Com convidados surpresa a cada edição, Samba do Pretinho da Serrinha é fenômeno no Rio
Sempre lotada, nova temporada da roda, que já recebeu artistas como Milton Nascimento, Martinho da Vila, Marisa Monte e Caetano Veloso, vira 'o' point das quintas-feiras na Arena Jockey “Foram me chamar/ Eu estou aqui, o que é que há/ Eu vim de lá, eu vim de lá pequenininho/ Mas eu vim de lá pequenininho/ Alguém me avisou pra pisar nesse chão devagarinho”. Se você já foi em alguma roda de samba comandada por Pretinho da Serrinha, certamente já ouviu esses versos. É que o sambista (compositor, produtor e diretor musical), carioca natural do Morro da Serrinha, na Zona Norte, só começa uma roda com essa música, “Alguém me avisou”, de Dona Ivone Lara. Chamem de superstição, sorte ou fé. Seja o que for, tem dado certo. Fique por dentro: siga o perfil do Rio Show no Instagram (@rioshowoglobo), assine a newsletter semanal e entre no canal do WhatsApp Simple Minds anuncia shows no Brasil: veja datas, preços e como comprar Depois de uma temporada de sucesso no ano passado, ele foi chamado e voltou, no final de outubro, com o “Samba do Pretinho”, nas mesmas quintas-feiras e no mesmo lugar, a Arena Jockey, na Gávea, onde bate ponto até o final do ano. Sob as bençãos do Cristo Redentor e na companhia de convidados surpresa do naipe de Martinho da Vila e Milton Nascimento, Pretinho tem reunido cerca de três mil pessoas por semana. — No ano passado, antes de começar, estávamos em pânico, com medo de ficar vazio, mas aí teve muita procura. Dessa vez eu comecei mais tranquilo. Hoje estou mais à vontade no palco — diz Pretinho, que recebeu convites para repetir a roda em outros lugares, ao longo do ano, mas recusou, a fim de manter essa “exclusividade”.— Virou uma família. Eu olho nos olhos das pessoas, vejo uma alegria, e quanto mais eu vejo, mais eu canto, para elas ficarem ainda mais alegres. No repertório, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e o que mais “todo mundo souber cantar”, mas sem roteiro. —As pessoas saem de casa para se divertir, então eu escolho os sambas que as pessoas gostam e cantam junto — comenta. Veja detalhes: Christina Aguilera anuncia show solo no Rio de Janeiro A atriz Juliana Martins, de 50 anos, frequentadora assídua da roda, não deixa o sambista mentir, e elogia o “repertório raiz”. Ela conta que viu o espaço conquistando cada vez mais adeptos, até ficar lotado, e com um “astral maravilhoso”. —Eu estava lá quando era tudo mato (risos). Na primeira vez que fui, não acreditei: “Como assim? Esse lugar maravilhoso? Com música da melhor qualidade? Até as 22h?” — diz a atriz. —E fora que toda semana tem uma surpresa que não temos sempre por aí. Cada quinta você fala: “Quem vem hoje? Caetano? Marisa? Milton?” (risos). Mas desde o começo, quando tudo era mato, Pretinho já dizia, enfático, que o protagonista ali era o samba, e por isso os convidados não são anunciados. Seu Jorge, Lulu Santos, Jorge Aragão e Maria Rita são outros que também já deram canja por lá. —De fora parece que é organizado? (risos). Não tem organização nenhuma. Eu ligo para os amigos no começo da semana e pergunto se eles estão de bobeira naquela quinta – diz. Réveillon 2025: Anitta, Ludmilla, Ferrugem e Pabllo Vittar animam festas da virada no Rio; saiba quais ainda têm ingresso Para Pretinho, a ida de Milton Nascimento ao samba, no último dia 7, representa uma “cartada” para convencer mais amigos a também participarem da festa. Até o final do ano, ele quer levar Paulinho da Viola, Leci Brandão, Alcione e Zeca Pagodinho, entre outros: — O Zeca é mais amigo que um monte de gente, mas é difícil, não quer sair de Xerém para nada. Ele diz que 20h é muito tarde, mas falei que até o final ele tem que ir, e vai. Não tem como ele não aparecer. Outra pessoa que bate ponto no Samba do Pretinho é a designer gráfica Luisa Annik, de 26 anos. À