Donald Trump: A visita ao Brasil para torneio de turfe no Jockey Club do Rio
Eleito presidente americano pela segunda vez, empresário esteve em São Paulo e no Rio em 1989 para prestigiar evento patrocinado por ele Uma pequena multidão esperava, na entrada da tribuna social do Jockey Club da Gávea, a chegada do empresário americano Donald Trump, que, aos 42 anos, estava no Rio para prestigiar a Trump Cup, um torneio internacional de turfe do qual era patrocinador, no dia 9 de abril de 1989. Naquele domingo, ao lado de Ivana, sua mulher na época, o magnata do setor imobiliário foi homenageado com um almoço no Salão das Rosas, concedeu uma entrevista à imprensa e, no fim do dia, entregou os troféus dos torneios aos vencedores, antes de voltar para os Estados Unidos em seu Boeing 727 particular. Donald Trump: Republicano vence eleições e volta à Casa Branca após quatro anos Guga Chacra: Empoderado e messiânico, Trump se vinga e volta à presidência dos EUA Aquela era a primeira visita do empresário em um país da América Latina. O americano passou apenas uma noite no Brasil. Ele chegou em São Paulo no sábado, dia 8 de abril, concedeu uma entrevista no Hospital Sírio e Libanês e participou de uma festa cujo objetivo era arrecadar fundos para a instituição. Na capital paulistana, o hoje líder do Partido Republicano, recém-eleito presidente dos Estados Unidos pela segunda vez, também esteve em uma reunião com o empresário João Doria, que anos mais tarde seria prefeito da cidade e governador. No dia seguinte, voou para o Rio. Acervo O GLOBO: Todas as edições do jornal desde 1925 digitalizadas para sua pesquisa No Jockey Club, Trump disse que não estava no país a negócios, mas para visitar amigos, assistir às provas de turfe e celebrar o 12º aniversário de casamento com Ivana. Nas corridas, sua única torcida foi para o potro Fighting King, do stud Trump, que tinha como um dos titulares Roberto Vianna Pinto, representante do Grupo Trump no Rio. Não deu outra: o potro venceu, e o empresário foi à pista. Donald Trump ao lado de Ivana durante a Trump Cup no Rio Antônio Nery/Agência O GLOBO Aquela era a segunda edição da Trump Cup. No ano anterior, o torneio acontecera em São Paulo. Na entrevista à imprensa, o americano disse que pretendia seguir com o evento no calendário esportivo brasileiro. Mas desconversou quando questionado sobre outros interesses comerciais no país. Na época, o Congresso Nacional debatia a liberação dos cassinos, e especulava-se que Trump planejava investigar nesse ramo por aqui, mas empresário garantiu que não estava acompanhando de perto as discussões, disse que tinha possibilidades de empreendimentos, mas nada avançado. Três meses depois, O GLOBO publicou uma reportagem sobre o interesse de Trump em construir um hotel no Forte de Copacabana. De acordo com Roberto Vianna Pinto, os detalhes finais do projeto já tinham sido acertados, e a conclusão dependia apenas da vitória na concorrência internacional, que, segundo ele, o Ministério do Exército realizaria "em breve". Mas os planos não foram adiante. Ao longo dos anos, outras notícias sobre possíveis investimentos do Grupo Trump no Brasil foram publicadas. Em 2003, por exemplo, um representante do empresário no Brasil fechou acordo com um escritório de arquitetura para reformar o Hotel Nacional, em São Conrado. Em 2004, O GLOBO noticiou que o magnata americano estava investindo US$ 40 milhões na aquisição de um terreno de 7 milhões de metros quadrados em Itatiba, a cem quilômetros de São Paulo, onde seria construída a Villa Trump, um campo de golfe cercado por um condomínio de luxo. Também não foi para frente.
Eleito presidente americano pela segunda vez, empresário esteve em São Paulo e no Rio em 1989 para prestigiar evento patrocinado por ele Uma pequena multidão esperava, na entrada da tribuna social do Jockey Club da Gávea, a chegada do empresário americano Donald Trump, que, aos 42 anos, estava no Rio para prestigiar a Trump Cup, um torneio internacional de turfe do qual era patrocinador, no dia 9 de abril de 1989. Naquele domingo, ao lado de Ivana, sua mulher na época, o magnata do setor imobiliário foi homenageado com um almoço no Salão das Rosas, concedeu uma entrevista à imprensa e, no fim do dia, entregou os troféus dos torneios aos vencedores, antes de voltar para os Estados Unidos em seu Boeing 727 particular. Donald Trump: Republicano vence eleições e volta à Casa Branca após quatro anos Guga Chacra: Empoderado e messiânico, Trump se vinga e volta à presidência dos EUA Aquela era a primeira visita do empresário em um país da América Latina. O americano passou apenas uma noite no Brasil. Ele chegou em São Paulo no sábado, dia 8 de abril, concedeu uma entrevista no Hospital Sírio e Libanês e participou de uma festa cujo objetivo era arrecadar fundos para a instituição. Na capital paulistana, o hoje líder do Partido Republicano, recém-eleito presidente dos Estados Unidos pela segunda vez, também esteve em uma reunião com o empresário João Doria, que anos mais tarde seria prefeito da cidade e governador. No dia seguinte, voou para o Rio. Acervo O GLOBO: Todas as edições do jornal desde 1925 digitalizadas para sua pesquisa No Jockey Club, Trump disse que não estava no país a negócios, mas para visitar amigos, assistir às provas de turfe e celebrar o 12º aniversário de casamento com Ivana. Nas corridas, sua única torcida foi para o potro Fighting King, do stud Trump, que tinha como um dos titulares Roberto Vianna Pinto, representante do Grupo Trump no Rio. Não deu outra: o potro venceu, e o empresário foi à pista. Donald Trump ao lado de Ivana durante a Trump Cup no Rio Antônio Nery/Agência O GLOBO Aquela era a segunda edição da Trump Cup. No ano anterior, o torneio acontecera em São Paulo. Na entrevista à imprensa, o americano disse que pretendia seguir com o evento no calendário esportivo brasileiro. Mas desconversou quando questionado sobre outros interesses comerciais no país. Na época, o Congresso Nacional debatia a liberação dos cassinos, e especulava-se que Trump planejava investigar nesse ramo por aqui, mas empresário garantiu que não estava acompanhando de perto as discussões, disse que tinha possibilidades de empreendimentos, mas nada avançado. Três meses depois, O GLOBO publicou uma reportagem sobre o interesse de Trump em construir um hotel no Forte de Copacabana. De acordo com Roberto Vianna Pinto, os detalhes finais do projeto já tinham sido acertados, e a conclusão dependia apenas da vitória na concorrência internacional, que, segundo ele, o Ministério do Exército realizaria "em breve". Mas os planos não foram adiante. Ao longo dos anos, outras notícias sobre possíveis investimentos do Grupo Trump no Brasil foram publicadas. Em 2003, por exemplo, um representante do empresário no Brasil fechou acordo com um escritório de arquitetura para reformar o Hotel Nacional, em São Conrado. Em 2004, O GLOBO noticiou que o magnata americano estava investindo US$ 40 milhões na aquisição de um terreno de 7 milhões de metros quadrados em Itatiba, a cem quilômetros de São Paulo, onde seria construída a Villa Trump, um campo de golfe cercado por um condomínio de luxo. Também não foi para frente.
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