Bolsonaro nega à CGU ter pedido apoio de campanha a ex-chefe da PRF

Ex-presidente prestou depoimento em procedimento administrativo que apura supostas irregularidades cometidos por Silvinei Vasques O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter pedido apoio a Silvinei Vasques na campanha eleitoral em 2022. Na época, Silvinei atuava como diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O ex-presidente prestou depoimento à Controladoria-Geral da União na manhã desta terça-feira. A apuração é um procedimento administrativo que apurar supostas irregularidades cometidas por Silvinei na corporação. Bolsonaro é testemunha de defesa do ex-auxiliar no processo, que tramita sob sigilo e pode levar à aplicação de uma advertência ou até mesmo à perda da aposentadoria de Silvinei – de cerca de R$ 16,5 mil. Homem de confiança de Bolsonaro, ele comandou a PRF de abril de 2021 até dezembro de 2022. Uma decisão da desembargadora Ana Cristina Ferro Blasi, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve na última quinta-feira (31) a determinação para que o ex-presidente apresentasse seus esclarecimentos à CGU oralmente, e não por escrito. Bolsonaro deve falar a uma comissão da Controladoria por videoconferência. Silvinei é investigado por, supostamente, ordenar a realização de bloqueios em rodovias para evitar o deslocamento de eleitores para locais de votação. O caso também é investigado pela Polícia Federal. O ex-diretor geral da PRF passou quase um ano preso pela suposta tentativa de interferência no segundo turno das eleições para beneficiar Jair Bolsonaro. Silvinei deixou a cadeia no início de agosto, após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele já foi indiciado pela Polícia Federal em razão dos bloqueios, assim como ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A suspeita é de que ambos infringiram pelo menos um dos artigos do Código Penal que trata de violência política: o de restringir, impedir ou dificultar o exercício de direitos políticos. A pena prevista é de três a seis anos de prisão.

Nov 5, 2024 - 15:55
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Bolsonaro nega à CGU ter pedido apoio de campanha a ex-chefe da PRF

Ex-presidente prestou depoimento em procedimento administrativo que apura supostas irregularidades cometidos por Silvinei Vasques O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter pedido apoio a Silvinei Vasques na campanha eleitoral em 2022. Na época, Silvinei atuava como diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O ex-presidente prestou depoimento à Controladoria-Geral da União na manhã desta terça-feira. A apuração é um procedimento administrativo que apurar supostas irregularidades cometidas por Silvinei na corporação. Bolsonaro é testemunha de defesa do ex-auxiliar no processo, que tramita sob sigilo e pode levar à aplicação de uma advertência ou até mesmo à perda da aposentadoria de Silvinei – de cerca de R$ 16,5 mil. Homem de confiança de Bolsonaro, ele comandou a PRF de abril de 2021 até dezembro de 2022. Uma decisão da desembargadora Ana Cristina Ferro Blasi, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve na última quinta-feira (31) a determinação para que o ex-presidente apresentasse seus esclarecimentos à CGU oralmente, e não por escrito. Bolsonaro deve falar a uma comissão da Controladoria por videoconferência. Silvinei é investigado por, supostamente, ordenar a realização de bloqueios em rodovias para evitar o deslocamento de eleitores para locais de votação. O caso também é investigado pela Polícia Federal. O ex-diretor geral da PRF passou quase um ano preso pela suposta tentativa de interferência no segundo turno das eleições para beneficiar Jair Bolsonaro. Silvinei deixou a cadeia no início de agosto, após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele já foi indiciado pela Polícia Federal em razão dos bloqueios, assim como ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A suspeita é de que ambos infringiram pelo menos um dos artigos do Código Penal que trata de violência política: o de restringir, impedir ou dificultar o exercício de direitos políticos. A pena prevista é de três a seis anos de prisão.

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