Casa Branca diz que mortos por Helene podem chegar a 600 enquanto furacão vira tema eleitoral nos EUA
Até o momento, 128 mortes foram confirmadas. Fenômeno passou pela Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e do Sul, Tennessee e Virgínia O furacão Helene, que causou inundações destrutivas no sudeste dos Estados Unidos e deixou, até o último balanço, pelo menos 128 mortos em seis estados desde semana passada, pode ter matado até 600 pessoas, admitiu a chefe da segurança interna dos EUA, Liz Sherwood-Randall. Ontem, a catástrofe entrou de vez na campanha eleitoral, com críticas republicanas à resposta do governo e viagens planejadas dos presidenciáveis aos locais afetados. Furacão Helene: Veja vídeos dos estragos causados na Flórida por fenômeno categoria 4 Tempestades no Saara, seca no Brasil, incêndios em Portugal: Extremos do clima espalham caos pelo planeta Na Casa Branca, o presidente Joe Biden disse ontem que a devastação foi resultado das mudanças climáticas — fenômeno que costuma ser minimizado pelo ex-presidente e candidato republicano, Donald Trump. O ex-mandatário, por sua vez, visitou ontem Valdosta, na Geórgia, local mais castigado pela destruição causada pelas inundações. Cientistas confirmam que o aquecimento global aumentou a frequência e a gravidade dos fenômenos. — Absoluta, categórica e inequivocamente, sim, sim e sim — disse Biden ao ser questionado sobre o tema. O governo também admitiu que o número de mortos deve aumentar à medida que as autoridades de resgate avançam nas áreas afetadas. Mais cedo, o próprio Biden disse que, com o serviço de telefonia celular interrompido em grande parte da região, o número de desaparecidos poderia chegar ao total mencionado pela chefe de segurança interna. — Se Deus quiser, estão vivas, mas não há como contatá-las — disse ele. Furacão Helene: veja vídeos dos estragos causados pelo fenômeno na Flórida Impacto nas eleições O Helene atingiu a região de Big Bend, na Flórida, como um furacão de categoria 4 (em uma escala de 5) na noite de quinta-feira passada, com ventos de 225 km/h. Ao menos 11 pessoas morreram no estado. De lá, ele chegou rapidamente à Geórgia, onde o governador Brian Kemp disse que casas foram destruídas e rodovias ficaram cobertas por destroços. O total de mortes no estado chegou a 25. Enfraquecido e rebaixado à categoria de depressão tropical e ciclone pós-tropical, ele também atingiu as Carolinas do Norte (56 mortos) e do Sul (30 mortos) com chuvas torrenciais. No Tennessee, foram quatro mortes relatadas, e mais duas na Virgínia. Clima e ciência: Ritmo de aquecimento dos oceanos quase dobrou desde 2005, segundo relatório Copernicus Trump chegou ontem a Valdosta, na Geórgia, local mais castigado pela destruição causada pelas inundações, e prometeu “levar muito material de ajuda, incluindo combustível, equipamentos, água e outras coisas” aos necessitados. Sem apresentar provas, afirmou que estava sendo negada ajuda a seus apoiadores republicanos: — O governo federal não está respondendo — disse. — A vice-presidente está em algum lugar fazendo campanha e buscando dinheiro. Trump visita Valdosta, na Geórgia, afetada pelo Helene CHANDAN KHANNA / AFP Diante das duras críticas do republicano, que no fim de semana já havia acusado Biden e a vice-presidente Kamala Harris de não responderam ao desastre com rapidez suficiente, o governo aprovou ajuda federal para vários estados e prometeu, ontem, que a assistência durará “todo o tempo que for necessário”. — Continuaremos enviando recursos, incluindo alimentos, água, comunicações e equipamentos salva-vidas — disse Biden. Mais tarde, o presidente disse que Trump estava mentindo e que estava “muito bravo” com as insinuações do republicano, reafirmando que o governo está “fazendo tudo o que é possível”. Biden também deverá visitar esta semana as áreas mais afetadas pela passagem do fenômeno, disse a Casa Branca. No domingo, o ele conversou com os governadores da Geórgia e Carolina do Norte e com a direção da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês) para “determinar o que mais pode ser feito”. Kamala também anunciou planos para visitar as áreas, algumas delas em estados-pêndulo — que ora votam em democratas, ora em republicanos. Mas descartou que a visita aconteça nos próximos dias. Inundações no Nepal deixam 209 mortos No Nepal, as inundações e deslizamentos de terra provocados pelas chuvas torrenciais que têm afetado o país, em particular a capital Katmandu, deixaram pelo menos 209 mortos, anunciou nesta segunda-feira o Ministério do Interior. Outras 127 pessoas ficaram feridas e 26 continuam desaparecidas, disse à AFP o porta-voz da pasta, Rishi Ram Tiwari. Mais de 4 mil pessoas foram resgatadas. Com o tufão Yagi atingindo a Ásia, a tempestade Boris encharcando a Europa e inundações extremas no Sahel, setembro até agora tem sido um mês úmido em todo o mundo. A temporada de monções, de junho a setembro, provoca mortes e danos no Sudeste Asiático todos os anos, mas o número de inundações e deslizamentos de terra aumentou nos últimos anos.
