Clássico hostil em Madri termina sem incidentes envolvendo Vini Jr, e com empate entre Atlético e Real
Brasileiro se esquivou de confusões e deu cruzamento para gol de Militão. Jogo que ficou paralisado por 15 minutos, por conta da torcida da casa, teve bola na rede no apagar das luzes Os recorrentes casos de racismo contra Vinícius Júnior na Espanha, ao longo das últimas temporadas, tornaram o dérbi entre Real Madrid e Atlético de Madrid um jogo tenso para muito além das quatro linhas. No jogo deste domingo, que terminou em empate por 1 a 1 , no Civitas Metropolitano — gols de Éder Militão e Ángel Corrêa —, o nível de alerta chegou ao ápice, com a liga espanhola prometendo tolerância zero para torcedores que cometessem novos crimes de ódio contra o brasileiro. Mesmo sem incidentes deste tipo, porém, ele não deixou de ser o alvo principal em um ambiente severamente hostil. Principalmente, por causa da "Frente Atlético", maior grupo de torcedores do clube, composto por pessoas de direcionamento extremista. Após Militão abrir o placar da partida, por volta dos 20 minutos do segundo tempo, estes protagonizaram nova demonstração de violência, provocando uma chuva de isqueiros e objetos na direção de Courtois, goleiro do Real. O clássico foi paralisado por cerca de 15 minutos, e nomes importantes do Atlético, como o treinador Diego Simeone e o meia Koke, foram para trás dos gols para tentar acalmar os ânimos. Vini se esquivou de confusões e também foi retirado de tumultos pelos companheiros, apesar de ser vaiado toda vez que encostava na bola. Acostumado a decidir, fez pelo lado esquerdo o cruzamento que originou o gol do Real, mas também comemorou discretamente. Vini Jr no clássico hostil entre Real Madrid e Atlético de Madrid OSCAR DEL POZO / AFP Gol no final A retomada da partida foi acompanhada igualmente por uma escalada de tensão, algo natural para um clássico deste porte, mas ainda mais acentuada pela presença do melhor jogador brasileiro da atualidade. No final, ele deu alguns brados contra a arquibancada adversária, para ajudar a segurar uma vitória emocional. Aos 40 minutos, Vini foi tirado de campo por Carlo Ancelotti, para dar lugar a Endrick, que tentou dar seu cartão de visitas no clássico, arriscando chute de longe. Após sua saída, o jogo viveu mais um amontoado de emoções, com Corrêa empatando a partida em um lance inicialmente anulado, Marcos Llorente sendo expulso no final, e até um choque de cabeças na área. O resultado fez o Real, vice-líder do Espanhol, chegar a 18 pontos, e o terceiro colocado Atlético ficar com 16. O Barcelona, que perdeu na rodada, estacionou nos 21, mas segue na ponta. Mais uma noite tensa no dérbi pode acabar gerando punições para o Atlético, pelo mau comportamento de torcedores que o clube pouco faz para conter, mas terminou em comemoração pelo empate com gosto de vitória. Felizmente, sem casos de racismo no campo.
Brasileiro se esquivou de confusões e deu cruzamento para gol de Militão. Jogo que ficou paralisado por 15 minutos, por conta da torcida da casa, teve bola na rede no apagar das luzes Os recorrentes casos de racismo contra Vinícius Júnior na Espanha, ao longo das últimas temporadas, tornaram o dérbi entre Real Madrid e Atlético de Madrid um jogo tenso para muito além das quatro linhas. No jogo deste domingo, que terminou em empate por 1 a 1 , no Civitas Metropolitano — gols de Éder Militão e Ángel Corrêa —, o nível de alerta chegou ao ápice, com a liga espanhola prometendo tolerância zero para torcedores que cometessem novos crimes de ódio contra o brasileiro. Mesmo sem incidentes deste tipo, porém, ele não deixou de ser o alvo principal em um ambiente severamente hostil. Principalmente, por causa da "Frente Atlético", maior grupo de torcedores do clube, composto por pessoas de direcionamento extremista. Após Militão abrir o placar da partida, por volta dos 20 minutos do segundo tempo, estes protagonizaram nova demonstração de violência, provocando uma chuva de isqueiros e objetos na direção de Courtois, goleiro do Real. O clássico foi paralisado por cerca de 15 minutos, e nomes importantes do Atlético, como o treinador Diego Simeone e o meia Koke, foram para trás dos gols para tentar acalmar os ânimos. Vini se esquivou de confusões e também foi retirado de tumultos pelos companheiros, apesar de ser vaiado toda vez que encostava na bola. Acostumado a decidir, fez pelo lado esquerdo o cruzamento que originou o gol do Real, mas também comemorou discretamente. Vini Jr no clássico hostil entre Real Madrid e Atlético de Madrid OSCAR DEL POZO / AFP Gol no final A retomada da partida foi acompanhada igualmente por uma escalada de tensão, algo natural para um clássico deste porte, mas ainda mais acentuada pela presença do melhor jogador brasileiro da atualidade. No final, ele deu alguns brados contra a arquibancada adversária, para ajudar a segurar uma vitória emocional. Aos 40 minutos, Vini foi tirado de campo por Carlo Ancelotti, para dar lugar a Endrick, que tentou dar seu cartão de visitas no clássico, arriscando chute de longe. Após sua saída, o jogo viveu mais um amontoado de emoções, com Corrêa empatando a partida em um lance inicialmente anulado, Marcos Llorente sendo expulso no final, e até um choque de cabeças na área. O resultado fez o Real, vice-líder do Espanhol, chegar a 18 pontos, e o terceiro colocado Atlético ficar com 16. O Barcelona, que perdeu na rodada, estacionou nos 21, mas segue na ponta. Mais uma noite tensa no dérbi pode acabar gerando punições para o Atlético, pelo mau comportamento de torcedores que o clube pouco faz para conter, mas terminou em comemoração pelo empate com gosto de vitória. Felizmente, sem casos de racismo no campo.
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