Catar pede que Hamas tire escritório do país ao comunicar saída da mesa de negociações por conflito em Gaza

País teria abandonado mediação de cessar-fogo entre Israel e Hamas citando 'recusa em negociar de boa-fé', segundo fonte diplomática ouvida pela imprensa internacional O Catar teria informado a Israel e o Hamas neste sábado que está abandonando a mesa de negociações, na qual atua como mediador, citando a recusa de ambas as partes de assumir os compromissos necessários para um acordo de cessar-fogo em Gaza que também permita a libertação de reféns. No comunicado, o país comunicou aos líderes do Hamas para que deixem o país, onde mantém sua base política há anos, alegando que o "escritório político da organização não serve mais ao seu propósito". Escalada: Irã alerta para risco de guerra ‘se espalhar’ para além do Oriente Médio Crise humanitária: Quase 70% dos mortos na guerra em Gaza são mulheres e crianças, diz ONU A informação foi noticiada por diferentes meios de comunicação, como o jornal israelense Haaretz e as agências de notícias AFP e Associated Press, que ouviram uma fonte diplomática sob condição de anonimato. Até o momento, porém, o Catar ainda não anunciada oficialmente o fato. Um oficial sênior do Hamas disse à AFP que o grupo não recebeu nenhuma notificação para sair de Doha, e se recusou a confirmar se o Catar havia comunicado realmente a saída da mediação. — Não temos nada a confirmar ou negar com relação ao que foi publicado por uma fonte diplomática não identificada e não recebemos nenhum pedido para deixar o Catar — disse o funcionário do Hamas à AFP. Guerra em Gaza: Sob pressão, Exército de Israel pede alistamento de 7 mil judeus ultraortodoxos Segundo a fonte, o Catar declarou, na comunicação enviada a Israel, ao Hamas e aos EUA, que "enquanto houver resistência para negociar de boa-fé, [o Catar] não está disposto a continuar a mediação". As partes não teriam sido previamente avisadas sobre a medida, que foi informada após o país tomar a decisão, acrescentou a fonte. De acordo com a fonte, o Catar decidiu abandonar a mesa "depois que ambas as partes se recusaram consistentemente a se envolver em conversações, exceto com base em suas posições, sem demonstrar vontade de progredir de forma construtiva". O Catar, que junto com o Egito está à frente das negociações desde o início da guerra, teria indicado aos EUA disposição de voltar para a mesa caso as artes mudem sua postura. Alerta: População inteira no norte de Gaza corre risco iminente de morte, diz Unicef “Os catarianos transmitiram ao governo dos EUA que estariam prontos para voltar a se envolver na mediação quando ambos os lados (...) demonstrarem uma vontade sincera de voltar à mesa de negociações”, acrescentou a fonte. O comunicado, no entanto, pode ser uma forma de pressionar as partes em prol de uma resolução, afirmou a fonte. Em abril, uma mensagem semelhante teria sido transmitida, "forçando os agentes do Hamas a se mudarem do Catar para a Turquia". No entanto, bastaram duas semanas para que os governos americano e israelense pedissem que o Catar facilitasse o retorno do grupo para que as discussões continuassem. Na época, autoridades dos EUA teriam alegado que as negociações não estavam sendo eficazes com a cúpula do Hamas na Turquia. Um alto funcionário do Egito ouvido pela rede catari al-Jazeera concordou que é provável que o Catar retorne aos esforços se ambos os lados demonstrarem “séria disposição política” para chegar a um acordo sobre a guerra.

Nov 9, 2024 - 16:55
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Catar pede que Hamas tire escritório do país ao comunicar saída da mesa de negociações por conflito em Gaza

País teria abandonado mediação de cessar-fogo entre Israel e Hamas citando 'recusa em negociar de boa-fé', segundo fonte diplomática ouvida pela imprensa internacional O Catar teria informado a Israel e o Hamas neste sábado que está abandonando a mesa de negociações, na qual atua como mediador, citando a recusa de ambas as partes de assumir os compromissos necessários para um acordo de cessar-fogo em Gaza que também permita a libertação de reféns. No comunicado, o país comunicou aos líderes do Hamas para que deixem o país, onde mantém sua base política há anos, alegando que o "escritório político da organização não serve mais ao seu propósito". Escalada: Irã alerta para risco de guerra ‘se espalhar’ para além do Oriente Médio Crise humanitária: Quase 70% dos mortos na guerra em Gaza são mulheres e crianças, diz ONU A informação foi noticiada por diferentes meios de comunicação, como o jornal israelense Haaretz e as agências de notícias AFP e Associated Press, que ouviram uma fonte diplomática sob condição de anonimato. Até o momento, porém, o Catar ainda não anunciada oficialmente o fato. Um oficial sênior do Hamas disse à AFP que o grupo não recebeu nenhuma notificação para sair de Doha, e se recusou a confirmar se o Catar havia comunicado realmente a saída da mediação. — Não temos nada a confirmar ou negar com relação ao que foi publicado por uma fonte diplomática não identificada e não recebemos nenhum pedido para deixar o Catar — disse o funcionário do Hamas à AFP. Guerra em Gaza: Sob pressão, Exército de Israel pede alistamento de 7 mil judeus ultraortodoxos Segundo a fonte, o Catar declarou, na comunicação enviada a Israel, ao Hamas e aos EUA, que "enquanto houver resistência para negociar de boa-fé, [o Catar] não está disposto a continuar a mediação". As partes não teriam sido previamente avisadas sobre a medida, que foi informada após o país tomar a decisão, acrescentou a fonte. De acordo com a fonte, o Catar decidiu abandonar a mesa "depois que ambas as partes se recusaram consistentemente a se envolver em conversações, exceto com base em suas posições, sem demonstrar vontade de progredir de forma construtiva". O Catar, que junto com o Egito está à frente das negociações desde o início da guerra, teria indicado aos EUA disposição de voltar para a mesa caso as artes mudem sua postura. Alerta: População inteira no norte de Gaza corre risco iminente de morte, diz Unicef “Os catarianos transmitiram ao governo dos EUA que estariam prontos para voltar a se envolver na mediação quando ambos os lados (...) demonstrarem uma vontade sincera de voltar à mesa de negociações”, acrescentou a fonte. O comunicado, no entanto, pode ser uma forma de pressionar as partes em prol de uma resolução, afirmou a fonte. Em abril, uma mensagem semelhante teria sido transmitida, "forçando os agentes do Hamas a se mudarem do Catar para a Turquia". No entanto, bastaram duas semanas para que os governos americano e israelense pedissem que o Catar facilitasse o retorno do grupo para que as discussões continuassem. Na época, autoridades dos EUA teriam alegado que as negociações não estavam sendo eficazes com a cúpula do Hamas na Turquia. Um alto funcionário do Egito ouvido pela rede catari al-Jazeera concordou que é provável que o Catar retorne aos esforços se ambos os lados demonstrarem “séria disposição política” para chegar a um acordo sobre a guerra.

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