E se eu não passar no Enem? Especialista dá dicas para lidar com a frustração e continuar a preparação
A principal orientação é controlar a ansiedade e não desanimar A aprovação no vestibular é, talvez, uma das incertezas que mais exercem pressão sobre os jovens, que, além de administrar as próprias expectativas, precisam lidar com as alheias, principalmente as dos pais, que, é claro, querem sempre o sucesso dos filhos. Diante desse cenário, o êxito na prova pode ser encarado como a única opção aceitável. E leva a um questionamento inevitável: “E se eu não passar?”. Doutor em educação e psicopedagogo, o professor Eugênio Cunha responde a essa pergunta e defende que, além de revisar os conteúdos, os estudantes devem sempre estar preparados para uma possível decepção em avaliações como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outras seleções para o ensino superior. É listening bar ou ambiente intimista? Conheça estabelecimentos onde a música é o centro da experiência Um hotel só seu: espaço em Vargem Grande oferece pacote para quem quer ficar sozinho, em meio ao verde Eugênio Cunha. “Sempre digo que o medo emburrece, e o ânimo elucida” Divulgação Como aluno pode se preparar para lidar melhor com uma eventual frustração no vestibular? Uma coisa importante é evitar a ansiedade, embora ela seja natural de todo ser humano. E um caminho para isso é considerando que a frustração é normal. A vida é feita de escolhas, que podem resultar em fracasso ou sucesso, mas tudo gera aprendizados. A primeira certeza que se deve ter é que aquela prova não é a única oportunidade da vida e que haverá outras chances, sobretudo para os jovens, que têm um caminho enorme pela frente. Deve-se entender que a construção do futuro é feita por etapas, e o Enem é só o começo. E os pais, como podem ajudar nesse processo? É fundamental que apoiem os filhos e evitem uma cobrança excessiva. Muitas vezes, eles se frustram mais do que os estudantes e precisam trabalhar a própria ansiedade, porque, se, diante do insucesso do filho, reagem de forma tranquila, isso ajuda o aluno. Por outro lado, se eles se descontrolam, isso pode aumentar o nível de estresse do filho, criando um ambiente de mais pressão e podendo comprometer o desempenho nas próximas provas. É importante ter sempre equilíbrio, além de entender que o filho pode ter várias reprovações até conquistar vaga numa universidade. Os pais devem valorizar o potencial do filho, para que ele vá mais forte para a outra prova, sabendo que poderá ter um desempenho melhor. O que não pode é ele ir para a segunda tentativa com sentimento de derrota, porque isso inibe as possibilidades cognitivas. Sempre digo que o medo emburrece, enquanto o ânimo e a alegria elucidam. Mas claro que só pensamento positivo não adianta; tem de haver preparação também. O aluno fez a prova e, de fato, não passou. Como deve proceder? Vai depender do estado psicológico e emocional dele. Muitos já se programam para continuar estudando caso não passem, e isso não representa nenhum martírio. Em outros casos, por conta do abalo e do desgaste, é mais recomendável que os alunos deem um tempo para espairecer, evitando traumas, e depois retomem os estudos, onde e como se sentirem mais confortáveis. Ou criam uma rotina e estudam em casa ou vão para o cursinho para se aprimorar e trazer um pouco mais de robustez ao seu conhecimento. Também podem optar por um sistema híbrido. Ao retomar os estudos, por onde começar? Depende da pessoa. Eu recomeçaria pelos assuntos em que tive mais dificuldade, para recuperar logo meu aprendizado e vencer essa etapa. Mas, para quem está precisando de um gás para voltar, o mais indicado é um recomeço terapêutico, pelos conteúdos que dão mais prazer. O que vai definir é o estado de espírito. Como equilibrar os estudos e o restante da rotina? É importante incluir pausas: conversar um pouco, curtir a família e os amigos...A prévia do vestibular não pode ser marcada só por momentos duros, de compromisso. Assim, os estudantes despertam seus ideais e se fortalecem para continuar estudando e focados nos objetivos. No caso de quem precisa trabalhar também, como se dividir? A situação é mais complicada, mas a melhor saída é organizar bem o tempo. Se possível, fazer listas e roteiros diários, por exemplo, para disciplinar bem a rotina, que pode incluir acordar uma hora mais cedo ou dormir uma hora mais tarde para conseguir estudar um pouco, definindo antes o que será estudado. Não é possível se preparar para uma prova tão robusta sem criar uma rotina regrada, estabelecendo prioridades. Neste caso, o quanto antes a pessoa começar a estudar, melhor. E como lidar com o constrangimento por não ter sido aprovado, principalmente quando alguém pergunta? Geralmente, o constrangimento vem quando a pessoa se compara com o outro. Cada pessoa é única. E a realidade de um não serve para o outro. Você não teve sucesso dentro das suas possibilidades, mas continuará tentando. Foque nisso.