frente da produção do Prêmio da Música Brasileira e apaixonada por samba, Luisa tenta explicar o sucesso do evento. –É um programa maravilhoso de quinta. Vou direto do trabalho e sempre encontro amigos queridos. Virou um “point” semanal. E o fato de sempre ter convidados surpresa também instiga as pessoas a irem. Nunca sabemos o que vamos encontrar, mas temos certeza de que vai ser bem legal – diz Luisa. - O samba é uma música que permeia a vida das pessoas e recebe todo mundo de braços abertos. É o espírito do brasileiro, e principalmente do carioca. Todos se sentem pertencentes, confortáveis e felizes. Casa G20: em Ipanema, espaço tem shows a R$ 5, mostra de filmes e exposição gratuita, até janeiro E com frequência tem mais de um amigo por noite. Na última quinta, foram Mariene de Castro, Miguelzinho do Cavaco, Serjão Loroza e Pedro Luís, que cantou junto com ele “Samba de arerê” e “Vou festejar”. —Já tinha assistido ao samba no ano passado e agora tive o privilégio de ser convidado. Falei que tinha que “pisar forte” e acho que deu certo — vibra o cantor, que nutre uma relação de amizade com Pretinho. —Ele é uma autoridade musical, cria da Serrinha, um dos maiores redutos culturais do Rio.
Sempre lotada, nova temporada da roda, que já recebeu artistas como Milton Nascimento, Martinho da Vila, Marisa Monte e Caetano Veloso, vira 'o' point das quintas-feiras na Arena Jockey “Foram me chamar/ Eu estou aqui, o que é que há/ Eu vim de lá, eu vim de lá pequenininho/ Mas eu vim de lá pequenininho/ Alguém me avisou pra pisar nesse chão devagarinho”. Se você já foi em alguma roda de samba comandada por Pretinho da Serrinha, certamente já ouviu esses versos. É que o sambista (compositor, produtor e diretor musical), carioca natural do Morro da Serrinha, na Zona Norte, só começa uma roda com essa música, “Alguém me avisou”, de Dona Ivone Lara. Chamem de superstição, sorte ou fé. Seja o que for, tem dado certo. Fique por dentro: siga o perfil do Rio Show no Instagram (@rioshowoglobo), assine a newsletter semanal e entre no canal do WhatsApp Simple Minds anuncia shows no Brasil: veja datas, preços e como comprar Depois de uma temporada de sucesso no ano passado, ele foi chamado e voltou, no final de outubro, com o “Samba do Pretinho”, nas mesmas quintas-feiras e no mesmo lugar, a Arena Jockey, na Gávea, onde bate ponto até o final do ano. Sob as bençãos do Cristo Redentor e na companhia de convidados surpresa do naipe de Martinho da Vila e Milton Nascimento, Pretinho tem reunido cerca de três mil pessoas por semana. — No ano passado, antes de começar, estávamos em pânico, com medo de ficar vazio, mas aí teve muita procura. Dessa vez eu comecei mais tranquilo. Hoje estou mais à vontade no palco — diz Pretinho, que recebeu convites para repetir a roda em outros lugares, ao longo do ano, mas recusou, a fim de manter essa “exclusividade”.— Virou uma família. Eu olho nos olhos das pessoas, vejo uma alegria, e quanto mais eu vejo, mais eu canto, para elas ficarem ainda mais alegres. No repertório, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e o que mais “todo mundo souber cantar”, mas sem roteiro. —As pessoas saem de casa para se divertir, então eu escolho os sambas que as pessoas gostam e cantam junto — comenta. Veja detalhes: Christina Aguilera anuncia show solo no Rio de Janeiro A atriz Juliana Martins, de 50 anos, frequentadora assídua da roda, não deixa o sambista mentir, e elogia o “repertório raiz”. Ela conta que viu o espaço conquistando cada vez mais adeptos, até ficar lotado, e com um “astral maravilhoso”. —Eu estava lá quando era tudo mato (risos). Na primeira vez que fui, não acreditei: “Como assim? Esse lugar maravilhoso? Com música da melhor qualidade? Até as 22h?” — diz a atriz. —E fora que toda semana tem uma surpresa que não temos sempre por aí. Cada quinta você fala: “Quem vem hoje? Caetano? Marisa? Milton?” (risos). Mas