Debate da Globo SP: entenda o registro por suposta agressão de Nunes à mulher citado por Marçal
Segundo Secretaria de Segurança, caso ocorrido em 2011 não teve andamento porque vítima não fez representação contra autor Um boletim de ocorrência registrado em 2011 pela mulher do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, voltou a ser tema de debate na disputa da capital paulista. Adversário de Nunes, Pablo Marçal fez menção ao caso durante o final de um dos segmentos do debate da TV Globo, nesta quinta-feira, o último antes das eleições no domingo. Leia mais: Marçal repete fake news da internet e atribui frase sobre políticos e fraldas a Eça de Queiroz durante debate da Globo Eleições: Boulos exibe exame toxicológico durante debate da Globo e provoca Marçal: 'Agora mostra o psicotécnico' —Ricardo Nunes está no fim da carreira dele, ele está despencando nas pesquisas. Ele que em nenhum debate respondeu porque a esposa dele registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica — disse Pablo Marçal ao final da rodada de perguntas e respostas entre os candidatos. Ricardo Nunes usou os momentos inicias de suas considerações finais para responder ao comentário do adversário. — Foi covarde o que Marçal fez aqui, no finalzinho da pergunta dele, sem eu ter direito de falar. Eu sou casado há 27 anos, eu amo minha esposa, tenho três filhos e um neto. Eu tive um problema há 14 anos que eu fiquei um período separado da minha esposa. Mas o nosso amor, graças a Deus, está bem. Estamos casados, felizes — disse Nunes ao responder Marçal no segmento seguinte — Leia o B.O, tem nada de agressão física. Tivemos uma discussão por telefone e mensagem. Isso eu precisava fala. A denúncia feita pela mulher de Nunes foi revelada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo GLOBO. Em entrevista na sabatina do jornal paulista com o portal Uol, o prefeito foi questionado e respondeu que a denúncia foi "forjada" por não apresentar a assinatura de Regina. — A Regina já falou que ela não fez [o boletim de ocorrência]. Ela contratou um advogado, eu até separei o material para te entregar. O advogado entrou com a petição dizendo que queria, então, esse boletim de ocorrência assinado. Veio a resposta da delegacia que não existe esse boletim de ocorrência [assinado] — disse ele. Em nota, a Secretaria de Segurança confirmou que o caso em questão foi registrado pela 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, em fevereiro de 2011. "Na ocasião, a vítima compareceu na unidade especializada para comunicar os fatos e a ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Embu Guaçu, responsável pela área dos fatos", diz o comunicado. Na época, o atual prefeito foi acusado de violência doméstica, ameaça e injúria pela esposa, Regina Carnovale Nunes, com quem é casado até hoje. Ao realizar a denúncia, Regina teria dito aos policiais que havia vivido em união estável por 12 anos com o então vereador e que eles haviam se separado sete meses antes do registro "devido ao ciúmes excessivo" de Ricardo Nunes. Em depoimento, ela disse que Nunes fazia ligações e enviava mensagens com ameaças a ela e a ofendia com palavrões em sua casa. Em 2015, Regina também fez acusações públicas a Nunes nas redes sociais. Em um dos trechos dessas postagens publicado pela "Folha" ela diz: "Acabei de receber voz de prisão do vereador Ricardo Nunes tudo porque fui cobrar a pensão da minha filha que tive com ele que é de direito dela (...) um bandido que não ajuda a própria filha enquanto banca tudo quanto é festa e finge ser um homem bom esse é o político que está no poder nem a própria filha ajuda". O registro policial relacionado à denúncia de violência doméstica foi revelado pela Folha durante a campanha de 2020, quando Nunes disputava a eleição como vice de Bruno Covas (PSDB). O boletim de ocorrência ainda consta do sistema da Polícia Civil e sua existência já foi admitida por Regina Nunes. No entanto, a Secretaria de Segurança afirma que o caso não teve andamento com a instauração de um inquérito policial porque "havia necessidade de representação contra o autor, o que a vítima não fez".