A principal orientação é controlar a ansiedade e não desanimar A aprovação no vestibular é, talvez, uma das incertezas que mais exercem pressão sobre os jovens, que, além de administrar as próprias expectativas, precisam lidar com as alheias, principalmente as dos pais, que, é claro, querem sempre o sucesso dos filhos. Diante desse cenário, o êxito na prova pode ser encarado como a única opção aceitável. E leva a um questionamento inevitável: “E se eu não passar?”. Doutor em educação e psicopedagogo, o professor Eugênio Cunha responde a essa pergunta e defende que, além de revisar os conteúdos, os estudantes devem sempre estar preparados para uma possível decepção em avaliações como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outras seleções para o ensino superior. É listening bar ou ambiente intimista? Conheça estabelecimentos onde a música é o centro da experiência Um hotel só seu: espaço em Vargem Grande oferece pacote para quem quer ficar sozinho, em meio ao verde Eugênio Cunha. “Sempre digo que o medo emburrece, e o ânimo elucida” Divulgação Como aluno pode se preparar para lidar melhor com uma eventual frustração no vestibular? Uma coisa importante é evitar a ansiedade, embora ela seja natural de todo ser humano. E um caminho para isso é considerando que a frustração é normal. A vida é feita de escolhas, que podem resultar em fracasso ou sucesso, mas tudo gera aprendizados. A primeira certeza que se deve ter é que aquela prova não é a única oportunidade da vida e que haverá outras chances, sobretudo para os jovens, que têm um caminho enorme pela frente. Deve-se entender que a construção do futuro é feita por etapas, e o Enem é só o começo. E os pais, como podem ajudar nesse processo? É fundamental que apoiem os filhos e evitem uma cobrança excessiva. Muitas vezes, eles se frustram mais do que os estudantes e precisam trabalhar a própria ansiedade, porque, se, diante do insucesso do filho, reagem de forma tranquila, isso ajuda o aluno. Por outro lado, se eles se descontrolam, isso pode aumentar o nível de estresse do filho, criando um ambiente de mais pressão e podendo comprometer o desempenho nas próximas provas. É importante ter sempre equilíbrio, além de entender que o filho pode ter várias reprovações até conquistar vaga numa universidade. Os pais devem valorizar o potencial do filho, para que ele vá mais forte para a outra prova, sabendo que poderá ter um desempenho melhor. O que não pode é ele ir para a segunda tentativa com sentimento de derrota, porque isso inibe as possibilidades cognitivas. Sempre digo que o medo emburrece, enquanto o ânimo e a alegria elucidam. Mas claro que só pensamento positivo não adianta; tem de haver preparação também. O aluno fez a prova e, de fato, não passou. Como deve proceder? Vai depender do estado psicológico e emocional dele. Muitos já se programam para continuar estudando caso não passem, e isso não representa nenhum martírio. Em outros casos, por conta do abalo e do desgaste, é mais recomendável que os alunos deem um tempo para espairecer, evitando traumas, e depois retomem os estudos, onde e como se sentirem mais confortáveis. Ou criam uma rotina e estudam em casa ou vão para o cursinho para se aprimorar e trazer um pouco mais de robustez ao seu conhecimento. Também podem optar por um sistema híbrido. Ao retomar os estudos, por onde começar? Depende da pessoa. Eu recomeçaria pelos assuntos em que tive mais dificuldade, para recuperar logo meu aprendizado e vencer essa etapa. Mas, para quem está precisando de um gás para voltar, o mais indicado é um recomeço terapêutico, pelos conteúdos que dão mais prazer. O que vai definir é o estado de espírito. Como equilibrar os estudos e o restante da rotina? É importante incluir pausas: conversar um pouco, curtir a família e os amigos...A prévia do vestibular não pode ser marcada só por momentos duros, de compromisso. Assim, os estudantes despertam seus ideais e se fortalecem para continuar estudando e focados nos objetivos. No caso de quem precisa trabalhar também, como se dividir? A situação é mais complicada, mas a melhor saída é organizar bem o tempo. Se possível, fazer listas e roteiros diários, por exemplo, para disciplinar bem a rotina, que pode incluir acordar uma hora mais cedo ou dormir uma hora mais tarde para conseguir estudar um pouco, definindo antes o que será estudado. Não é possível se preparar para uma prova tão robusta sem criar uma rotina regrada, estabelecendo prioridades. Neste caso, o quanto antes a pessoa começar a estudar, melhor. E como lidar com o constrangimento por não ter sido aprovado, principalmente quando alguém pergunta? Geralmente, o constrangimento vem quando a pessoa se compara com o outro. Cada pessoa é única. E a realidade de um não serve para o outro. Você não teve sucesso dentro das suas possibilidades, mas continuará tentando. Foque nisso.
Qual é a sua reação?