Departamento de Justiça dos EUA acusa homem de integrar conspiração iraniana para matar Trump
Farhad Shakeri diz ter sido incumbido por agente da guarda revolucionária; também recrutou dois homens, que foram presos, para matar jornalista americana O Departamento de Justiça dos EUA anunciou nesta sexta-feira que acusou um homem de participar de uma conspiração iraniana para matar o presidente eleito Donald Trump antes da eleição desta semana. Farhad Shakeri, de 51 anos, também seria o responsável por liderar uma rede de associados criminosos recrutados pelo Irã para cometer assassinatos de aluguel e vigilância contra cidadãos israelenses e americanos localizados nos EUA. Outros dois homens, Carlisle Rivera, e Janthon Loadholt, foram presos por integrar a rede e planejar a morte de um cidadão americano de origem iraniana. Durante a campanha eleitoral: Entenda como Rússia, China e Irã estão interferido na corrida à Casa Branca Ameaça: Trump diz que explodirá Irã 'em pedacinhos' se país ameaçar a vida de algum candidato ou ex-presidente dos EUA Segundo a queixa criminal revelada em um tribunal de Manhattan, citada pela Associated Press, Shakeri disse em entrevistas gravadas com agentes do FBI que um agente da Guarda Revolucionária iraniana pediu a ele em setembro para que se concentrasse em vigiar Trump e, então, assassiná-lo. No mesmo mês, a equipe de campanha de Trump disse que o republicano foi alertado pela inteligência americana sobre ameaças "reais e concretas" de assassinato vindas do Irã. Trump foi alvo de um atentado em julho, durante comício na Pensilvânia, e uma tentativa de assassinato em setembro, enquanto jogava uma partida de golfe nos arredores de sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida. O funcionário da guarda, segundo narrou Shakeri, teria dito "já gastamos muito dinheiro" e que "dinheiro não é um problema". O suspeito conta que foi incumbido pelo militar de bolar um plano para o assassinato dentro de sete dias e que, caso não conseguisse, o plano seria suspenso e retomado após as eleições. O oficial, segundo a queixa, presumiu que Trump perderia a eleição e que então seria mais fácil assassiná-lo. Repressão: Mulher detida por protestar usando roupas íntimas foi levada para 'centro de atendimento especializado', diz Irã Shakeri era encarregado pelo regime iraniano de "direcionar uma rede de associados criminosos para promover os planos de assassinato do Irã", disse o secretário de Justiça americano, Merrick Garland. Os integrantes dessa rede seriam detentos que ele conheceu na prisão. O suspeito ficou preso por 14 anos após uma condenação por roubo, sendo deportado na sequência. Ele imigrou para os EUA ainda criança. O Departamento de Justiça disse que ele está foragido e acredita-se que ele resida no Irã. — As acusações anunciadas hoje expõem as contínuas tentativas descaradas do Irã de atingir cidadãos dos EUA, incluindo o presidente eleito Donald Trump, outros líderes do governo e dissidentes que criticam o regime em Teerã — afirmou o diretor do FBI, Christopher Wray, acrescentando: — O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, uma organização terrorista estrangeira, tem conspirado com criminosos e assassinos para atingir e abater americanos em solo americano e isso simplesmente não será tolerado. 'Muito chocada' Segundo a queixa, Shakeri revelou alguns detalhes do suposto plano para matar Trump durante uma série de entrevistas telefônicas gravadas com agentes do FBI enquanto estava no Irã. O motivo da cooperação seria, disse o suspeito aos investigadores, tentar obter uma pena menor para um integrante da rede que está preso nos EUA, informou a AP. As autoridades determinaram que boa parte das informações dada por ele eram falsas, mas consideraram as falas sobre a conspiração para matar Trump e a rede de assassinos de aluguel precisas. Irã: Polícia reforça controle sobre mulheres que não usam véu Já Rivera e Loadholt faziam parte da rede liderada por Shakeri e teriam sido recrutados por ele para vigiar e matar um cidadão americano de origem iraniana, de acordo com o Departamento. A vítima era a jornalista Masih Alinejad, que fazia críticas abertamente ao regime contra a repressão de mulheres. Alinejad disse à AP ter ficado "muito chocada". Os dois foram presos em Nova York na quinta-feira. O Departamento informou que eles fizeram sua primeira aparição a um tribunal no Distrito Sul de Nova York e que seguirão detidos enquanto aguardam julgamento. Os três homens foram acusados de homicídio de aluguel, conspiração para cometer homicídio de aluguel, e conspiração para lavagem de dinheiro. As penas variam entre dez e 20 anos de prisão. Shakeri também foi acusado de conspirar para fornecer suporte material a uma organização terrorista e conspiração para violar sanções aplicadas contra o Irã. Cada um desses crimes pode ter pena máxima de até 20 anos de prisão. Temor de retaliação Quando ainda era candidato, a campanha de Trump disse em comunicado que o republicano "foi informado [ ..] pelo Escritório do Diretor de Inteligência Nacional sobre ameaças reais e concretas do Irã para assa
