Editora Record suspende a publicação de livros de Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

Ex-ministro tinha contratos para uma nova edição de 'Racismo Estrutural' e publicação de obra inédita; empresa diz que aguarda finalização do processo para tomar decisão definitiva O Grupo Editoral Record suspendeu a publicação de dois livros do ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, depois que as denúncias de assédio sexual contra ele vieram à tona. A empresa havia contratado no início deste ano uma obra inédita do advogado, mas também previa o lançamento para 2025 de uma nova edição do livro "Racismo Estrutural", publicado inicialmente como parte da coleção "Feminismos Plurais", de Djamila Ribeiro. Jogo Político: Vice-presidente do PT, Quaquá defende 'sangue novo' para o governo se livrar de 'incompetentes e puxa-sacos' 'Contra tudo e contra todos': Bolsonaristas comemoram vitória de Trump nas redes sociais Em nota encaminhada ao GLOBO, a editora informa que, diante das "graves acusações contra o autor", foi decidido "aguardar o processo e a defesa de Almeida para tomar uma decisão definitiva quanto aos livros". Além de ser afastado do comando do Ministério dos Direitos Humanos, Silvio é investigado pela Polícia Federal (PF) por denúncias de assédio sexual, recebidas pela ONG Me Too e reveladas pelo Metrópoles em setembro deste ano. Entre as principais vítimas apontadas, está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Em depoimento prestado à PF no mês passado, ela confirmou ter sofrido importunação sexual por parte de Almeida. Em entrevista ao GLOBO, Anielle relatou que os episódios teriam começado ainda durante a transição para o governo Lula e consistiam em atitudes e falas que ela "repudia". "‘Demorei para acreditar, porque era uma decepção’, disse. Desde quando o caso foi revelado, Almeida nega as acusações e destaca que a investigação seria uma oportunidade para "provar sua inocência e se reconstruir". Como mostrou o blog de Renata Agostini, do GLOBO, a PF pretende adotar um novo protocolo na investigação. O objetivo é preservar as denunciantes, garantindo que elas não tenham de relatar o que viveram diversas vezes ao longo do processo.

Nov 6, 2024 - 12:46
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Editora Record suspende a publicação de livros de Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

Ex-ministro tinha contratos para uma nova edição de 'Racismo Estrutural' e publicação de obra inédita; empresa diz que aguarda finalização do processo para tomar decisão definitiva O Grupo Editoral Record suspendeu a publicação de dois livros do ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, depois que as denúncias de assédio sexual contra ele vieram à tona. A empresa havia contratado no início deste ano uma obra inédita do advogado, mas também previa o lançamento para 2025 de uma nova edição do livro "Racismo Estrutural", publicado inicialmente como parte da coleção "Feminismos Plurais", de Djamila Ribeiro. Jogo Político: Vice-presidente do PT, Quaquá defende 'sangue novo' para o governo se livrar de 'incompetentes e puxa-sacos' 'Contra tudo e contra todos': Bolsonaristas comemoram vitória de Trump nas redes sociais Em nota encaminhada ao GLOBO, a editora informa que, diante das "graves acusações contra o autor", foi decidido "aguardar o processo e a defesa de Almeida para tomar uma decisão definitiva quanto aos livros". Além de ser afastado do comando do Ministério dos Direitos Humanos, Silvio é investigado pela Polícia Federal (PF) por denúncias de assédio sexual, recebidas pela ONG Me Too e reveladas pelo Metrópoles em setembro deste ano. Entre as principais vítimas apontadas, está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Em depoimento prestado à PF no mês passado, ela confirmou ter sofrido importunação sexual por parte de Almeida. Em entrevista ao GLOBO, Anielle relatou que os episódios teriam começado ainda durante a transição para o governo Lula e consistiam em atitudes e falas que ela "repudia". "‘Demorei para acreditar, porque era uma decepção’, disse. Desde quando o caso foi revelado, Almeida nega as acusações e destaca que a investigação seria uma oportunidade para "provar sua inocência e se reconstruir". Como mostrou o blog de Renata Agostini, do GLOBO, a PF pretende adotar um novo protocolo na investigação. O objetivo é preservar as denunciantes, garantindo que elas não tenham de relatar o que viveram diversas vezes ao longo do processo.

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