ajudar Embalado pelo jingle de sua campanha, que canta os versos de funk "o Rio vai virar baile", Eduardo Paes (PSD) foi reeleito para o quarto mandato de prefeito. Ao lado de parlamentares que vão desde o conservador Otoni de Paula à Benedita da Silva, do PT, além de secretários e da família — a esposa, Cris, e a mãe, Consuelo — Paes comemorou a vitória decretando o fim da briga com o governador Cláudio Castro, que permeou a campanha. O prefeito também dedicou a vitória ao presidente Lula. Eleições 2024: colunistas do GLOBO analisam os resultados da votação em todo o Brasil Apuração das Eleições 2024: saiba como acompanhar ao vivo os resultados Ao lado de Eduardo Cavaliere, seu vice, fez com as mãos o número “55”, usado por seu partido nas urnas. Em seu discurso, Paes afirmou que é uma “honra enorme” ser prefeito pela quarta vez. Ele também criticou a polarização e disse que o retrato de apoiadores de diversas legendas é um exemplo de que é possível pessoas de ideias distintas se juntarem. — Essa eleição é sobre aquilo que a gente deseja para o Brasil. Chegou a hora de parar com essa polarização, essa briga de um contra o outro como se fossemos inimigos, e não somos. Da para se juntar independente da visão de mundo. Cuidar de uma cidade, um país, um estado tem muito a ver com a gente atender de maneira mais adequada o povo que mais precisa. Aqui tem gente de direita, de esquerda, mais progressista, mais conservadora — disse Paes, que agradeceu também a Lula, que definiu como “companheiro” e alguém que ajuda o Rio há muito tempo, citando o Estádio do Flamengo e o Aeroporto do Galeão como exemplos de parcerias com o governo federal. Eduardo Paes durante anúncio de vitória no primeiro turno das eleições Marcia Foletto/ Agência O Globo Em seu discurso, Eduardo Paes pontuou ainda que viu muitos políticos — de direita e de esquerda — e líderes evangélicos serem agredidos por seu posicionamento nesta eleição. — O evangélico não é gado, não aceita esse tipo de coisa. O eleitor evangélico frequenta o BRT, vai na clínica da família, frequenta nosso Ginásio Experimental Tecnológico (GET). É uma gente que trabalha, que luta, que não é gado — declarou Paes. Balanço: Rio tem 194 prisões e apreensões por crimes eleitorais; Baixada pode ter policiamento reforçado no segundo turno O prefeito também agradeceu ao apoio dos pastores Abner Ferreira, Cláudio Duarte e Silas Malafaia, além do “povo da Igreja Universal”, denominação da qual pertence o seu rival da eleição de 2020, Marcelo Crivella (Republicanos), que, segundo Paes, “soube reconhecer” o seu trabalho. Os agradecimentos também se estenderam ao arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta. Paes — que definiu o Rio como "a mais incrível de todas as cidades" — também prometeu que o próximo será "o melhor" de seus mandatos, prometendo melhorar o serviço de ônibus comuns, nos moldes do que foi feito com o BRT. Falou ainda em melhoria nas clínicas da família, com mais medicamentos, além de 70% das crianças da cidade estudando em tempo integral. O prefeito, que abriu mão de fazer uma autocrítica, reassumiu ainda o compromisso de governar a cidade até o fim do mandato, sem deixá-lo para uma eventual candidatura como governador. Fim da guerra com Cláudio Castro Ainda durante o discurso, Paes afirmou que "não queria ter estadualizado" a eleição, mas que só o fez porque o adversário, Alexandre Ramagem (PL), foi quem levou esse tema para o debate. —Governador Cláudio Castro, a gente teve que fazer o embate porque o seu candidato trouxe as suas fraquezas, a sua incompetência, para esse debate eleitoral. Mas, a partir de hoje, terminam os conflitos, a gente vai trabalhar junto. Queremos ajudar no seu trabalho, (mas) não é nossa responsabilidade — afirmou Paes, que falou que trazer o debate da segurança pública é uma forma de “enganar o povo”. Mencionando os deputados estaduais Luiz Paulo (PSD) e Deputada Martha Rocha (PDT) para seguir comentando sobre a gestão estadual, ele afirmou que é de oposição e criticou escolhas políticas, feiras para agradar a Assembleia Legislativa. Veja a lista: vereadores eleitos do Rio Um dos exemplos mencionados por Paes foi a nomeação do delegado Marcus Amim como secretário de Polícia Civil. —A gente viu o secretário sendo nomeado pela assembleia legislativa. Mudaram a lei para botar o sujeito lá e os índices de criminalidade não aumentaram à toda. Esse Segurança Presente virou um espaço de politicagem, virou um espaço em que os deputados nomeiam os policiais. Não pode isso. Meu recado para o governador Cláudio Castro é o seguinte: aqui tem um time de pessoas que é oposição a você, não concordam com o seu governo, não queria que você fosse governador, mas que vão ajudar para que você enfrente essa turma que quer tomar de assalto a segurança pública do Rio. Eduardo Paes ainda mencionou “uma mentira deslavada” do governador ao afirmar que o prefeito nunca o procurou para tratar de segurança. Paes afirmou que aconselhou Castro a criar uma Secretaria de Segurança que comandasse as polícia Civil e Militar, além de que tivesse “pulso firme” e não cedesse às pressões políticas.
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