Farhad Shakeri diz ter sido incumbido por agente da guarda revolucionária; também recrutou dois homens, que foram presos, para matar jornalista americana O Departamento de Justiça dos EUA anunciou nesta sexta-feira que acusou um homem de participar de uma conspiração iraniana para matar o presidente eleito Donald Trump antes da eleição desta semana. Farhad Shakeri, de 51 anos, também seria o responsável por liderar uma rede de associados criminosos recrutados pelo Irã para cometer assassinatos de aluguel e vigilância contra cidadãos israelenses e americanos localizados nos EUA. Outros dois homens, Carlisle Rivera, e Janthon Loadholt, foram presos por integrar a rede e planejar a morte de um cidadão americano de origem iraniana. Durante a campanha eleitoral: Entenda como Rússia, China e Irã estão interferido na corrida à Casa Branca Ameaça: Trump diz que explodirá Irã 'em pedacinhos' se país ameaçar a vida de algum candidato ou ex-presidente dos EUA Segundo a queixa criminal revelada em um tribunal de Manhattan, citada pela Associated Press, Shakeri disse em entrevistas gravadas com agentes do FBI que um agente da Guarda Revolucionária iraniana pediu a ele em setembro para que se concentrasse em vigiar Trump e, então, assassiná-lo. No mesmo mês, a equipe de campanha de Trump disse que o republicano foi alertado pela inteligência americana sobre ameaças "reais e concretas" de assassinato vindas do Irã. Trump foi alvo de um atentado em julho, durante comício na Pensilvânia, e uma tentativa de assassinato em setembro, enquanto jogava uma partida de golfe nos arredores de sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida. O funcionário da guarda, segundo narrou Shakeri, teria dito "já gastamos muito dinheiro" e que "dinheiro não é um problema". O suspeito conta que foi incumbido pelo militar de bolar um plano para o assassinato dentro de sete dias e que, caso não conseguisse, o plano seria suspenso e retomado após as eleições. O oficial, segundo a queixa, presumiu que Trump perderia a eleição e que então seria mais fácil assassiná-lo. Repressão: Mulher detida por protestar usando roupas íntimas foi levada para 'centro de atendimento especializado', diz Irã Shakeri era encarregado pelo regime iraniano de "direcionar uma rede de associados criminosos para promover os planos de assassinato do Irã", disse o secretário de Justiça americano, Merrick Garland. Os integrantes dessa rede seriam detentos que ele conheceu na prisão. O suspeito ficou preso por 14 anos após uma condenação por roubo, sendo deportado na sequência. Ele imigrou para os EUA ainda criança. O Departamento de Justiça disse que ele está foragido e acredita-se que ele resida no Irã. — As acusações anunciadas hoje expõem as contínuas tentativas descaradas do Irã de atingir cidadãos dos EUA, incluindo o presidente eleito Donald Trump, outros líderes do governo e dissidentes que criticam o regime em Teerã — afirmou o diretor do FBI, Christopher Wray, acrescentando: — O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, uma organização terrorista estrangeira, tem conspirado com criminosos e assassinos para atingir e abater americanos em solo americano e isso simplesmente não será tolerado. 'Muito chocada' Segundo a queixa, Shakeri revelou alguns detalhes do suposto plano para matar Trump durante uma série de entrevistas telefônicas gravadas com agentes do FBI enquanto estava no Irã. O motivo da cooperação seria, disse o suspeito aos investigadores, tentar obter uma pena menor para um integrante da rede que está preso nos EUA, informou a AP. As autoridades determinaram que boa parte das informações dada por ele eram falsas, mas consideraram as falas sobre a conspiração para matar Trump e a rede de assassinos de aluguel precisas. Irã: Polícia reforça controle sobre mulheres que não usam véu Já Rivera e Loadholt faziam parte da rede liderada por Shakeri e teriam sido recrutados por ele para vigiar e matar um cidadão americano de origem iraniana, de acordo com o Departamento. A vítima era a jornalista Masih Alinejad, que fazia críticas abertamente ao regime contra a repressão de mulheres. Alinejad disse à AP ter ficado "muito chocada". Os dois foram presos em Nova York na quinta-feira. O Departamento informou que eles fizeram sua primeira aparição a um tribunal no Distrito Sul de Nova York e que seguirão detidos enquanto aguardam julgamento. Os três homens foram acusados de homicídio de aluguel, conspiração para cometer homicídio de aluguel, e conspiração para lavagem de dinheiro. As penas variam entre dez e 20 anos de prisão. Shakeri também foi acusado de conspirar para fornecer suporte material a uma organização terrorista e conspiração para violar sanções aplicadas contra o Irã. Cada um desses crimes pode ter pena máxima de até 20 anos de prisão. Temor de retaliação Quando ainda era candidato, a campanha de Trump disse em comunicado que o republicano "foi informado [ ..] pelo Escritório do Diretor de Inteligência Nacional sobre ameaças reais e concretas do Irã para assassiná-lo, em um esforço para desestabilizar e semear o caos nos Estados Unidos". Em entrevista após vitória: Trump diz que ‘não há preço alto demais’ para seu plano de deportação em massa nos EUA O Irã há muito tempo nega essas acusações, chamando-as de "maliciosas". Desde a morte do general Qasem Suleimani há quatro anos em um ataque aéreo americano em Bagdá, as autoridades americanas temem que o país tente alguma retaliação contra Trump ou seus antigos assessores. Dias depois do ataque contra Trump na Pensilvânia, que deixou um morto e feriu o presidente eleito na orelha, o republicano publicou nas redes sociais que, se o Irã o matasse, esperava que os EUA "obliterassem o Irã, o eliminassem da face da Terra". O país rejeitou as acusações. Semanas antes do atentado, o esquema do republicano havia sido fortemente reforçado após autoridades americanas tomarem conhecimento de um suposto plano iraniano para matá-lo, disseram fontes de inteligência à CBS. A rede americana também relatou que as informações sobre uma possível operação iraniana contra Trump foram obtidas por meio de "inteligência de fonte humana". Em meados de agosto, as agências de segurança e inteligência dos EUA acusaram a nação persa de estar por trás da invasão dos sistemas de campanha do então candidato republicano e viram sinais de que Teerã tentou fazer o mesmo contra a vice-presidente Kamala Harris. A conclusão ocorreu dias após a equipe do candidato denunciar um suposto ataque e ligá-lo aos iranianos.
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