De 2% das intenções de voto ao quarto lugar: entenda como Gabriel Azevedo ultrapassou esquerda em Belo Horizonte
Sem se comprometer com a polarização, presidente da Câmara Municipal concorreu pelo MDB com um discurso crítico ao prefeito Fuad Noman (PSD) Quem olhava as pesquisas em agosto deste ano, mal podia esperar que o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (MDB), teria uma ascensão na reta final de campanha. O candidato que chegou a ter 2% das intenções de voto terminou em quarto lugar, com 10,58% dos votos contabilizados até 20h05 deste domingo, com 96,68% das urnas apuradas. Esse crescimento já vinha sendo apontado pelas amostras divulgadas na semana passada. De acordo com o cálculo do Rali, agregador de pesquisas do GLOBO em parceria com o Instituto Locomotiva, Gabriel encerrou sua trajetória com 12%. O resultado vinha sendo influenciado pelo levantamento da Atlas, que o colocou em segundo lugar. A trajetória de Gabriel Azevedo até a apuração deste domingo começou com um importante apoio: ele conseguiu como candidato a vice o ex-vice-governador Paulo Brant, que pertence ao PSB, partido que vinha sendo pleiteado pelos candidatos à esquerda. Em coligação, as siglas conseguiram um minuto e sete segundos de propaganda eleitoral na televisão, onde o candidato investiu em peças dinâmicas. A que mais viralizou foi uma comparação entre os currículos dos candidatos. Formado em três faculdades — direito, publicidade e jornalismo — o político criticava a ausência de experiência acadêmica de seus adversários. Sobre o bolsonarista, o deputado estadual, Bruno Engler (PL), Azevedo escreveu em uma folha de papel "gamer celibatário". Em sua segunda legislatura, Engler terminará sua graduação no final deste ano, em gestão pública. Este estilo enfrentador virou sua marca, principalmente em relação ao prefeito Fuad Noman (PSD). Em mais de uma ocasião, ele fez alertas sobre o candidato do PSD não ser "apenas um senhorzinho de suspensórios". Ele acusou o gestor de estar ligado à empresários de ônibus na capital, o que foi veementemente negado por Fuad. Na semana final, quando os candidatos participaram de quatro debates, Azevedo ganhou a simpatia do eleitor por adotar um tom professoral próximo ao de sua realidade, já que ministra aulas de Direito Constitucional na capital mineira. Sua campanha também relata que seu jingle que trazia frases como "foguete não tem ré" ganhou o imaginário das crianças. Enquanto dava entrevista ao GLOBO na semana passada, Gabriel recebeu duas crianças em seu apartamento na zona central da cidade. Os pais relataram a paixão delas pelo político após terem o conhecido pelas redes sociais. Hoje enquanto presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo está em seu segundo mandato eletivo. Sua história começou em 2011, quando integrou a chamada "Turma do Chapéu", uma espécie de militância digital do PSDB. A iniciativa tinha a benção da irmã do ex-governador Aécio Neves, Andréa. Depois dessa primeira boa impressão, virou subsecretário de Juventude do ex-governador Antonio Anastasia (PSD). 'De centro, mas temperado' Ao longo dos anos, ele sempre se posicionou como um político de centro e nunca apoiou Jair Bolsonaro (PL) ou Lula (PT). Apesar de centrista, diz ser "temperado" e adepto a elevar o tom sempre que necessário.
Sem se comprometer com a polarização, presidente da Câmara Municipal concorreu pelo MDB com um discurso crítico ao prefeito Fuad Noman (PSD) Quem olhava as pesquisas em agosto deste ano, mal podia esperar que o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (MDB), teria uma ascensão na reta final de campanha. O candidato que chegou a ter 2% das intenções de voto terminou em quarto lugar, com 10,58% dos votos contabilizados até 20h05 deste domingo, com 96,68% das urnas apuradas. Esse crescimento já vinha sendo apontado pelas amostras divulgadas na semana passada. De acordo com o cálculo do Rali, agregador de pesquisas do GLOBO em parceria com o Instituto Locomotiva, Gabriel encerrou sua trajetória com 12%. O resultado vinha sendo influenciado pelo levantamento da Atlas, que o colocou em segundo lugar. A trajetória de Gabriel Azevedo até a apuração deste domingo começou com um importante apoio: ele conseguiu como candidato a vice o ex-vice-governador Paulo Brant, que pertence ao PSB, partido que vinha sendo pleiteado pelos candidatos à esquerda. Em coligação, as siglas conseguiram um minuto e sete segundos de propaganda eleitoral na televisão, onde o candidato investiu em peças dinâmicas. A que mais viralizou foi uma comparação entre os currículos dos candidatos. Formado em três faculdades — direito, publicidade e jornalismo — o político criticava a ausência de experiência acadêmica de seus adversários. Sobre o bolsonarista, o deputado estadual, Bruno Engler (PL), Azevedo escreveu em uma folha de papel "gamer celibatário". Em sua segunda legislatura, Engler terminará sua graduação no final deste ano, em gestão pública. Este estilo enfrentador virou sua marca, principalmente em relação ao prefeito Fuad Noman (PSD). Em mais de uma ocasião, ele fez alertas sobre o candidato do PSD não ser "apenas um senhorzinho de suspensórios". Ele acusou o gestor de estar ligado à empresários de ônibus na capital, o que foi veementemente negado por Fuad. Na semana final, quando os candidatos participaram de quatro debates, Azevedo ganhou a simpatia do eleitor por adotar um tom professoral próximo ao de sua realidade, já que ministra aulas de Direito Constitucional na capital mineira. Sua campanha também relata que seu jingle que trazia frases como "foguete não tem ré" ganhou o imaginário das crianças. Enquanto dava entrevista ao GLOBO na semana passada, Gabriel recebeu duas crianças em seu apartamento na zona central da cidade. Os pais relataram a paixão delas pelo político após terem o conhecido pelas redes sociais. Hoje enquanto presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo está em seu segundo mandato eletivo. Sua história começou em 2011, quando integrou a chamada "Turma do Chapéu", uma espécie de militância digital do PSDB. A iniciativa tinha a benção da irmã do ex-governador Aécio Neves, Andréa. Depois dessa primeira boa impressão, virou subsecretário de Juventude do ex-governador Antonio Anastasia (PSD). 'De centro, mas temperado' Ao longo dos anos, ele sempre se posicionou como um político de centro e nunca apoiou Jair Bolsonaro (PL) ou Lula (PT). Apesar de centrista, diz ser "temperado" e adepto a elevar o tom sempre que necessário.
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