Coronel sugeriu usar 'adidos militares' para 'fazer propaganda' sobre 'fraude' nas eleições no exterior, aponta PF
Intenção era justificar um golpe de Estado após vitória de Lula O relatório da Polícia Federal, que baseou a operação Contragolpe deflagrada nesta terça-feira, aponta que militares cogitaram utilizar adidos da corporação para "fazer propaganda" no exterior sobre fraude nas eleições de 2022 e, assim, justificar um golpe de Estado. Arsenal, mapeamento de rotas e tentativa de golpe: Cronologia mostra plano para matar Moraes, Lula e Alckmin, segundo a PF Vídeo: 'Vontade de matar alguém todo mundo alguma vez na vida já teve', diz Flávio Bolsonaro sobre plano contra Lula Esse indício se fundamenta em uma mensagem enviada pelo coronel Reginaldo de Abreu, então chefe de gabinete do general Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, ao seu chefe. “Tem que usar os adidos militares nas embaixadas para fazer propaganda e cooptar a população lá fora. A mídia internacional. Tem que usar o adido, não o embaixador”, disse o coronel em áudio transcrito pela PF e datado de 4 de novembro de 2022, alguns dias depois do segundo turno do pleito em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso conta Jair Bolsonaro (PL). Segundo a PF, a ideia era disseminar a "apresentação da Argentina", numa provável referência à live feita pelo consultor Fernando Cerimedo na qual ele divulgou informações falsas sobre a credibilidade das urnas eletrônicas. O argentino atuou como estrategista digital do presidente argentino Javier Milei e está na mira do inquérto sobre a trama golpista. "Nos diálogos, tanto MARIO FERNANDES quanto REGINALDO VIEIRA DE ABREU se mostram interessados na utilização da 'apresentação da Argentina' como uma forma de alegar fraudes nas eleições", afirmou a PF. Os investigadores também identificaram mensagens em que o general e o coronel ficam impacientes com a suposta demora de Bolsonaro em ir adiante com os intentos antidemocráticos. Em novembro, o coronel enviou mensagem a Fernandes em que critica a expressão usada por Bolsonaro de que "só atuaria dentro das quatro linhas da Constituição": "O senhor me desculpe a expressão, mas quatro linhas é o caralho. Quatro linhas da Constituição é o caceta", reclamou. Em dezembro, frustrado com as Forças Armadas, Fernandes encaminhou mensagem ao coronel na qual externa sua ansiedade para que Bolsonaro assinasse logo o decreto golpista: "Cara, porra, o presidente tem que decidir e assinar esta merda, porra".
Intenção era justificar um golpe de Estado após vitória de Lula O relatório da Polícia Federal, que baseou a operação Contragolpe deflagrada nesta terça-feira, aponta que militares cogitaram utilizar adidos da corporação para "fazer propaganda" no exterior sobre fraude nas eleições de 2022 e, assim, justificar um golpe de Estado. Arsenal, mapeamento de rotas e tentativa de golpe: Cronologia mostra plano para matar Moraes, Lula e Alckmin, segundo a PF Vídeo: 'Vontade de matar alguém todo mundo alguma vez na vida já teve', diz Flávio Bolsonaro sobre plano contra Lula Esse indício se fundamenta em uma mensagem enviada pelo coronel Reginaldo de Abreu, então chefe de gabinete do general Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, ao seu chefe. “Tem que usar os adidos militares nas embaixadas para fazer propaganda e cooptar a população lá fora. A mídia internacional. Tem que usar o adido, não o embaixador”, disse o coronel em áudio transcrito pela PF e datado de 4 de novembro de 2022, alguns dias depois do segundo turno do pleito em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso conta Jair Bolsonaro (PL). Segundo a PF, a ideia era disseminar a "apresentação da Argentina", numa provável referência à live feita pelo consultor Fernando Cerimedo na qual ele divulgou informações falsas sobre a credibilidade das urnas eletrônicas. O argentino atuou como estrategista digital do presidente argentino Javier Milei e está na mira do inquérto sobre a trama golpista. "Nos diálogos, tanto MARIO FERNANDES quanto REGINALDO VIEIRA DE ABREU se mostram interessados na utilização da 'apresentação da Argentina' como uma forma de alegar fraudes nas eleições", afirmou a PF. Os investigadores também identificaram mensagens em que o general e o coronel ficam impacientes com a suposta demora de Bolsonaro em ir adiante com os intentos antidemocráticos. Em novembro, o coronel enviou mensagem a Fernandes em que critica a expressão usada por Bolsonaro de que "só atuaria dentro das quatro linhas da Constituição": "O senhor me desculpe a expressão, mas quatro linhas é o caralho. Quatro linhas da Constituição é o caceta", reclamou. Em dezembro, frustrado com as Forças Armadas, Fernandes encaminhou mensagem ao coronel na qual externa sua ansiedade para que Bolsonaro assinasse logo o decreto golpista: "Cara, porra, o presidente tem que decidir e assinar esta merda, porra".
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