desde o começo, quando tudo era mato, Pretinho já dizia, enfático, que o protagonista ali era o samba, e por isso os convidados não são anunciados. Seu Jorge, Lulu Santos, Jorge Aragão e Maria Rita são outros que também já deram canja por lá. —De fora parece que é organizado? (risos). Não tem organização nenhuma. Eu ligo para os amigos no começo da semana e pergunto se eles estão de bobeira naquela quinta – diz. Réveillon 2025: Anitta, Ludmilla, Ferrugem e Pabllo Vittar animam festas da virada no Rio; saiba quais ainda têm ingresso Para Pretinho, a ida de Milton Nascimento ao samba, no último dia 7, representa uma “cartada” para convencer mais amigos a também participarem da festa. Até o final do ano, ele quer levar Paulinho da Viola, Leci Brandão, Alcione e Zeca Pagodinho, entre outros: — O Zeca é mais amigo que um monte de gente, mas é difícil, não quer sair de Xerém para nada. Ele diz que 20h é muito tarde, mas falei que até o final ele tem que ir, e vai. Não tem como ele não aparecer. Outra pessoa que bate ponto no Samba do Pretinho é a designer gráfica Luisa Annik, de 26 anos. À frente da produção do Prêmio da Música Brasileira e apaixonada por samba, Luisa tenta explicar o sucesso do evento. –É um programa maravilhoso de quinta. Vou direto do trabalho e sempre encontro amigos queridos. Virou um “point” semanal. E o fato de sempre ter convidados surpresa também instiga as pessoas a irem. Nunca sabemos o que vamos encontrar, mas temos certeza de que vai ser bem legal – diz Luisa. - O samba é uma música que permeia a vida das pessoas e recebe todo mundo de braços abertos. É o espírito do brasileiro, e principalmente do carioca. Todos se sentem pertencentes, confortáveis e felizes. Casa G20: em Ipanema, espaço tem shows a R$ 5, mostra de filmes e exposição gratuita, até janeiro E com frequência tem mais de um amigo por noite. Na última quinta, foram Mariene de Castro, Miguelzinho do Cavaco, Serjão Loroza e Pedro Luís, que cantou junto com ele “Samba de arerê” e “Vou festejar”. —Já tinha assistido ao samba no ano passado e agora tive o privilégio de ser convidado. Falei que tinha que “pisar forte” e acho que deu certo — vibra o cantor, que nutre uma relação de amizade com Pretinho. —Ele é uma autoridade musical, cria da Serrinha, um dos maiores redutos culturais do Rio. Registro em vídeo No palco de Pretinho, a vida se mistura com a arte. —Ensaio? (risos). Não existe isso. A gente ensaia desde que nasceu. O samba por si só já é a graça. Não dá para ficar floreando muito, senão tira a essência —afirma o sambista. O negócio está dando tão certo que ele quer registrar para posteridade: no começo do ano que vem, vai gravar, em vídeo, o clima dessas quintas-feiras no Jockey. Mas, como a Arena já estará desmontada, a roda será em outro local (“Quero voltar um pouquinho na minha origem”, adianta). —Esse projeto me melhorou como artista, me engrandeceu. Só ganhei com essa roda. Profissionalmente e financeiramente também, mas principalmente artisticamente . O samba é a minha vida. A agenda da Arena 23/11: Ney Matogrosso.O cantor de 83 anos leva a turnê “Bloco na rua”, com sucessos como “Sangue latino”. Às 20h. De R$ 160 (pista) a R$ 200 (pista premium), com 1kg de alimento. 26/11: Toto. A banda de rock americana formada nos anos 1970 lembra hits como “Africa”. Às 19h. De R$ 390 (pista) a R$ 720 (pista premium). 30/11: Rubel (participação de Tim Bernardes) 1/12: Belo e Pixote 6/12: Xande canta Caetano 7/12: Diogo Nogueira 8/12: Mangolab Jazz com Eduardo Santana (Afrojazz) & DJs 13/12: Lô Borges e Beto Guedes 14/12: Jota Quest 15/12: O Grande Encontro (Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo) 20/12: Boca Livre e show surpresa 21/12: Roupa Nova 27/12: João Gomes 28/12: Baianasystem 31/12: Réveillon Tropical com Ludmilla e Ferrugem
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