Até o momento, 128 mortes foram confirmadas. Fenômeno passou pela Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e do Sul, Tennessee e Virgínia O furacão Helene, que causou inundações destrutivas no sudeste dos Estados Unidos e deixou, até o último balanço, pelo menos 128 mortos em seis estados desde semana passada, pode ter matado até 600 pessoas, admitiu a chefe da segurança interna dos EUA, Liz Sherwood-Randall. Ontem, a catástrofe entrou de vez na campanha eleitoral, com críticas republicanas à resposta do governo e viagens planejadas dos presidenciáveis aos locais afetados. Furacão Helene: Veja vídeos dos estragos causados na Flórida por fenômeno categoria 4 Tempestades no Saara, seca no Brasil, incêndios em Portugal: Extremos do clima espalham caos pelo planeta Na Casa Branca, o presidente Joe Biden disse ontem que a devastação foi resultado das mudanças climáticas — fenômeno que costuma ser minimizado pelo ex-presidente e candidato republicano, Donald Trump. O ex-mandatário, por sua vez, visitou ontem Valdosta, na Geórgia, local mais castigado pela destruição causada pelas inundações. Cientistas confirmam que o aquecimento global aumentou a frequência e a gravidade dos fenômenos. — Absoluta, categórica e inequivocamente, sim, sim e sim — disse Biden ao ser questionado sobre o tema. O governo também admitiu que o número de mortos deve aumentar à medida que as autoridades de resgate avançam nas áreas afetadas. Mais cedo, o próprio Biden disse que, com o serviço de telefonia celular interrompido em grande parte da região, o número de desaparecidos poderia chegar ao total mencionado pela chefe de segurança interna. — Se Deus quiser, estão vivas, mas não há como contatá-las — disse ele. Furacão Helene: veja vídeos dos estragos causados pelo fenômeno na Flórida Impacto nas eleições O Helene atingiu a região de Big Bend, na Flórida, como um furacão de categoria 4 (em uma escala de 5) na noite de quinta-feira passada, com ventos de 225 km/h. Ao menos 11 pessoas morreram no estado. De lá, ele chegou rapidamente à Geórgia, onde o governador Brian Kemp disse que casas foram destruídas e rodovias ficaram cobertas por destroços. O total de mortes no estado chegou a 25. Enfraquecido e rebaixado à categoria de depressão tropical e ciclone pós-tropical, ele também atingiu as Carolinas do Norte (56 mortos) e do Sul (30 mortos) com chuvas torrenciais. No Tennessee, foram quatro mortes relatadas, e mais duas na Virgínia. Clima e ciência: Ritmo de aquecimento dos oceanos quase dobrou desde 2005, segundo relatório Copernicus Trump chegou ontem a Valdosta, na Geórgia, local mais castigado pela destruição causada pelas inundações, e prometeu “levar muito material de ajuda, incluindo combustível, equipamentos, água e outras coisas” aos necessitados. Sem apresentar provas, afirmou que estava sendo negada ajuda a seus apoiadores republicanos: — O governo federal não está respondendo — disse. — A vice-presidente está em algum lugar fazendo campanha e buscando dinheiro. Trump visita Valdosta, na Geórgia, afetada pelo Helene CHANDAN KHANNA / AFP Diante das duras críticas do republicano, que no fim de semana já havia acusado Biden e a vice-presidente Kamala Harris de não responderam ao desastre com rapidez suficiente, o governo aprovou ajuda federal para vários estados e prometeu, ontem, que a assistência durará “todo o tempo que for necessário”. — Continuaremos enviando recursos, incluindo alimentos, água, comunicações e equipamentos salva-vidas — disse Biden. Mais tarde, o presidente disse que Trump estava mentindo e que estava “muito bravo” com as insinuações do republicano, reafirmando que o governo está “fazendo tudo o que é possível”. Biden também deverá visitar esta semana as áreas mais afetadas pela passagem do fenômeno, disse a Casa Branca. No domingo, o ele conversou com os governadores da Geórgia e Carolina do Norte e com a direção da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês) para “determinar o que mais pode ser feito”. Kamala também anunciou planos para visitar as áreas, algumas delas em estados-pêndulo — que ora votam em democratas, ora em republicanos. Mas descartou que a visita aconteça nos próximos dias. Inundações no Nepal deixam 209 mortos No Nepal, as inundações e deslizamentos de terra provocados pelas chuvas torrenciais que têm afetado o país, em particular a capital Katmandu, deixaram pelo menos 209 mortos, anunciou nesta segunda-feira o Ministério do Interior. Outras 127 pessoas ficaram feridas e 26 continuam desaparecidas, disse à AFP o porta-voz da pasta, Rishi Ram Tiwari. Mais de 4 mil pessoas foram resgatadas. Com o tufão Yagi atingindo a Ásia, a tempestade Boris encharcando a Europa e inundações extremas no Sahel, setembro até agora tem sido um mês úmido em todo o mundo. A temporada de monções, de junho a setembro, provoca mortes e danos no Sudeste Asiático todos os anos, mas o número de inundações e deslizamentos de terra aumentou nos últimos anos.
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