Segundo Secretaria de Segurança, caso ocorrido em 2011 não teve andamento porque vítima não fez representação contra autor Um boletim de ocorrência registrado em 2011 pela mulher do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, voltou a ser tema de debate na disputa da capital paulista. Adversário de Nunes, Pablo Marçal fez menção ao caso durante o final de um dos segmentos do debate da TV Globo, nesta quinta-feira, o último antes das eleições no domingo. Leia mais: Marçal repete fake news da internet e atribui frase sobre políticos e fraldas a Eça de Queiroz durante debate da Globo Eleições: Boulos exibe exame toxicológico durante debate da Globo e provoca Marçal: 'Agora mostra o psicotécnico' —Ricardo Nunes está no fim da carreira dele, ele está despencando nas pesquisas. Ele que em nenhum debate respondeu porque a esposa dele registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica — disse Pablo Marçal ao final da rodada de perguntas e respostas entre os candidatos. Ricardo Nunes usou os momentos inicias de suas considerações finais para responder ao comentário do adversário. — Foi covarde o que Marçal fez aqui, no finalzinho da pergunta dele, sem eu ter direito de falar. Eu sou casado há 27 anos, eu amo minha esposa, tenho três filhos e um neto. Eu tive um problema há 14 anos que eu fiquei um período separado da minha esposa. Mas o nosso amor, graças a Deus, está bem. Estamos casados, felizes — disse Nunes ao responder Marçal no segmento seguinte — Leia o B.O, tem nada de agressão física. Tivemos uma discussão por telefone e mensagem. Isso eu precisava fala. A denúncia feita pela mulher de Nunes foi revelada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo GLOBO. Em entrevista na sabatina do jornal paulista com o portal Uol, o prefeito foi questionado e respondeu que a denúncia foi "forjada" por não apresentar a assinatura de Regina. — A Regina já falou que ela não fez [o boletim de ocorrência]. Ela contratou um advogado, eu até separei o material para te entregar. O advogado entrou com a petição dizendo que queria, então, esse boletim de ocorrência assinado. Veio a resposta da delegacia que não existe esse boletim de ocorrência [assinado] — disse ele. Em nota, a Secretaria de Segurança confirmou que o caso em questão foi registrado pela 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, em fevereiro de 2011. "Na ocasião, a vítima compareceu na unidade especializada para comunicar os fatos e a ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Embu Guaçu, responsável pela área dos fatos", diz o comunicado. Na época, o atual prefeito foi acusado de violência doméstica, ameaça e injúria pela esposa, Regina Carnovale Nunes, com quem é casado até hoje. Ao realizar a denúncia, Regina teria dito aos policiais que havia vivido em união estável por 12 anos com o então vereador e que eles haviam se separado sete meses antes do registro "devido ao ciúmes excessivo" de Ricardo Nunes. Em depoimento, ela disse que Nunes fazia ligações e enviava mensagens com ameaças a ela e a ofendia com palavrões em sua casa. Em 2015, Regina também fez acusações públicas a Nunes nas redes sociais. Em um dos trechos dessas postagens publicado pela "Folha" ela diz: "Acabei de receber voz de prisão do vereador Ricardo Nunes tudo porque fui cobrar a pensão da minha filha que tive com ele que é de direito dela (...) um bandido que não ajuda a própria filha enquanto banca tudo quanto é festa e finge ser um homem bom esse é o político que está no poder nem a própria filha ajuda". O registro policial relacionado à denúncia de violência doméstica foi revelado pela Folha durante a campanha de 2020, quando Nunes disputava a eleição como vice de Bruno Covas (PSDB). O boletim de ocorrência ainda consta do sistema da Polícia Civil e sua existência já foi admitida por Regina Nunes. No entanto, a Secretaria de Segurança afirma que o caso não teve andamento com a instauração de um inquérito policial porque "havia necessidade de representação contra o autor, o que a vítima não fez".
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